O sistema Galileo, que será o concorrente do norte-americano GPS, começou a colocar algumas de suas funções em operação a partir desta quinta-feira (15). Os serviços que já estão disponíveis são aqueles ligados à operações de salvamento, com uma geolocalização efetuada - no máximo - em 10 minutos, à navegação com automóvel e uma melhor sincronização de projetos de infraestrutura fundamental como no campo da energia e de transações financeiras. Por enquanto, o Galileo tem apenas 18 dos 30 satélites previstos para atuar no sistema, que promete ser muito mais preciso que seus concorrentes - o GPS (EUA), o Glonass (Rússia) e o Beidou (China). A plena operação do sistema deverá ocorrer até 2020 e, até lá, a disponibilização do programa para os equipamentos eletrônicos será feita de maneira gradual. A partir de ontem, os celulares da marca espanhola BQ e diversos equipamentos para veículos já estão com o Galileo disponível.
Sistema Galileo - Participação italiana
A sociedade Spaceopal, guiada pela italiana Leonardo-Finmeccanica e controlada pela Telespazio, ao lado da alemã DLR GfR assinaram um acordo em Bruxelas no valor de 1,5 bilhão de euros para a gestão dos próximos 10 anos do programa de navegação e localização por satélite. O contrato, nascido de uma disputa europeia, soma-se aos serviços da Hosting, já contratados pela Comissão Europeia com os dois Centros de Controle de Fucino, na Itália, e Oberpfaffenhofen, próximo a Munique, na Alemanha."Estamos orgulhosos de poder contribuir, com as nossas tecnologias e competências, com o sistema de satélite Galileo, que oferecerá serviços de qualidade aos cidadãos de todo o mundo e poderá representar um voo para o crescimento econômico e para a competitividade", afirmou Mauro Moretti, CEO e diretor-geral da Leonardo-Finmeccanica. Segundo o CEO da Telespazio e chefe do setor espacial da Leonardo-Finmeccanica, Luigi Pasquali, esse é um contrato "importantíssimo para a Itália" porque ele constitui "uma realidade importante em termos econômicos", visto que "vale mais de 1 bilhão de euros" e "que nos fará trabalhar pelos próximos 10 anos" com importantes reflexos no sistema de produção na planta de Fucino.
O projeto
O projeto europeu de localização por satélite é realizado em uma parceria da Agência Espacial Europeia (ESA) com a Comissão Europeia e conta com a participação de diversas empresas e entidades do bloco econômico. Da Itália, por exemplo, participa o grupo Finmeccanica-Leonardo, com as empresas Telespazio e Thales Alenia Space. Com cunho estritamente civil, o sistema será tutelado pela Agência Europeia do Sistema de Navegação Global por Satélite (GSA, na sigla em inglês), e conta com o apoio dos centros de comando em Munique, na Alemanha, e em Redu, na Bélgica. (ANSA)