Os dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes) revelam que no último ano (agosto de 2016 a julho de 2017) o desmatamento nas unidades de conservação federais foi de 159 km², o que representa uma queda de 28% em relação ao período anterior, que teve um desmatamento de 221 km². A informação foi divulgada hoje (14) pelo ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, durante 23ª Conferência das Partes (COP 23), em Bonn, Alemanha.
“Esse é o menor índice de desmatamento nas UCs desde 2011. A queda também foi mais acentuada que o desmatamento em toda a região da Amazônia, que foi de 16%, de acordo com os números do Prodes”, argumenta o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, que também está participando da COP 23. Segundo ele, o desmatamento em unidades de conservação federais, administradas pelo ICMBio, representa apenas 2,4% de todo o desmatamento na Amazônia.
Para ver a publicação completa do ICMBio acesse este link.
Amazônia Legal - Desmatamento em Unidades de Conservação
As taxas mais elevadas de desmatamento ocorreram em quatro unidades de conservação (Área de Proteção Ambiental do Tapajós (32,3 km²), Floresta Nacional do Jamanxim (25,1 km²), Reserva Extrativista Chico Mendes (18,8 km²) e Estação Ecológica da Terra do Meio com 11,5 km²) que, em conjunto, representam 55% do total de desmatamento. Apesar disso, a Flona do Jamanxim reduziu em 65,6% do desmatamento, quando comparado com o mesmo período. O mesmo aconteceu com a Resex Chico Mendes que teve uma diminuição da área desmatada, passando de 29,5 km² para 18,8 km² em 2017.
Pelos dados, o ICMBio identifica uma alteração nos vetores de desmatamento em algumas UCs, com a crescente contribuição do garimpo para o desflorestamento, como é o caso da APA do Tapajós (PA), que teve a maior área desmatada no período. Em 2016, a mineração foi responsável por 17% do desmatamento nas unidades de conservação, já neste ano passou para 33%.
Segundo Soavisnki, a redução do desmatamento deve-se principalmente às ações realizadas pelo ICMBio. Em 2017 foram 165 operações de fiscalização na Amazônia Legal. Além disso, o ICMBio mantém equipes constantemente em campo, em ações ininterruptas nas áreas mais pressionadas pelo desmatamento, fazendo vistorias, além de manter a presença institucional na região, ajudando a coibir os demais ilícitos ambientais e apoiando o desenvolvimento de atividades sustentáveis.
Por meio de imagens de satélite pesquisadores do Departamento de Cartografia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente, aprimoraram um modelo óptico que estima a transparência da água de ambientes marinhos e costeiros para possibilitar seu uso no monitoramento remoto da qualidade da água de reservatórios.
Os resultados do estudo, realizado com apoio da FAPESP, foram publicados na revista Remote Sensing of Environment.
“A ideia do projeto é auxiliar as instituições que monitoram a qualidade de águas interiores a reduzir a necessidade de enviar equipes para realizar o trabalho de coleta em campo, que é moroso e custoso”, disse Thanan Rodrigues, pesquisadora do grupo de Sensoriamento Remoto e Tecnologia da Informação Espacial para o Monitoramento Ambiental (Sertie) da Unesp e uma das autoras do estudo, à Agência FAPESP.
Os pesquisadores utilizaram um modelo semianalítico, desenvolvido por pesquisadores americanos e chineses, para estimar a transparência da água de um sistema aquático. A estimativa é feita pela medida de profundidade do disco de Secchi. Trata-se de um equipamento metálico, com aproximadamente 30 centímetros de diâmetro e com dois quadrantes alternados em cores preta e branca, que, atado a um cabo graduado e imerso aos poucos na água, mede a transparência do sistema aquático.
A profundidade máxima na qual o disco pode ser visualizado a olho nu é o indicador da transparência da água ou da visibilidade vertical do sistema aquático.
“Quanto maior a profundidade que o disco de Secchi atinge – enquanto continua sendo enxergado a olho nu –, maior a claridade daquele sistema, o que permite inferir a qualidade da água onde o instrumento foi lançado”, explicou Rodrigues.
“Isso sugere que a água do ambiente aquático avaliado tem menor concentração de partículas e de material dissolvido, que atenuam a penetração da luz em sistemas aquáticos”, afirmou.
O modelo desenvolvido pelos cientistas americanos e chineses relaciona essas características do sistema aquático, coletadas de amostras de água em campo, com as propriedades ópticas do sistema. Ao ser aplicado sobre imagens de satélite, cada pixel passa a representar um valor de profundidade do disco de Secchi de cada seção do sistema aquático retratado.
O método, contudo, foi originalmente validado com dados de águas de ambientes oceânicos e costeiros, com pouca representatividade de águas interiores, que apresentam características limnológicas, como concentração de clorofila, de totais sólidos suspensos e carbono orgânico dissolvido, diferentes dos ambientes de águas interiores.
“Por mais que o modelo semianalítico apresentado na pesquisa seja baseado em algumas características matemáticas, ele não consegue representar as propriedades limnológicas e bio-ópticas das águas interiores de forma acurada”, afirmou Rodrigues.
Modelo adaptado
A fim de avaliar as limitações e o potencial do modelo desenvolvido pelos cientistas americanos e chineses para estimar a transparência da água de ambientes interiores, os pesquisadores da Unesp utilizaram-no para estudar o reservatório de Nova Avanhandava, situado no município paulista de Buritama, às margens do rio Tietê.
Para isso, inicialmente eles realizaram coletas de medidas de profundidade do disco de Secchi em campo, assim como medidas radiométricas por meio de espectroradiômetro – instrumento que permite medir a intensidade da luz incidente na coluna de água – com o intuito de estimar a componente óptica que seria adicionada ao modelo como dado de entrada. Por fim, a acurácia do modelo foi validada com dados coletados no campo.
Posteriormente, eles aplicaram o modelo sobre imagens de satélite obtidas pelo sensor Operational Land Imager (OLI), acoplado ao satélite Landsat-8 – o oitavo da série de satélites do Programa Landsat, da Nasa, e o sétimo a alcançar com sucesso a órbita terrestre.
As análises indicaram que um algoritmo utilizado pelo modelo semianalítico, aplicado às águas oceânicas e costeiras para calcular o coeficiente de absorção e de espalhamento da luz na água, impedia que fosse estimada com precisão a transparência da água do reservatório.
Com base nesses novos resultados, eles modificaram o algoritmo e constataram que, dessa forma, o modelo estimou com maior acurácia a profundidade de disco de Secchi das águas do reservatório.
“Conseguimos aplicar o modelo nas imagens obtidas pelo sensor OLI a bordo do satélite Landsat 8 e gerar um produto final, que são imagens do reservatório com as estimativas da profundidade do disco de Secchi”, disse Rodrigues.
O artigo “Retrieval of Secchi disk depth from a reservoir using a semi-analytical scheme” (doi: 1016/j.rse.2017.06.018), de Rodrigues e outros, pode ser lido por assinantes da revista Remote Sensing of Environment em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0034425717302778.
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O Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de publicar o Plano de Pesquisa Geossistemas Ferruginosos da Floresta Nacional (Flona) de Carajás. A publicação trabalha temas prioritários para a pesquisa e diretrizes para ampliação do conhecimento sobre os geossistemas ferruginosos, ambiente singular, pressionado pela atividade de mineração de ferro.
Mais conhecidos como cangas (cangas hematíticas, cangas ferríferas), por formarem uma carapaça rígida, os geossistemas ferruginosos abrigam plantas com alto grau de especialização e endemismo, cavernas diferenciadas, com alta diversidade de espécies restritas, registros arqueológicos importantes, além de terem importância para os recursos hídricos. No entanto, as cangas de Carajás recobrem também os maiores e mais puros depósitos de minério de ferro do mundo.
A identificação de áreas de canga a serem conservadas na Floresta Nacional de Carajás, exigida no âmbito do licenciamento ambiental e sacramentada no Plano de Manejo da Flona Carajás de 2016, resultou do esforço de consolidação do melhor conhecimento disponível sobre a área, reunindo dados de pesquisas exigidas no licenciamento ambiental e de estudos espontâneos conduzidos pela comunidade científica, com envolvimento de profissionais da academia, do ICMBio e da Vale, única empresa que atua na unidade de conservação (UC).
Foram realizadas modelagens, ponderando metas de conservação com custos econômicos, que subsidiaram as propostas de novo zoneamento da UC. Essa experiência se deu no âmbito do Projeto Cenários, coordenado pela Diretoria de Biodiversidade (Dibio) do ICMBio, nome resumido para o estudo Estratégia para Conservação da Savana Metalófila da Flona de Carajás, realizado a partir de recursos disponibilizados pela Vale como parte das condicionantes do licenciamento da S11D.
A zona de mineração, que antes abrangia 100% da extensão dos geossistemas ferruginosos, no novo Plano de Manejo abarca um terço. Outro terço está hoje inserido na zona de conservação, que em 2017 passou a integrar o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, ampliando sua proteção. O último terço está na chamada zona de manejo sustentável, em que a prospecção mineral é permitida.
"Apesar dos resultados de conservação alcançados com o novo zoneamento, é preciso manter o esforço de pesquisa realizado no âmbito do licenciamento ambiental bem como o dos pesquisadores independentes, e orientá-lo de modo a melhor informar o processo decisório. Os dados existentes, tanto sobre biodiversidade como sobre as jazidas, são ainda bastante agregados espacialmente, porque a maioria dos estudos é atrelada às áreas sob licenciamento. É preciso investir em melhor distribuição dos esforços de pesquisa e na resposta a questões chave, como o impacto da mineração sobre grupos específicos”, esclarece Katia Torres Ribeiro, coordenadora-geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio e responsável pelo Projeto Cenários.
Ainda segundo Kátia, “os estudos qualificarão as análises em novo ciclo de planejamento e zoneamento, no futuro, bem como as manifestações do instituto nos processos de licenciamento em curso, visando perda mínima de biodiversidade ".
O plano foi elaborado a partir da consulta a pesquisadores e aprimorado pelas apresentações e discussões realizadas no I Seminário de Pesquisa da Floresta Nacional de Carajás, realizado no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em novembro de 2016, também como parte do Projeto Cenários e com a participação de pesquisadores do projeto, da Vale S.A. e institutos e empresas de consultoria associados, e de institutos de pesquisa públicos – Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A TecTerra publicou um artigo no portal MundoGeo. Ao longo do texto abordamos as parcerias com as distribuidoras de imagens de satélite, as especificação técnicas de alguns satélitese apresentamos acampanha de imagens de satéliteSpace View.
Para ler o texto diretamente do portal MundoGeo acesse estelink.
Veja abaixo o texto na íntegra que foi publicado no portal MundoGeo.
A importância das parcerias para a competitividade no fornecimento de imagens de satélite
Há 2 anos a TecTerra surgia no mercado de Geotecnologias com o propósito de atuar de forma diferenciada, ao apresentar frentes de atuações que contribuam com os projetos de seus clientes. Uma delas é o fornecimento de dados de imagens de satélite de observação terrestre e serviços agregados. As Imagens de alta e média resoluções são fornecidas como insumo aos diversos projetos, para os setores de energias renováveis, mineração, agronegócio, planejamento ambiental e gestão de cidades.
Em nossa página pode-se observar os sensores que trabalhamos, sendo boa parte deles de forma direta com as operadoras de satélites ou através de parcerias bem estabelecidas.
Toda essa conquista foi fruto de articulações desenvolvidas no decorrer desses dois anos e o resultado foi o ganho de competitividade, pois passou-se a ter fornecedores que melhoram nossas condições comerciais e permitem agregar serviços com preços atraentes para o mercado de imagem de satélite.
O segredo para a prestação de serviços com excelente custo-benefício é justamente o custo operacional e, no caso, as condições comerciais junto aos fornecedores das imagens de satélite. Estas duas condições permitem que a TecTerra chegue ao ponto ótimo para fornecer imagens com preços atraentes, excelência no Processamento Digital de Imagens (PDI)e serviços agregados como a geração de Modelos Digitais de Elevação (MDE) e mapeamentos diversos.
Operadoras de imagens de satélite
Atualmente, destacam-se no portfólio da TecTerra três grandes operadoras mundiais que apresentam várias resoluções de imagens de satélite. Somos revenda autorizada da operadora sul-coreana Satrec Initiative e das chinesas Space View e 21AT
A Space View conta com os satélites GaoFen-1 (GF-1), GaoFen-2 (GF-2), SuperView-1 e ZiYuan-3 (ZY-3). Dentre estes sensores destacamos o GaoFen-2 (GF-2) por ser um dos satélites de alta resolução (80 centímetros) com uma das melhores condições comerciais do mercado. Já o SuperView-1 é o mais recente lançamento (2016) da Space View e adquire imagens com alta resolução espacial (50 centímetros) nas bandas RGB e IR.
A operadora Satrec Initiative trabalha com os satélites Kompsat-2, Kompsat-3, Kompsat-3A e TeLEOS 1. Destacamos o Kompsat-2 que foi lançado em 2006 e possui 1 metro de resolução espacial nas bandas RGB e IR. Devido a sua longevidade ele possui um rico acervo de imagens o que permite diversas análises multi-temporais.Já o TeLEOS1 se diferencia por ser o primeiro satélite comercial com a órbita exclusivamente próxima a linha do Equador. Isto possibilita que esta porção da Terra com grande presença de nuvens aumente o acervo de imagens através do TeLEOS1. Ele possui 1 metro de resolução espacial no modo pancromático.
Já a 21AT conta com os satélites TripleSat e TH-01. O TripleSat consiste em uma constelação de 3 satélites calibrados radiometricamente e geometricamente e capazes de adquirir imagens de alta resolução (80 centímetros) nas bandas RGB e IR. Isto permite que o TripleSat adquiria imagens de programação rapidamente e por conseguinte forme um numeroso acervo.
Campanha de imagens de satélite Space View
A TecTerra juntamente com a operadora Space View está com umacampanha para as imagens de satélite GaoFen-2 (GF-2) e SuperView-1. Nesta campanha visamos comercializar imagens de satélite de alta resolução com condições comerciais competitivas seja para dados de acervo ou programação. Veja mais detalhes em nosso site.
Veja outros informativos publicados pela TecTerra no portal MundoGeo
TecTerra se torna revenda autorizada das soluções SuperMap GIS no Brasil. Veja a notícia completa no site.
TecTerra passa a comercializar imagens de satélite TeLEOS-1. Veja a notícia completa no site.
A TecTerra juntamente com a operadora Space View está com uma campanha para a comercialização das imagens de satélite GaoFen-2 (GF-2) e SuperView-1. Nesta campanha oferecemos imagens de satélite de alta resolução espacial, processadas e com condições comerciais competitivas seja para dados de acervo ou programação. A campanha se inicia no dia 02 de Outubro de 2017 e termina no dia 31 de Dezembro de 2017. Veja abaixo as condições comerciais de cada satélite.
Descontos progressivos de acordo com o tamanho da área (5% a 30%).
SuperView-1
Entre em contato conosco através do telefone (31) 3071-7080, do WhatsApp (31) 9 8272-8729 ou pelo e-mail contato@tecterra.com.br e receba uma amostra de uma imagem de satélite GaoFen-2 (GF-2) ou SuperView-1 da operadora Space View, uma proposta comercial e obtenha mais informações sobre os descontos progressivos conforme o tamanho da área.
Focos de incêndio em setembro já superam em 52% o mesmo período do ano passado. Clima mais seco não pode ser apontado como causa deste aumento, diz especialista. O Brasil está em queimando, literalmente. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, o país registrou, nesta sexta-feira (22), 185.002 focos de incêndio, 52% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado, e 2.979 focos a mais do que dois dias atrás.
O fogo atinge todos os biomas brasileiros, de acordo com os dez satélites que monitoram as queimadas no país, mas se concentram na Amazônia, com 43,4% dos focos de incêndio, seguida pelo Cerrado, com 39,6%; e pela Mata Atlântica, com 10,6%.
As queimadas também não poupam as Unidades de Conservação (UC). A Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, é a UC com mais focos de incêndio do país. O mesmo acontece com Bacurizinho, no Maranhão, a Terra Indígena brasileira com mais queimadas do Brasil.
Focos de inciêndio na Flona do Jamanxim
Não por coincidência, os municípios que mais pegam fogo atualmente são do Maranhão: Grajaú e do Acre: Brasileia. Em números absolutos, no entanto, o ranking do fogo nacional é liderado pelo Pará, com 40.228 focos de incêndio; seguido pelo Mato Grosso, com 34.705; e pelo Maranhão, com 20.348. O Pará é também o estado que mais aumentou o foco de incêndios em relação a si mesmo: 233% em relação ao mesmo período do ano passado; seguido por Maranhão (93%); e São Paulo (76%).
Mas qual é a causa real destes incêndios, que destroem a biodiversidade, causam inúmeras doenças respiratórias e liberam para a atmosfera uma grande quantidade de gases de efeito estufa? De acordo com o coordenador do Programa de Queimadas e Incêndios do Inpe, Alberto Setzer, é totalmente errado atribuir a causa do fogo ao clima seco ou a causas naturais. “Raios e fenômenos espontâneos são responsáveis por, no máximo, 1% dos focos de incêndio registrados”, disse. “A baixa umidade do ar apenas cria condições favoráveis aos incêndios, mas é a ação humana que causa a queimada”, afirmou Setzer.
Segundo o pesquisador, até aquele descuido “acidental” não pode ser considerado uma causa comum das queimadas. “Não é a bituca de cigarro que bota fogo na floresta, o caco de vidro ou a latinha de alumínio expostos ao sol; em geral é alguém botando fogo mesmo”, disse.
Setzer lembra que as queimadas são precursoras do plantio de grãos e fazem parte do ciclo de expansão da fronteira agrícola. Elas normalmente sucedem o corte raso da floresta e fazem parte do processo de posse ilegal de terras públicas. “Limpar” a terra, como se sabe, é o primeiro passo para forjar algum vínculo com o espaço que se deseja ocupar.
Especialistas dizem que 2017 tem grandes chances de se tornar o ano com mais queimadas das últimas duas décadas. Os focos de incêndio são, também, o prenúncio de uma taxa de desmatamento que deve se mostrar tão elevada quanto em 2016, e de uma taxa de emissão de gases bem acima do nosso compromisso com o planeta.