O IBGE disponibilizou 25 cartas imagem, na escala 1:100.000 (1 cm = 1000 m), abrangendo parte dos estados do Piauí, Tocantins, Pará, Maranhão e Mato Grosso. Essas representações cartográficas são formadas por mosaicos de imagens de satélite ortorretificadas. Seus arquivos em formato PDF podem ser acessados aqui.
As cartas imagem proporcionam uma visão do território compatível com os requisitos de representação da escala e apresentam a denominação dos elementos geográficos de maior relevância. A ortorretificação elimina distorções, com o objetivo de tornar a imagem métrica e isenta de erros. A produção de cartas imagem é realizada em um tempo menor do que as folhas topográficas completas, o que permite disponibilizar essas informações mais rapidamente para a sociedade.
As cartas imagem foram produzidas a partir de imagens do sensor AVNIR-2, com dez metros de resolução espacial, adquiridas, em sua maioria, entre 2009 e 2010. Elas integram o projeto Base Cartográfica na escala 1:100.000 (BC100) e correspondem a um dos produtos previstos para as unidades da federação. Com esse lançamento, o estado do Tocantins fica integralmente coberto, o que corresponde a um total de 127 cartas imagem, e o Piauí passa a ter 35% de seu território representado.
Técnicos brasileiros e chineses se reuniram no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), na segunda-feira (28/11), para discutir assuntos relacionados ao Programa CBERS e à cooperação nas atividades de rastreio, telemetria e telecomando para o CBERS-4A, satélite que tem lançamento previsto para 2018.
Sexto satélite do Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), o CBERS-4A garantirá a continuidade do fornecimento de imagens para monitorar o meio ambiente, verificar desmatamentos, desastres naturais, a expansão da agricultura e das cidades, entre outras aplicações.
Segundo Valcir Orlando, chefe do Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) do INPE, os técnicos já se preparam para as ações durante a crítica fase de lançamento e órbitas iniciais do satélite. "Discutimos qual seria a participação do INPE na realização das atividades operacionais do satélite durante esta fase, além de detalhes importantes sobre a comunicação de dados na ocasião. Outro ponto importante abordado na reunião foi o modo pelo qual a responsabilidade pelo controle em rotina do CBERS-4A seria compartilhado entre INPE e CLTC (China Satellite Launch and Tracking Control General)", explicou o chefe do CRC/INPE.
O CLTC é o órgão responsável pelas bases de lançamentos e estações de rastreio chinesas, bem como pelo centro de controle de satélites de Xian. No âmbito da cooperação no Programa CBERS, enquanto o desenvolvimento dos satélites está sob a responsabilidade do INPE junto com a CAST (China Academy of Space Technology), as operações em órbita, a partir do lançamento, são realizadas em parceria com o CLCT.
Para a reunião, o diretor do INPE Ricardo Galvão recepcionou a delegação chinesa do CLTC coordenada por Wu Shuangtie, consultor do CLTC. Após as discussões, foi assinada a minuta acordando que, em geral, serão consideradas as mesmas soluções adotadas para o CBERS-4, satélite lançado em 2014 e atualmente em operação.
Pelo INPE, também participaram Maurício Gonçalves Vieira Ferreira e Jun Tominaga, do CRC/INPE, Antonio dos Reis Bueno, do Programa CBERS, e Adriana Cursino Thomé, da Seção de Relações Internacionais. Após a reunião técnica, a delegação chinesa visitou o Laboratório de Integração e Testes (LIT) e o Centro de Controle de Satélites (CCS) do INPE.
A TecTerra, após um ano de operação no mercado de Geotecnologias em crescente visibilidade, evolui em parcerias que agregam em soluções que geram maior competitividade e qualidade na prestação de serviços. Nessas condições, a TecTerra se torna revenda autorizada para o Brasil das imagens de satélite da série KOMPSAT (Korean Multi-Purpose Satellite).
Sob a chancela da KARI (Instituto Coreano de Pesquisa Aeroespacial), a Satrec Initiative Imaging Services (SIIS) é o representante mundial exclusivo de vendas e distribuição da constelação de satélites de alta resolução KOMPSAT (KOMPSAT-2, KOMPSAT-3, KOMPSAT-3A, KOMPSAT-5).
Veja a resolução espacial das imagens de satélite e mais informações técnicas nos links de cada satélite
Já o KOMPSAT-5 utiliza um radar de abertura sintética (SAR, banda – X) capaz de adquirir imagens de radar com 1 metro (largura – 5 km de faixa), 3 metros (30 km) ou 20 metros (100 km) de resolução espacial.
A KARI e a Satrec Initiative (SI) crescem exponencialmente no mercado e inovam em operações de novos satélites imageadores.
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Mapeamentos feitos a partir de imagens de satélite revelaram que entre 1985 e 2015 as áreas de floresta passaram de 250 mil para 455 mil hectares, o que representa um acréscimo de 83% em floresta nativa na porção paulista do Vale do Paraíba, região localizada ao longo do curso do Rio Paraíba do Sul, leste do Estado de São Paulo e sul do Rio de Janeiro, cortada pelo eixo viário que conecta os dois maiores centros urbanos do País. O estudo foi conduzido pela Embrapa Monitoramento por Satélite (SP) e mostrou que a alteração ocorreu principalmente em porções antes ocupadas por pastagens. Atualmente, a cobertura florestal nativa representa 33% da bacia do Rio Paraíba do Sul, no seu trecho paulista, ante 18% registrado em 1985.
O aumento das áreas de florestas na região não ocorre por meio do plantio de novas árvores, mas pela regeneração da vegetação em áreas onde a agricultura e a pecuária não são competitivas, principalmente sobre terrenos declivosos. Segundo o pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite Carlos Cesar Ronquim, os fatores que contribuem para esse crescimento são diversos e estão interligados. "A característica do relevo da região é um ponto importante. O Vale do Paraíba está situado entre duas formações montanhosas, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar. Mais de 50% de sua área total, calculada em quase 1,4 milhão de hectares, é dominada por terrenos com grau de declividade acima de 20%, um relevo acidentado que dificulta a ocupação por culturas agrícolas e o uso de mecanização e irrigação", afirma.
A região mostra-se adaptada preferencialmente para o cultivo de pastagens extensivas, responsáveis pela produção de carne e de leite. Mas até mesmo a pecuária enfrenta problemas com a rentabilidade da produção e tem dificuldades para manter a atividade e competir com outras regiões mais aptas. "O menor investimento dos proprietários contribui para a diminuição do manejo em áreas menos adequadas ao pastoreio pelos animais, como os topos de morros e as encostas mais íngremes. As leis ambientais em vigor também impõem restrições que dificultam o corte ou a queima da ‘capoeira' que se forma nessas porções sem manejo. O abandono dessas áreas acaba favorecendo a volta da vegetação nativa", explica o pesquisador.
Sequestro de Carbono
Em 30 anos, a recuperação de 205 mil hectares de florestas nativas do bioma Mata Atlântica, registrada na região do Vale do Paraíba paulista, representou um sequestro de 35,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono – isso sem contar os valores acumulados nas raízes, no solo e na serapilheira, camada de matéria orgânica que fica na superfície do solo. A quantidade de carbono sequestrado por hectare foi obtido a partir da revisão de estudos sobre florestas nativas primárias e secundárias do Sudeste brasileiro.
Ronquim explica ainda que a vegetação desta região da bacia do Rio Paraíba do Sul está contribuindo positivamente para a diminuição da concentração de CO2 na atmosfera, e, consequentemente, os impactos negativos do efeito estufa. "Se considerarmos toda a área de floresta nativa do Vale do Paraíba paulista, calcula-se um sequestro 129,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono", afirma o pesquisador. Somada às áreas com plantios de eucalipto, que contribuem com 16,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono, a quantidade sequestrada pelo componente florestal da região alcança 145,6 milhões de toneladas. Estes e outros resultados foram apresentados em setembro no simpósio internacional SPIE 2016 Remote Sensing and Security + Defence, realizado em Edimburgo, na Escócia, e estarão descritos no artigo científico que será publicado ainda neste mês.
De acordo com dados do Observatório do Clima, o Brasil lançou na atmosfera, em 2014, cerca de 1,6 bilhão de toneladas de dióxido de carbono. A mudança de uso da terra, relacionada principalmente a desmatamentos na Amazônia e no Cerrado, é o maior responsável pelas emissões, contribuindo com 472,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Para o pesquisador Carlos Cesar Ronquim, o Vale do Paraíba paulista apresenta um fenômeno inverso ao que ocorre no Brasil. "A região está contribuindo para o aumento no sequestro do carbono da atmosfera justamente por meio da mudança de uso da terra – só que ao invés da perda de florestas para as pastagens, consequência de desmatamentos, está ocorrendo o crescimento de florestas nativas sobre áreas antes ocupadas por pastos", explica.
Ele ressalta que o pagamento por serviços ambientais e outras vantagens econômicas, como o mecanismo de Redução de Emissões pelo Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), podem ser alternativas promissoras de compensação para o produtor rural que preserva suas florestas e protege a biodiversidade em sua propriedade. Além de contribuir para o sequestro do carbono, a recuperação florestal traz ainda outros benefícios, como a regulação da temperatura e da umidade do ar, o aumento da infiltração da água no solo e o suprimento dos lençóis freáticos, a redução da erosão e a formação de barreiras naturais contra pragas e doenças da agricultura.
Floresta, pasto e eucalipto
Os dados levantados pela Embrapa Monitoramento por Satélite são resultados do projeto de pesquisa GeoVale. O objetivo do estudo foi mapear as principais mudanças no uso e cobertura das terras da região ocorridas entre 1985 e 2015, com foco nas áreas de floresta nativa, pastagens e reflorestamentos de eucalipto. As pastagens, voltadas para a produção de carne e leite, ainda representam a maior cobertura, com 651 mil hectares. Porém, nos últimos 30 anos essa área regrediu 32% e quase metade do pasto que ainda existe na região, cerca de 40%, apresenta distintos estágios de regeneração da vegetação nativa – o chamado "pasto sujo", que não é mais manejado e ao longo dos anos poderá formar novas florestas.
Nesses 30 anos, as pastagens cederam espaço também para os reflorestamentos de eucalipto, que atualmente ocupam 114 mil hectares e representam 8,1% da área do Vale do Paraíba paulista. A silvicultura, com base na eucaliptocultura, foi o setor da economia agroindustrial que mais se desenvolveu econômica e tecnologicamente. Ronquim explica que dentro do plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), do governo federal, as florestas plantadas representam uma das estratégias que permitem conciliar a produção de madeira e bioenergia com a redução da emissão dos gases de efeito estufa.
A pecuária permanece como a principal geradora de renda agrícola na região. Apesar da redução das áreas de pastagem, a produção de carne e de leite aumentou entre 1985 e 2015 – a produção de carne passou de 731 mil para 2,9 milhões de arrobas e a produção leiteira saltou de 187 mil para 206 mil litros, mesmo com um rebanho menor. Índice que mede o desempenho econômico das principais atividades agrícolas, o Valor da Produção Agropecuária (VPA) da carne vem crescendo desde a década de 1990 e atualmente é a atividade que mais contribui para a renda na região. A produção de leite, por outro lado, vem diminuindo sua participação no VPA e atualmente compete com a eucaliptocultura pelo posto de segundo maior contribuinte para a geração da renda agrícola no Vale do Paraíba paulista.
Arroz
O arroz ainda é a principal cultura agrícola da bacia, que detém perto de 85% da produção do Estado de São Paulo. Entretanto, de acordo com os dados levantados pela Embrapa, as áreas cultivadas também vêm diminuindo. Em 1985, a atividade ocupava uma área de 23,4 mil hectares. Já em 2015 a produção ocorreu em apenas 11,8 mil hectares. O baixo preço de mercado e a diminuição na oferta de mão de obra estão entre as principais dificuldades enfrentadas pelo produtor, mas a escassez de água também aparece como fator limitante.
"O cultivo de arroz no Vale do Paraíba ocorre por meio de inundação, principalmente na várzea do Rio Paraíba do Sul, e a água vem direto da Serra da Mantiqueira. O baixo volume que os produtores conseguem captar, devido às frequentes secas e à restrição imposta pelos órgãos reguladores estatais, está sendo insuficiente para produzir adequadamente e manter a qualidade do cereal", explica Ronquim. Na competição por área, ele cita ainda a expansão da urbanização e a atividade de extração de areia. "A área ocupada para extração de areia, na região, já é superior a 2,3 mil hectares".
A administração pública (federal, estadual e municipal) ganhou uma importante ferramenta para o planejamento urbano, monitoramento ambiental e elaboração de projetos de infraestrutura. Imagens de satélites de alta resolução estão disponíveis para uso de todos os entes da administração por meio do Catálogo de Imagens de Satélite administrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
As imagens foram adquiridas por meio das Atas nº 01/2015 e 02/2015 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) e fazem parte das constelações de satélites SPOT e Pleiades que possuem, respectivamente, alta (1,5 metro) e altíssima (0,5 metro) resoluções espaciais. Elas oferecem várias possibilidades de aplicação pela administração pública, podendo servir de ferramenta para atividades como planejamento urbano, elaboração de projetos para obras de infraestrutura, monitoramento ambiental e prevenção de desastres naturais, entre outras.
Para o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do MP, Marcos Ferrari, o compartilhamento de imagens de satélite de alta resolução é um bom exemplo de como a administração pública pode melhorar a alocação de recursos e garantir a qualidade do gasto. “Além da redução dos custos, o compartilhamento permite a prevenção de aquisições duplicadas de imagens por diferentes interessados e o ganho de escala do acervo disponível", explica.
A iniciativa de disponibilizar a ferramenta para toda a administração pública é resultado de esforço do Ministério do Planejamento, por meio da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), cuja presidência é exercida pela Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (Seplan/MP), e da Central de Compras, administrada pela Secretaria de Gestão (Seges/MP).
Economia e acesso
O uso compartilhado da ferramenta já trouxe economia para o governo no valor de R$ 800 mil em relação ao custo de aquisição de imagens de satélite. Caso não houvesse esse compartilhamento, o valor estimado dos contratos desse tipo de serviço somaria R$ 14,3 milhões, contra R$ 13,5 milhões do valor efetivo de contratação. Ou seja, até o momento, a iniciativa resultou em economia de 6% em relação à estimativa inicial de custo.
O acesso ao catálogo pode ser feito por servidores de quaisquer instituições. Para ter acesso irrestrito ao catálogo, é preciso se cadastrar no site http://www.dgi.inpe.br/CDSR/, solicitar acesso às imagens por meio do e-mail atus@inpe.br e acessar o endereço http://www.dgi.inpe.br/catalogo/# . Clicar na aba “Pesquisar” e selecionar no campo “Satélite” a imagem desejada.
Com o novo processo, as imagens estarão disponíveis no Catálogo de Imagens do INPE. Assim, uma vez adquirida a imagem de satélite, qualquer órgão ou entidade pública pode utilizá-la, independentemente da finalidade da aplicação ou de assinatura de termo de cooperação. Esse compartilhamento garante a reutilização da imagem sem um novo custo. E o acervo deve ser ampliado na medida em que novas imagens sejam adquiridas pelas instituições que participam do Sistema de Registro de Preços.
A TecTerra é revenda de várias operadoras de imagens de satélite. Veja mais detalhes em nosso sitee entre em contato conosco através do e-mail contato@tecterra.com.br ou pelo telefone (31) 3071-7080.