Pesquisadores elaboram diagnóstico da biodiversidade do Maranhão

Pesquisadores elaboram diagnóstico da biodiversidade do Maranhão

Pesquisadores da Embrapa concluíram um diagnóstico sobre a conservação da biodiversidade do Maranhão caracterizando a área de vegetação remanescente no estado. Esses dados são fundamentais para a elaboração do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) do estado. Os resultados identificam e quantificam as áreas de preservação e de vegetação remanescente do estado e orienta políticas públicas de preservação ambiental. O estudo usou como base o Mapa de Uso e Cobertura da Terra do Maranhão, elaborado também pela Embrapa a partir de processamento de imagens, imagens de satélite e levantamento de campo.

Os resultados estão resumidos no documento Conservação da Biodiversidade do Estado do Maranhão: cenário atual em dados geoespaciais”.

Conforme a pesquisadora da Embrapa Luciana Spinelli, uma das autoras do estudo, para análises mais detalhadas como a qualificação desses remanescentes, há necessidade de dados complementares, como levantamentos de campo. Contudo, ela afirma que o trabalho possibilita caracterizar o cenário atual da conservação da biodiversidade, orientando discussões sobre a integridade das unidades de conservação e a implementação de corredores ecológicos.

Os resultados também embasaram a definição das zonas ecológico-econômicas do estado do Maranhão e auxiliam a regulamentação da Lei Estadual nº 10.316 de 17 de setembro de 2015, que institui o Macrozoneamento Ecológico-Econômico do estado do Maranhão.

Os dados produzidos mostram que os biomas Cerrado (64% do estado), Amazônia (35%) e Caatinga (1%) compõem um mosaico de paisagens ricas em biodiversidade. “Com base na análise integrada de informações sobre as regiões fitoecológicas (por tipos de vegetação), biomas, unidades de conservação e áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, identificamos que 76% do estado do Maranhão são considerados áreas de vegetação formadas, principalmente, por Vegetação Secundária (26%), Savana (23%) e Floresta Sazonal Semidecidual (13%)”, explica Luciana.

Em relação à preservação dos remanescentes, embora 19% do estado seja protegido por unidades de conservação, menos de 5% delas podem ser consideradas áreas de proteção integral e estão localizadas fora do bioma amazônico e da Amazônia Legal.

De acordo com Eugênio Araújo, pesquisador da Embrapa Meio-Norte (PI), o trabalho dos cientistas já tem contribuído para o planejamento das intervenções em áreas do estado do Maranhão. “A Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan) realizou em 2016 a capacitação do núcleo de planejamento de todas as Secretarias do Estado para o uso do MacroZEE do Maranhão utilizando esse estudo e, além disso, recomendou que no planejamento anual dessas secretarias esses dados fossem considerados como base. Da mesma forma, usuários de informações sobre o estado do Maranhão, como investidores, planejadores e pesquisadores, passaram a contar com uma base unificada de informações, facilitando a sua atividade,” conta o pesquisador.

Indicação de novas unidades de conservação

Para Bruno Abe Saber Miguel, da Gerência de Zoneamento Ecológico-Econômico do Ministério do Meio Ambiente (MMA), os dados desse trabalho, incluídos no MacroZEE do Maranhão, possuem potencial para auxiliar na indicação de áreas prioritárias tanto para a criação de novas unidades de conservação e até como estratégia de contenção do desmatamento crescente registrado no estado, sobretudo nas áreas de Cerrado. Abe Saber acredita que o trabalho também ajudará o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, recentemente instituída pelo decreto 8.972/2017.

A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente explica que a integridade da paisagem é um indicador de biodiversidade e as unidades de conservação, com sua função de proteção dos recursos naturais, têm importância fundamental na manutenção de fragmentos e de sua biodiversidade. O total de áreas remanescentes de vegetação totaliza 76% do Maranhão e, apesar disso, menos de 19% do estado está protegido por unidades de conservação, englobando as categorias reserva biológica (0,8% do estado), Parque Nacional e Estadual (3,7%) e Estação Ecológica (0,0003%) como unidades de proteção integral, e Área de Proteção Ambiental (14,2%), Reserva Extrativista (0,1%) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (0,01%) como unidades de uso sustentável.

Considerando-se os biomas no estado, a Amazônia possui 30,7% de sua área com unidades de conservação; contudo, apenas 2,4% fazem parte de categorias de proteção integral (estação ecológica, reserva biológica e parque) sendo o restante de categorias de uso sustentável.

O Cerrado possui 12,5% da área associada às unidades de conservação, sendo 5,7% de proteção integral, da categoria parque, e 6,8% de uso sustentável, prevalecendo as Áreas de Proteção Ambiental. De modo geral, o Cerrado possui a menor percentagem de áreas sob proteção integral em relação aos hotspots mundiais, com 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação.

A pesquisadora alerta que a Caatinga no Maranhão possui 9% de sua área em unidade de conservação, e apenas na categoria área de proteção ambiental (APA), de uso sustentável. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, mesmo com as ações do governo para concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação federais e estaduais, o bioma continua como um dos menos protegidos do País, já que pouco mais de 1% dessas unidades são de proteção integral. Como agravante, grande parte das unidades de conservação da Caatinga, especialmente as APAs, apresentam baixo nível de implementação.

Áreas prioritárias possuem clara relação espacial com as unidades de conservação e, especialmente para a categoria de proteção integral, são relevantes para enfatizar a necessidade de regular a pressão antrópica sobre essas áreas que, em alguns casos, já apresentam processo de fragmentação da cobertura florestal. Entre as ações prioritárias de conservação indicadas para cada área identificada estão a criação ou ampliação de unidades de conservação e a criação de mosaicos de áreas protegidas e corredores ecológicos.

Zoneamento e biodiversidade

A elaboração do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) do Maranhão ocorreu a partir de contrato entre a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) do Maranhão e a Embrapa, coordenado por esta com apoio das secretarias do estado, entidades de planejamento, organizações civis, empresas públicas e privadas, além da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

As etapas do MacroZEE iniciaram-se com a estruturação do banco de dados, com a compilação e organização das informações geoespaciais existentes, seguida do diagnóstico, contemplando a situação atual de uso e cobertura da terra, biodiversidade, diagnóstico do meio físico-biótico, diagnóstico socioeconômico e jurídico-institucional, finalizando com a definição das zonas ecológico-econômicas do estado e a instituição da Lei Estadual no 10.316, de 17 de setembro de 2015.

Os autores do trabalho são os pesquisadores da Embrapa: Luciana Spinelli-Araujo, Gustavo Bayma-Silva, Fábio Enrique Torresan, Daniel Victoria, Luiz Eduardo Vicente, Edson Luis Bolfe e Celso Manzatto.

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/25854061/pesquisadores-elaboram-diagnostico-da-conservacao-da-biodiversidade-do-maranhao

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TecTerra passa a comercializar imagens do satélite TeLEOS 1

TecTerra passa a comercializar imagens do satélite TeLEOS 1

A TecTerra Geotecnologias por meio da operadora sul-coreana Satrec Initiative Imaging Services (SIIS) passa a comercializar as imagens do satélite TeLEOS 1 desenvolvido pela ST Electronics (Satcom & Sensor Systems). Um de seus principais atributos é o fato dele ser o primeiro satélite comercial de observação terrestre com a órbita circundante a região equatorial (Near Equatorial Orbit -NEqO).

O satélite TeLEOS 1 foi lançado em 16 de dezembro de 2015, sendo o primeiro satélite comercial de observação terrestre desenvolvido em Cingapura. Ele opera a uma altitude de 550 quilômetros e oferece imagens de satélite com 1 metro de resolução espacial no modo pancromático. Sua revisita tem um tempo médio de 12 a 16 horas e uma de suas principais características é a de imagear exclusivamente na faixa  região equatorial da Terra e ocasionalmente nas partes tropicais. Como esta porção terrestre é difícil de ser imageada devido a grande presença de nuvens e o TeLEOS 1 possui alta capacidade de revisita exclusivamente nestas localidades, ele possibilitará a obtenção de um grande acervo de imagens de satélite no cinturão equatorial e próximo a região tropical.

TeLEOS 1

Área de cobertura das imagens de satélite TeLEOS 1

Abaixo algumas especificações técnicas básicas do TeLEOS 1
  • Lançamento: 16 de Dezembro de 2015
  • Bandas: Pancromática 500 ~ 900 nm
  • Revisita: 12 a 16 horas
  • Resolução Espacial: 1 metro no nadir
  • Faixa de imageamento: 12 km no nadir
  • Órbita:  Próxima a faixa equatorial (NEqO) com 15º de inclinação
  • Altitude: 550 km

Em breve colocaremos mais informações em nosso site sobre o TeLEOS 1. Para mais informações técnicas, condições comerciais e para obter uma amostra de uma imagem de satélite entre em contato conosco através do e-mail contato@tecterra.com.br ou do telefone (31) 3071-7080.

Webinar gratuito: Aplicações de imagens de satélite e os novos sensores do mercado

Webinar gratuito: Aplicações de imagens de satélite e os novos sensores do mercado

Em mais um webinar gratuito promovido pela TecTerra Geotecnologias em parceria com a Graltec Treinamentos mostraremos diversas aplicações de imagens de satélite e os novos sensores disponíveis no mercado.

Dentre as aplicações de imagens de satélite abordaremos

  • Monitoramento de expansão urbana, ocupações ilegais e áreas de risco
  • Aplicações em Licenciamento Ambiental e Estudos Ambientais
  • Análises multitemporais para Perícias Judiciais Ambientais
  • Diferentes usos dos Modelos Digitais de Elevação (MDE)
  • Novos sensores de média e alta resolução espacial disponíveis no mercado

O webinar gratuito será ministrado no dia 21 de Agosto às 19 horas horas pelos Diretores da TecTerra Lucas Camargos (Diretor Técnico) e Christian Vitorino (Diretor de Novos Negócios). Quem se interessar neste webinar gratuito deve se inscrever através do linkhttps://goo.gl/VgR4Vk

Rio lança o projeto Olho no Verde para combater desmatamento na Mata Atlântica

Rio lança o projeto Olho no Verde para combater desmatamento na Mata Atlântica

Foi lançado o Projeto Olho no Verde que consiste em uma iniciativa entre a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Coppetec), com o objetivo de alcançar a meta de desmatamento ilegal zero na Mata Atlântica até 2018 e conter a destruição do bioma. Em 2016, o estado fluminense perdeu 709.688,0 m² de florestas, número liderado pela capital carioca, que registrou desmatamento de 110.355,8 m². O município que menos desmatou foi Itatiaia, com 518,2 m².

Atento ao problema, o Projeto Olho no Verde realiza o monitoramento sistemático de uma área de sete mil quilômetros quadrados, onde estão os principais remanescentes florestais do estado. Através das imagens de satélite, é possível acompanhar a supressão arbórea mesmo em pequena escala. De acordo com o subsecretário da SEA, Rafael Ferreira, “é possível identificar a supressão de uma única árvore”. Ele explica ainda como funciona o projeto: “Quando observamos áreas com alterações, enviamos aos técnicos para validação. Depois de validadas, as informações são encaminhadas para as unidades regionais próximas. Por meio do sistema, elas recebem os alertas, que são as imagens do satélite, e vão fiscalizar. Após o retorno das operações, os dados são sistematizados para gerar um perfil do desmatamento distribuído pelo estado”.

Ao longo de 2016, foram geradas 326 imagens de alertas, das quais 196 confirmaram uma supressão de vegetação ou intervenção irregular no local. Com esse trabalho, a Secretaria espera agilizar o trabalho de fiscalização e se antecipar aos crimes ambientais. A expectativa é que ainda este ano o Olho no Verde possa ampliar seu olhar para outras áreas do estado através de parcerias com os municípios.

O Projeto foi lançado durante o III Encontro de Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica. No mesmo evento, foi divulgado o ranking dos municípios que mais desmataram. O Rio de Janeiro lidera (110.335,8m²), seguido por Rio Bonito (93.983,1), Mangaratiba (62.804,6), Parati (57.512,2) e Cambuci (46.450,2). Quem menos desmatou foi Itatiaia, que registrou 518,2 m² de supressão arbórea ilegal.

O avanço do desmatamento na Mata Atlântica

Entre 2015 e 2016, o desmatamento na Mata Atlântica aumentou aproximadamente 60%. Na lista dos 17 estados que abrigam remanescentes do bioma, o Rio de Janeiro apareceu em 12º lugar, com um aumento de 37% comparado ao período anterior. O estado que mais desmatou foi a Bahia, com perda de 122.880.000 m² no período.

Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A diretora executiva da Fundação, Marcia Hirota, esteve presente no evento da sexta-feira e lamentou os números: “Esse dado é um alerta, um retrocesso. Atualmente temos apenas 12.4% de Mata Atlântica no país. Devemos abrir o olho e pensar o que podemos fazer para que esse desmatamento ilegal seja estancado e ao mesmo tempo contribuir para uma agenda de proteção do que resta do bioma no Brasil”.

Em 2015, os 17 secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica firmaram um compromisso para zerar o desmatamento ilegal no bioma até 2018 e ampliar a cobertura da vegetação nativa através do projeto Olho no Verde. O acordo foi selado na carta “Nova História para a Mata Atlântica”. Com apenas seis meses até 2018, os personagens dessa história precisam se apressar para garantir que ela será de fato um novo começo para o bioma.

Fonte: http://www.oeco.org.br/noticias/rio-lanca-projeto-para-conter-desmatamento-na-mata-atlantica/

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CPRM disponibiliza dados de aerolevantamentos geofísicos de Goiás

CPRM disponibiliza dados de aerolevantamentos geofísicos de Goiás

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), dando continuidade ao programa de disponibilização de dados geocientíficos, divulga as imagens georreferenciadas de cinco aerolevantamentos geofísicos adquiridos entre 2004 e 2006, adquiridos em parceria com o Governo de Goiás através do Fundo de Fomento à Mineração - FUNMINERAL.

Esses cinco projetos aerogeofísicos totalizam uma área de aproximadamente 169.715 km² e localizam-se no Estado de Goiás. Essa ação é um dos pilares definidos pela diretoria para fomentar o setor mineral brasileiro, tratando-se de um programa contínuo e prioritário de disponibilização de dados e informações geocientíficas à sociedade.

Nessa etapa foram disponibilizadas as imagens dos denominados projetos:

  • 3008: Arco Magmático Mara Rosa (2004);
  • 3009: Arco Magmático de Arenópolis (2004);
  • 3010: Oeste do Arco magmático de Mara Rosa (2005);
  • 3011: Faixa Brasília Sul (2005);
  • 3021: Paleo-Neoproterozóico do Nordeste de Goiás (2006).

Todos os levantamentos foram realizados com espaçamento de 500 m entre as linhas de voo, altura de voo de 100 m e direção das linhas de voo N-S. Os diversos produtos derivados do processamento de imagens aerogeofísicas de magnetometria e gamaespectrometria são disponibilizados em formato GEOTIFF, com resolução de 300 dpi.

O diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Carlos Garcia Ferreira, explica a importância dos aerolevantamentos geofísicos, que segundo ele, é o início da cadeia produtiva da indústria mineral, representando uma etapa de alto risco econômico, que precisa ser mitigada para atrair novos investimentos e incentivar a descoberta de novos depósitos minerais.

O superintendente de Mineração da Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Goiás, Tasso Mendonça Júnior, destaca que as iniciativas governamentais de promoção desses levantamentos são importantes instrumentos de atração de investimentos privados na geração de novas jazidas e nos seus aproveitamentos industriais, que propiciarão um maior desenvolvimento socioeconômico de nosso Estado.

O chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) da CPRM, Luiz Gustavo Rodrigues Pinto, diz que essa é a segunda disponibilização de imagens GEOTIFF'S gratuita ao público de projetos que não foram adquiridos exclusivamente pela CPRM, demonstrando o sucesso de parcerias entre os diversos órgãos de mineração do país. “Já foram divulgados os projetos realizados em parceria com a CBPM, na Bahia e agora com a Superintendência de Mineração de Goiás”.

Os dados dos aerolevantamentos geofísicos e geoquímicos da CPRM, além dos mapas geológicos e outras informações relevantes, são disponibilizados no Sistema GeoSGB.

Fonte: http://www.cprm.gov.br/publique/Noticias/CPRM-disponibiliza-imagens-georreferenciadas-de-cinco-projetos-aerogeofisicos-em-parceria-com-o-Governo-de-Goias-4669.html

A TecTerra realiza diversos projetos de aerolevantamento e aerofotogrametria. Entre em contato conosco através do e-mail contato@tecterra.com.br ou através do telefone (31) 3071-7080 para obter mais informações .

Japão cria GPS com margem de erro reduzida a centímetros

Japão cria GPS com margem de erro reduzida a centímetros

Os japoneses vão inaugurar, em 2018, um sistema de localização por GPS muito mais preciso, com uma margem de erro reduzida a centímetros.  A Inauguração do novo sistema de localização será em 2018 com uma margem de erro praticamente zerada possibilita novas aplicações

O foguete que levou o novo satélite foi lançado da base de Tanegashima, no Sul do Japão. Quem diria que algo que vai tão alto, fica orbitando no espaço, ajuda tanto a nossa vida aqui embaixo.

O sistema de GPS, que já existe há mais de 30 anos, é fundamental em várias áreas: nos orienta no trânsito, ajuda na navegação marítima, no transporte aéreo, na segurança de cargas nas estradas. Ninguém se perde com os satélites enviando informações de posicionamento.

O GPS que a gente conhece funciona bem, mas os japoneses acreditam que podem desenvolver um sistema melhor. O que existe hoje tem uma margem de erro de dez metros, ou seja, os satélites não fazem distinção se dobra uma esquina ou se está em outro ponto. O que os japoneses estão fazendo é reduzir essa margem de erro de dez metros para dez centímetros.

O GPS e GNSS hoje é possível com informações enviadas por satélites geoestacionários, que ficam parados orbitando sobre pontos fixos na Terra. O sistema japonês será diferente: serão quatro satélites ao todo, três sempre em movimento, fazendo um traçado em forma de oito.

Um ficará parado sobre Tóquio. Assim, mudando de posição, os especialistas garantem que não haverá área de sombra, sem sinal, por exemplo, em locais cercados por prédios muito altos.

Com a margem de erro praticamente zerada, também vai ser mais fácil desenvolver outras aplicações: os carros que rodam sozinhos, sem motorista, terão mais precisão; ficará mais segura a entrega de mercadorias por drones; e até encontrar pessoas desaparecidas, como idosos, problema grave num país com uma população que envelhece rápido.

Por enquanto, dois satélites foram lançados, mas a promessa é que em 2018 o japonês já terá um GPS para chamar de seu.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/06/japao-cria-gps-com-margem-de-erro-reduzida-centimetros.html