O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vai apresentar para comunidade científica, órgãos governamentais e investidores do setor mineral estudos geológicos que investigam potencialidades e identificam recursos minerais no Estado do Rio Grande do Sul. Serão apresentadas notas explicativas elaboradas em escala de 1:100 000 das Folhas Bagé e Santa Maria e o Informe Levantamento Geoquímico do Escudo do RS. O evento ocorre no Auditório da Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), dia 10/12, às 14h.

O Levantamento Geoquímico do Escudo do Rio Grande do Sul amplia dados para prospecção de metais base (cobre, chumbo, zinco, etc.), preciosos (ouro, prata, etc.) e agrominerais (fósforo, potássio, nitrogênio, etc.) em uma grande região do Estado que já possui tradicionalmente exploração mineral como em Lavras do Sul e Minas do Camaquã. O estudo oferece como resultado banco de dados geoquímicos que abrange uma área de 65 mil km² e contempla 3.277 e 3.214 pontos de amostragem disponível para empresas do setor mineral. Foram identificadas 19 áreas anômalas definidas pela maior quantidade de concentrações de teores elevados de um elemento em relação aos demais em determinada área e dos concentrados de minerais pesados.

Estufdos geológicos de Amostra de vegetal fóssil (Flora de Dicroidium) na Folha Santa Maria

Amostra de vegetal fóssil (Flora de Dicroidium) na Folha Santa Maria

 

“Nestas áreas é recomendada a elaboração de estudos geológicos exploratórios de maior detalhe, com ênfase na busca de ocorrências minerais inéditas, agregando interpretações estruturais, geofísicas e de imagens de sensores remotos, que poderão gerar alvos localizados. Com este lançamento, estamos fortalecendo nosso papel de gerar conhecimento geológico com o objetivo atrair investimentos para a descoberta de novos depósitos minerais, bem como gerar informações básicas para o planejamento territorial”, explica o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Andriotti.

Ouro na Campanha

O mapeamento da Folha Bagé abrange cerca de 3 mil km² e aponta que a atividade extrativa mineral é exercida através da produção de calcários para corretivo de solo, de pedra britada para a construção civil em pedreiras de granito, pela extração de saibro para uso em estradas vicinais, além de areia e cascalho para uso na construção civil. Os estudos geológicos contaram com análises geoquímicas que identificaram a presença de zonas anômalas para ouro. A maior parte está relacionada com os granitoides da Suíte Cerro Preto e o Granito Saibro e em menor proporção à Suíte Santo Afonso.

Estudos Geológicos na Mina de mármore Hulha Negra na Folha Bagé

Mina de mármore Hulha Negra na Folha Bagé

 

Estudos Geológicos de Sítios Fossillíferos

O mapa geológico da Folha Santa Maria evidencia a importância da região para as pesquisas paleontológicas por meio do conjunto expressivo de rochas da Bacia do Paraná com idades que variam entre 252 (Triássico) a 120 (Cretáceo) milhões de anos que possui, e pela presença de fósseis que identificam o início da diferenciação morfológica evolutiva das duas linhagens dos vertebrados, que hoje compreendem os jacarés e crocodilos de um lado, e os dinossauros e aves de outro. Foi também nesse período que os primeiros ancestrais dos mamíferos desenvolveram o homeotermia (condição de possuir o corpo com temperatura constante ou sangue quente). Foram identificados 27 sítios fossíliferos históricos na área mapeada. Na área de mapeamento e estudos geológicos foram cadastrados 29 jazimentos minerais, na maioria, representados por lavras de agregados para construção civil, como areia, brita e material de empréstimo. Foi identificada uma área de garimpo relacionada à extração de ametista e ágata em basaltos já extinta.

Além da Folha Bagé e Santa Maria, nos últimos oito anos, foram executados no RS levantamentos e estudos geológicos básicos de sete folhas em escalas de mapeamento 1:100.000: Aceguá, Bagé, Curral de Pedras, Hulha Negra, Lagoa da Meia Lua, Passo de São Diogo e Sobradinho. Essas folhas estão localizadas nas porções centro e centro-sul do estado, região que tem como atividade econômica principal o setor agropecuário, com a indústria extrativa mineral subordinada, principalmente com produção de carvão em Candiota e Hulha Negra e calcário para corretivo de solo próximo a Bagé.

Fonte: CPRM

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