Ordem na Casa

Ordem na Casa

Ordem na Casa. Em 03/12/2015 publiquei neste mesmo portal um artigo “A Importância do Solo Permeável”, que propunha uma reflexão sobre como a permeabilidade do solo influencia na ocupação de um território. Dei o exemplo do município de Itaobim no Vale do Jequitinhonha, numa perspectiva mais de ambiente rural do que urbano. Independente do tipo de assentamento no solo, fato é que a capacidade do mesmo de reter ou não água determinará como o homem dinamizará a ocupação territorial e vice-versa.

Pensamos agora nos processos de urbanização, de expansão agrícola, dentre outras atividades econômicas, que impactam diretamente o ambiente. Imaginem sete bilhões de pessoas se assentando sobre a superfície terrestre sem que haja o mínimo de critério e respeito às particularidades do ambiente. Infelizmente é o que mais presenciamos.

Neste contexto, este fato deve-se, em grande parte, ao comportamento do homem frente às necessidades de exploração dos recursos naturais para sua própria sobrevivência, ocupando lugar no espaço e modificando-o em função de suas atividades econômicas e necessidades imediatas. O assentamento destas atividades sobre o sítio natural resulta no uso e na ocupação do território onde, a ausência de organização espacial e funcional, tem gerado riscos e impactos ambientais com resultado direto na qualidade de vida da população.

Planejar a ocupação do território requer uma ampla discussão no nível social, além da realização de estudos temáticos dentro da esfera ambiental, de modo a se conhecer as potencialidades e limitações que o ambiente impõe sobre a exploração dos recursos naturais e entender a relação do comportamento do homem perante o ambiente. Ainda, deverá ser considerado também o funcionamento das instituições políticas responsáveis como fator indispensável para a implantação e gestão de um efetivo processo de planejamento e ordenamento territorial.

Assim, cabe aos gestores públicos, juntamente com a população, a definição das funções que o território deverá exercer enquanto base de sustento da economia local, regional e global e organizá-lo espacialmente e funcionalmente em prol do desenvolvimento sustentável.

Na prática, organizar a ocupação do espaço e ordenar ações em prol da exploração sustentável nada mais é que estimular um bom relacionamento do homem com sua casa, tema inclusive da Campanha da Fraternidade de 2016 da Igreja Católica. Não quero aqui discutir a laicidade do Estado ou mesmo enaltecer uma religião ou outra, mas acredito muito que este tipo de discussão é bastante oportuna para o momento, é preciso organizar e cuidar da nossa Casa, lembrando que a deixaremos para nossos filhos e netos.

Fonte: http://www.metro.org.br/vitorino/ordem-na-casa

O mapa dos limites dos estados de Rondônia e Mato Grosso irá mudar

O mapa dos limites dos estados de Rondônia e Mato Grosso irá mudar

O mapa dos estados de Rondônia e Mato Grosso irá mudar. O anúncio foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após a descoberta de um "vazio geográfico" próximo ao município de Vilhena (RO). Com a nova demarcação, Rondônia ganha uma área de aproximadamente 500 quilômetros quadrados, em uma faixa de extensão de 50 quilômetros. O mapa entre os dois estados deverá ser alterado com a correção cartográfica.

Linha vermelha é a antiga demarcação; amarela é a nova divisa. 

O gerente da Divisão Territorial Brasileira do IBGE, José Henrique da Silva, explica que o decreto que criou o território, que agora é Rondônia, é de 1944, e levou em consideração as tecnologias da época. Por falta de melhores mecanismos, houve um equívoco na interpretação do documento.

"Na década de 40, o Brasil não tinha um mapeamento que pudesse definir com precisão essas coisas. Esse mapeamento só apareceu quase 50 anos depois. Na década de 60 e 70 que começou o mapeamento dessas áreas. Aqui para a região Norte, esse mapeamento só foi melhorado no final da década de 1980", explica.

Segundo José Henrique, o ajustamento na linha divisória será realizado para seguir o decreto, visto que os mapas da região apresentam erros na faixa entre Comodoro (MT) e Vilhena (RO). "Vai haver uma correção na linha da divisa, em função de um equívoco do passado. Toda a metodologia de trabalho mudou a partir dos anos 2000, com o avanço de novas geotecnologias na área", ressalta.

Após várias reuniões, IBGE definiu nova faixa para Rondônia 

Segundo o IBGE, desde 2013, os governos de Rondônia e Mato Grosso estão em diálogo, para definir os limites entre os dois estados. Depois de várias reuniões, com intermédio do instituto, foi definido a nova faixa em um mapa, que começa no marco zero da BR-364 e vai até a foz do Rio Tolouri-inazá.

"A estrutura territorial brasileira está presa ainda a um marco territorial da década de 40. Então, o Brasil cresceu, e essa estrutura está presa no passado. Ela tem que ser modernizada. Isso que o IBGE está tentando conscientizar os estados para que haja essa modernização na estrutura", salienta.

Conforme o IBGE, a nova área de Rondônia é predominantemente rural. A partir de abril, o instituto deve fazer o levantamento de quantas propriedades e produtores existem na região. A publicação da correção cartográfica através do novo mapa dos estaodos deve ser realizada até agosto de 2016, pelo próprio IBGE.

Benefícios

Segundo o gerente, a mudança dará melhorias ao estado de Rondônia em várias aspectos. "Melhora o Cadastro Ambiental Rural (CAR) do país, arrecadação de impostos, a questão fundiária do país, a questão da cidadania, a aplicação de recursos. Gestores, nos níveis estadual e municipal, podem aplicar os recursos sabendo em que território estão aplicando", destaca José Henrique.

O gerente salienta que o acordo entre Rondônia e Mato Grosso é uma atitude pioneira no Brasil. "Mais de 50 anos se passaram da última vez que isso aconteceu. A última foi entre Minas Gerais e Espirito Santo, na década de 50. O IBGE está negociando com os estados também", conclui.

O assessor técnico da Secretaria de Estado do Planejamento Orçamento e Gestão (SEPOG), Celino Guimarães, reitera que vários produtores prejudicados em virtude da falha na fronteira podem adquirir o CAR a partir de agora. "O produtor agrícola hoje não pode pegar um financiamento em função da falta do CAR. Uma vez resolvido a falha na divisa, será resolvido a questão do CAR. Outra questão, será a regularização das propriedades, agora pertencentes a Rondônia", afirma Guimarães.

Sem luz 

O produtor rural Geraldo Pena, de 56 anos, mora há 15 anos na gleba Gavião Real, na divisa entre os dois estados. Apesar de morar a 10 quilômetros de Vilhena, a propriedade pertence, até então, ao município de Comodoro, que fica a cerca de 100 quilômetros do local. Ele conta que cerca de 40 moradores da região vivem diversas dificuldades por morar na linha fronteiriça.

Geraldo tratando das galinhas em sítio que ficava no 'vazio geográfico' (Foto: Eliete Marques/ G1)
Geraldo tratando das galinhas em sítio que ficava no 'vazio geográfico' 

"O estado de Rondônia instalou energia elétrica e pedimos para que colocasse energia para nós, pois estava a poucos metros de nossas casas. Mas eles disseram que não podiam, pois a gente era de Mato Grosso. Está todo mundo sem luz", explica.

Além disso, ele fala da precariedade das estradas da região e problemas na compra de materiais para o sítio. "A gente comprava vacinas, veneno e outras coisas em Vilhena, depois eles não aceitaram mais. Disseram para procurar Comodoro, para que eles recolhessem os impostos. Para arrumar uma máquina para vir aqui é a maior dificuldade. Pedimos para a secretaria de obras de Vilhena para fazer uma ponte, mas eles disseram que não podiam, pois a gente era do Mato Grosso", conta. Segundo Geraldo, a mudança será benéfica aos produtores da área. "Aqui é mais perto para tudo, e poderemos ter a escritura definitiva do sitio", conclui.

Fonte: http://g1.globo.com/ro/vilhena-e-cone-sul/noticia/2016/03/apos-descoberta-de-vazio-geografico-rondonia-ganha-area-de-500-km.html

Visão sistêmica da Terra

Visão sistêmica da Terra

Visão sistêmica. Pense, por exemplo, nos sistemas que compõem o corpo humano. O sistema circulatório é um conjunto de órgãos e estruturas que, combinadas, funcionam para distribuir o sangue por todo o corpo. Trabalham de forma integrada e interdependente, onde se uma das partes for suprimida haverá o comprometimento do funcionamento de todo sistema, até mesmo causando sua falência. Podemos pensar, também, no sistema de transporte de uma cidade. É composto pela infraestrutura viária, transporte coletivo, ciclovias, pontos de ônibus, estações de metrô, etc. O ideal é que o mesmo trabalhe com integração completa entre os modais de transporte para o atendimento à população e, ao mesmo tempo com conservação e melhoria da infraestrutura. Falhas em qualquer ponto geram estrangulamentos, causando transtornos à população, gerando prejuízos às cidades e comprometendo seu desenvolvimento.

Observe então que os sistemas resultam de interações entre suas partes em que a natureza do todo é sempre mais complexa que a soma de suas partes.

A partir destas constatações pode-se transferir uma base conceitual de “sistema” para os elementos da natureza (elementos bióticos e abióticos). Estes elementos são unidades perfeitamente separáveis enquanto temas isolados, porém, na complexidade dos estudos ambientais e espaciais, a integração destes temas deve ser considerada no que diz respeito ao estabelecimento de uma dinâmica ambiental, ocasionada pelo assentamento das atividades humanas e pelos processos meramente naturais.

A interação homem – meio ambiente

Assim, para entender melhor a interação homem – meio ambiente é importante perceber, em uma escala planetária, que a Terra também possui como característica a interdependência das partes, onde é impossível compreender qualquer aspecto isolado sem referência à sua função como parte do todo. Um conceito vindo da escola russa resume esta perspectiva sistêmica do ambiente como Geossistema, que nada mais é do que analisar o meio ambiente de forma integrada, sistematizada, dinâmica, considerando que a “enfermidade” de uma variável pode causar menores ou maiores impactos à qualidade de vida dentro do planeta.

A Terra é portanto um imenso sistema vivo, funcionando de forma perfeitamente integrada como um conjunto de partes ligados por fluxos de energia. Felizmente esta visão geossistêmica tem sido amplamente discutida e considerada quando do desenvolvimento de políticas públicas para conservação e preservação ambiental. Afinal, se o homem entender que ao tirar uma árvore, o solo, a água, o ar e a vida relacionada estão comprometidos, temos já uma nova base de discussão sistêmica da educação ambiental planetária.

Fonte: http://www.metro.org.br/vitorino/visao-sistemica-da-terra

Ferramenta permite o cadastro de glebas rurais

Ferramenta permite o cadastro de glebas rurais

Por determinação do Banco Central, passa a ser obrigatório o envio das informações das coordenadas geodésicas das áreas financiadas, na contratação de operações de custeio agrícola e de alguns investimentos em propriedades e glebas rurais.

Para auxiliar o produtor rural, lançamos o aplicativo GeoMapa Rural que permite capturar e enviar as coordenadas geodésicas (latitude, longitude e altitude dos vértices e/ou pontos de inflexão) e o perímetro da área a ser financiada diretamente aos nossos bancos de dados, trazendo comodidade e segurança na coleta das informações.

Aos produtores rurais e empresas de assistência técnica que utilizam aparelho de navegação GPS, disponibilizamos uma ferramenta onde os arquivos de medição poderão ser encaminhados ao Banco. Para utilizar esta ferramenta clique aqui e cadastre a sua gleba de forma rápida e segura.

 

Fonte: http://www.bb.com.br/pbb/s001t003p001,500971,502724,1,1,1,1.bb#/

Visitação aos parques nacionais sobe 238%

Visitação aos parques nacionais sobe 238%

Dados compilados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostram que a visitação às unidades de conservação federais aumentou – e muito – na última década. Se forem considerados somente os parques nacionais, o número de visitantes subiu 238%, passando de 2,99 milhões em 2007 para 7,14 milhões em 2015.

O parque nacional mais visitado continua sendo o da Tijuca, no Rio de Janeiro, que recebeu 2.945.355 de pessoas em 2015. Em seguida vem o de Iguaçu, no Paraná (1.642.093); o de Jericoacoara, no Ceará (780 mil); e o de Brasília, na capital federal (294.682).

Ao se considerar todas as Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo ICMBio, instituto vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, a visitação aumentou 320% nos últimos dez anos, passando de 1,9 milhão de pessoas em 2006 para 8 milhões em 2015.

Parcerias

Embora não tenha um estudo efetivo que indique o motivo desse aumento, a diretora de Criação e Manejo do ICMBio, Lilian Hangae, lista algumas ações que, sem dúvida, contribuíram para estruturar as unidades e atrair mais visitantes.

“Temos priorizado o investimento em ações estruturantes, como a capacitação de servidores, o estabelecimento de diretrizes e normas gerais, a delegação de serviços de apoio à visitação e a atuação em conjunto com instituições parceiras”, diz Lilian Hangae.

Com orientações técnicas estabelecidas, prossegue ela, as experiências adquiridas são multiplicadas regionalmente, diminuindo os custos e levando à implantação de atividades de uso público com maior agilidade, maior ou menor grau de complexidade e em diferentes categorias de unidades de conservação.

Sobre o perfil dos visitantes, Lilian lembra que o assunto é objeto de uma constante preocupação do ICMBio, pois representa o fio condutor dos procedimentos de estruturação e ordenamento da visitação.

No geral, diz ela, esse perfil varia de acordo com os atributos ambientais e sociais das UCs. “Cada unidade de conservação tem uma abordagem em termos de atividades disponibilizadas para visitação e estas atividades, em muitos casos, estabelecem o perfil dos visitantes”.

Avanços

Ainda que poucas unidades disponham de estudos específicos sobre visitação, há significativos avanços na realização de pesquisas e desenvolvimento e aplicação de metodologias que levam a esse conhecimento, tal como destaca Lilian.

Como exemplo, ela cita a Floresta Nacional do Tapajós, no Pará, e o Parque Nacional de Anavilhanas, na Amazônia, que vêm buscando este conhecimento por meio de cooperação técnica com o Serviço Florestal Americano e apoio da USAID (agência de desenvolvimento dos EUA), dentro do Programa de Parcerias para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia, estabelecido entre os governos brasileiro e norte-americano e a Universidade West Virginia.

Por fim, para destacar a importância do turismo nas UCs, Lilian afirma que uma das premissas para o alcance da missão do ICMBio, que é proteger o patrimônio natural e promover o desenvolvimento socioambiental, é o fortalecimento e qualificação da visitação nas unidades federais.

“A visitação é uma ferramenta estratégica de sensibilização para a conservação e estímulo ao desenvolvimento do sentimento de pertencimento da sociedade em relação a estas áreas protegidas”, conclui a diretora.

 

Veja mais dados sobre visitação em Unidades de Conservação federais aqui.

Fonte: http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=1427

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