Números do Cadastro Ambiental Rural

Números do Cadastro Ambiental Rural

O Cadastro Ambiental Rural é uma importante ferramenta de gestão ambiental. O Serviço Florestal Brasileiro disponibiliza regularmente documentos com informações sobre o andamento desta política, com um panorama da situação nacional. O Boletim Informativo traz dados sobre o cadastramento em diferentes esferas: por região, estado e município. Nestas publicações é possível encontrar informações sobre área cadastrada, perfil de imóveis e outras.
Até dezembro de 2015, já foram cadastrados, 2,25 milhões de imóveis rurais, totalizando uma área de 258.055.871 hectares inseridos na base de dados do sistema.

Confira os últimos dados sobre o Cadastro Ambiental Rural:
http://www.florestal.gov.br/cadastro-ambiental-rural/numeros-do-cadastro-ambiental-rural

Estratégia de Sustentabilidade: Conservar para Lucrar

Estratégia de Sustentabilidade: Conservar para Lucrar

Grandes impactos ambientais ocorridos no século XX e XXI, como derramamentos de óleo, rompimentos de barragens, grandes desmatamentos, incêndios florestais, o crescimento da urbanização e impermeabilização do solo, a expansão das fronteiras agrícolas, dentre outros são resultados da forma como as indústrias e outras grandes corporações, bem como os governos lidam com as questões da sustentabilidade.

A dificuldade que temos hoje é de tentar mobilizar a sociedade e o mundo corporativo em prol de ações de preservação e conservação. Temos evoluído, mas ainda falta muito. O desafio é mostrar que a prevenção através da conservação, da preservação e da mitigação são atitudes que podem gerar prosperidade no mundo empresarial e na sociedade, sobre como o ambiente pode ser um aliado na busca do lucro e do bem estar social.

Recomendo a leitura do livro “Capital Natural” de Marck Tercek e Jonathan Adams, sendo o primeiro o presidente e diretor executivo da TNC – The Nature Conservancy, uma organização não governamental que desenvolve projetos de conservação no mundo através de recursos a fundo perdido ou mesmo parcerias com grandes empresas multinacionais.

Este livro elucida em como as empresas e a sociedade podem prosperar investindo no meio ambiente, na conservação, na recuperação ambiental. Na prática, conservar recifes de corais, por exemplo, potencializará a pesca sustentável, garantindo renda para milhões de pessoas ao redor das zonas costeiras.

A conservação das bacias de mananciais de abastecimento de água otimizará o fornecimento deste recurso para grandes indústrias consumidoras, bem como para a população, no caso de abastecimento público. Uma ocupação urbana que respeite a dinâmica hídrica dos cursos d’água, preservando as várzeas de inundação evitará as enchentes nas cidades ribeirinhas.

O investimento em tecnologia na agricultura, como por exemplo, técnicas de sensoriamento remoto e o método de NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada – em português) para a agricultura de precisão diminuirá o uso de insumos agrotóxicos ou fertilizantes, otimizando a produção e minimizando os impactos sobre o solo e a água. Enfim, só lendo o livro para decifrar todos os benefícios que o investimento em meio ambiente pode trazer.

Quando nos deparamos com as tragédias ambientais, somos induzidos a concluir que os agentes diretamente envolvidos (empresas ou governo), definitivamente, consideram os processos de licenciamento, por exemplo, como uma mera burocracia, sendo que o mesmo é de extrema importância para se avaliar tecnicamente os impactos de um empreendimento e buscar a minimização dos mesmos.

Assim, passam a tratar as questões ambientais com negligência, fazendo o mínimo necessário. Não conseguem perceber que ser um aliado do ambiente pode gerar mais divisas, mais respeito da sociedade. É só uma questão de estratégia.

Fonte: http://www.metro.org.br/vitorino/estrategia-conservar-para-lucrar

Procuradorias conseguem cancelar matrículas de 900 mil hectares de terras griladas

Procuradorias conseguem cancelar matrículas de 900 mil hectares de terras griladas

A Justiça Federal acolheu pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para cancelar duas matrículas de terrenos no estado do Amazonas que somam quase 900 mil hectares. Alvos de grilagem, os imóveis rurais localizados no município de Pauini apresentavam diversos indícios de que foram inscritos em cartórios de maneira fraudulenta.

O requerimento da AGU foi baseado em auditoria da Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas realizada em 2001 por solicitação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O procedimento resultou no cancelamento de diversas matrículas de imóveis rurais em função de apropriação indevida de terras públicas. Entre elas, as da fazenda "Seringal Serra Verde".

A propriedade estava registrada na comarca de Pauini nas matrículas nº 224, folha 30, e nº 226, folha 32, do Livro de Registro de Imóveis nº 2-A, datadas de março e julho de 1995. Contudo, foi constatado que os registros somente foram transcritos após o procedimento da corregedoria, um indício de que houve uma tentativa de driblar a auditoria.

Parte da área pertencia, originalmente, ao Estado do Amazonas. Além disso, os imóveis também se estendem sob a terra indígena Inauini/Teuini. Em razão disto, a atuação envolveu as procuradorias federais especializada junto ao Incra e no Amazonas, ambas unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU, e ainda a Procuradoria-Geral do Amazonas.

Mais indícios

As certidões estavam em nome da Amazonacre - Agropecuária Ltda., sendo uma delas transmitida a um empresário de Porto Velho/RO. O sócio majoritário da empresa, Falb Saraiva de Farias, é um dos envolvidos na transação imobiliária. Segundo os procuradores federais, a CPI da Grilagem da Câmara dos Deputados atribuiu a ele, em 2001, centenas de irregularidades em procedimentos de titulação e registro de imóveis rurais no estado do Amazonas.

A decisão da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas, de caráter liminar, acatou o pedido para cancelar as matrículas, reconhecendo na decisão as inconsistências na sequência de registros dos imóveis e outras irregularidades, como o aumento das áreas em desacordo com os requisitos legais.

Fonte: http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/379978

ICMBio trabalha no combate a incêndios florestais

Em um ano com período seco mais intenso devido ao fenômeno climático El Niño, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem trabalhado de forma ativa no combate a incêndios florestais em unidades de conservação (UCs) federais.

A autarquia conta com um efetivo de aproximadamente 1.500 brigadistas, aos quais são fornecidos equipamentos de proteção individual, uniformes e material para o combate a incêndio. Além disso, quando necessário, um contrato viabiliza o uso de aeronaves tanque modelo air tractor com capacidade para três mil litros de água.

Atualmente, mais de cem brigadistas do ICMBio trabalham no combate a incêndios florestais em quatro unidades de conservação (UCs), além de voluntários e bombeiros militares.

Chapada Diamantina

Todos os focos de incêndio foram cercados no Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA). Desde as primeiras ocorrências de fogo na unidade, em novembro, mais de 95 brigadistas do ICMBio e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já trabalharam no combate aos incêndios. Brigadistas voluntários da região e bombeiros militares da Bahia e do Distrito Federal também foram essenciais para o controle do fogo.

Atualmente, dois aviões air tractor contratados pelo ICMBio estão disponíveis para combater os focos de incêndio. Ao longo do trabalho de combate, também foram disponibilizados um helicópteros pelo Ibama, dois aviões pela Força Aérea Brasileira e dois helicópteros e quatro aviões air tractor pelo Governo do Estado da Bahia. O fogo atingiu um total de 33 mil hectares da unidade de conservação.

REBIO Sooretama

O incêndio foi cercado na Reserva Biológica (Rebio) de Sooretama, no estado do Espírito Santo. Além dos 14 brigadistas da Rebio, a unidade conta ainda com o apoio de 16 do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, cinco da Rebio Córrego do Veado e cinco da Floresta Nacional do Rio Preto, totalizando um efetivo de 40 brigadistas. Bombeiros militares também estão apoiando o combate ao incêndio que chegou a 160 hectares. O trabalho agora é de monitoramento e vigilância do fogo.

Monte Pascoal

No Parque Nacional do Monte Pascoal, na Bahia, 14 brigadistas da unidade e dez brigadistas do Parque Nacional do Pau Brasil estão atuando no combate, além de cerca de 50 voluntários das comunidades do entorno do Monte Pascoal.

Ao longo desta temporada de incêndios, que teve iniciou em outubro, cerca de 1.127,96 hectares foram queimados no parque nacional, o que corresponde a 5,05% da unidade de conservação. No momento, os focos principais foram cercados e a atenção está voltada à possibilidade de novos focos. O trabalho conta com apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Porto Seguro.

REBIO Gurupi

Os incêndios estão ativos na Reserva Biológica do Gurupi, com 35 brigadistas trabalhando atualmente na região. Ainda esta semana, efetivo da Força Nacional de Segurança Pública chegará ao local e apoiará as ações de segurança, inclusive com auxílio aéreo. Ainda não há informações sobre a área total queimada.

Fonte: http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/7455-icmbio-trabalha-no-combate-a-incendios-florestais.html

Tecnologia para a Terra - Geotecnologias

Tecnologia para a Terra - Geotecnologias

Após dois anos em São Paulo, desenvolvendo projetos na área de pesquisa mineral e posteriormente em energia renovável, retorno a BH e ao mercado específico das geotecnologias. Conceitualmente, geotecnologias é o conjunto de processos, métodos e técnicas baseadas no uso de tecnologia para estudos do espaço geográfico. Imagens de satélite, a cartografia digital, o geoprocessamento, o desenvolvimento de sistemas de informações geográficas, os mapas na web, os tags para localização, os aplicativos de mobilidade, o Google Earth, os equipamentos de topografia e geodésia, dentre muitos outros compõem toda a gama de tecnologia em prol da análise espacial. Numa perspectiva ambiental, estas técnicas permitem a otimização das informações do ambiente estudado e facilita a orientação do uso do solo, através da noção espacial da distribuição das atividades sobre o território.

Neste contexto, as geotecnologias possuem a capacidade: de analisar os dados geográficos; de especializar/localizar os diferentes aspectos que se queira conhecer, de permitir, mediante a superposição e outras formas de manipulação de informações geográficas, combinar dados e observar algumas de suas inter-relações, de visualizar ao mesmo tempo diferentes objetos e suas relações em um plano cartográfico; de reunir e gerenciar novas informações estabelecendo uma evolução dos problemas inerentes ao território alvo. Focaliza, primordialmente, o levantamento e análise das situações ambientais representadas por conjunto de variáveis georreferenciadas (contidas em um espaço geográfico) e integradas em uma base de dados digitais.

O objetivo principal das geotecnologias é fornecer ferramentas computacionais para que os diferentes analistas determinem as evoluções espacial e temporal de um fenômeno geográfico e as inter-relações entre diferentes fenômenos. Passa, então, a ser um meio, uma ferramenta ou mesmo técnicas para a análise integrada do espaço geográfico e seus atributos ambientais, com objetivos de se traçar planos ambientais, em qualquer esfera, onde o território passará a ter uma representatividade na forma de cartografia. Esta representação cartográfica do espaço irá auxiliar e facilitar a interpretação e leitura do ambiente e, desta forma, apoiar o poder público e as empresas na tomada de decisões e na definição de áreas prioritárias ao desenvolvimento de projetos de preservação, recuperação ou conservação ambiental.

Como dito no início deste artigo, retorno a este mercado, não somente por oportunidade profissional, mas, principalmente por acreditar que a junção do que temos hoje de tecnologias com as necessidades de uma abordagem integrada do espaço geográfico contribui efetivamente para a melhoria da qualidade de projetos relacionados à sustentabilidade territorial, através de diagnósticos precisos e definição de planos e estratégias de gestão em áreas municipais, parques, unidades de conservação, dentre outros, com níveis altos de assertividade.

Esta afinidade com o segmento das geotecnologias me permite, portanto, a retornar a minha antiga atuação em trabalhos que visam o ordenamento territorial, partindo-se do zoneamento ambiental, da elaboração de planos diretores sustentáveis, do mapeamento de áreas de risco, dos cadastros urbanos e fundiários, da criação e gestão de unidades de conservação e outros.

Considero, hoje, as geotecnologias indispensáveis para quem pretende atuar nas frentes ambientais, ainda que se tenha aplicações em praticamente todos os setores da economia e da sociedade.

Fonte:  http://www.metro.org.br/vitorino/tecnologia-para-a-terra