SpaceWill divulga as primeiras imagens do satélite SuperView-1 3 e 4

SpaceWill divulga as primeiras imagens do satélite SuperView-1 3 e 4

A operadora chinesa SpaceWill divulgou as primeiras imagens do satélite SuperView-1 3 e 4. Os satélites de Observação da Terra SuperView-1 3 e 4 foram lançados na China da base de Taiyuan, província de Shanxi, no dia 09 de janeiro de 2018 às 11:26 hora local. Desta maneira a constelação SuperView-1 compreenderá quatro satélites orbitando na altitude de 520 km. Até o final do ano de 2022 a constelação estará completa e terá 16 satélites com as mesmas características. Veja mais informações sobre o lançamento em nosso blog.

Abaixo as especificações técnicas básicas do SuperView-1
  • Bandas: R (red), G (green), B (blue) e IR (infra-vermelho)
  • Resolução espacial: 50 centímetros
  • Largura da faixa de imageamento (swath): 12 km
  • Área mínima para aquisição: Acervo de 25 Km² (2.500 Hectares) e programação 100 Km² (10.000 Hectares)

Veja mais detalhes e especificações técnicas do SuperView-1 em nosso site.

As primeiras imagens de satélite foram obtidas no mês de janeiro de 2018 e mostram a Cidade Proibida em Beijing na China, o Porto de Alexandria no Egito, do Aeroporto Internacional de Dubai e do Burj Dubai ambos nos Emirados Árabes Unidos.

SuperView-1 3 e 4

Cidade Proibida em Beijing na China. Imagem de 24 de janeiro 2018

SuperView-1 3 e 4

Aeroporto Internacional de Dubai nos Emirados Árabes Unidos. Imagem de 16 de janeiro de 2018

imagem de satélite SuperView-1

Burj Dubai nos Emirados Árabes Unidos. Imagem de 16 de janeiro de 2018

SuperView-1

Porto de Alexandria no Egito. Imagem de 14 de janeiro de 2018

Os outros satélites de Observação da Terra da operadora chinesa SpaceWill são o GaoFen-1 (GF-1)GaoFen-2 (GF-2)ZiYuan-3 (ZY-3) e Huanjing-1A&B (HJ-1A&1B) e também comercializados pela TecTerra Geotecnologias.

Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br

Entre em contato conosco através do telefone e do WhatsApp (31) 9 9720 2614 ou pelo email contato@tecterra.com.br para enviarmos uma amostra e verificarmos a disponibilidade de imagens de satélite da sua área de interesse.

Recuperar áreas degradadas gera lucro e preservação ambiental na Amazônia

Recuperar áreas degradadas gera lucro e preservação ambiental na Amazônia

Pesquisa mostra que recuperação de floresta degradada gera lucro e preservação ambiental na Amazônia. Um estudo inédito, fruto de parceria pública-privada entre a Embrapa Amazônia Oriental e o grupo madeireiro Arboris, acompanhou um ciclo alternativo completo de plantio e corte de paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum), uma espécie de árvore nativa da Amazônia, no enriquecimento de clareiras em florestas degradadas e com pouca ou baixa produtividade no Pará.

O experimento revela que, com baixo investimento, é possível lucrar com a regeneração da floresta visando ciclos futuros de corte em manejo sustentável madeireiro. Os resultados já validados da pesquisa indicaram ganho econômico 36% maior nas áreas em que foi promovida regeneração comparadas a uma área de recuperação natural após o corte em sistema de manejo. Estima-se que essa metodologia de plantio possa ser aplicada em mais de 19 milhões de hectares de florestas, em diversos níveis de degradação, existentes no estado, resultando em alternativas de desenvolvimento econômico e preservação ambiental para a região.

A pesquisa foi conduzida em um período de 13 anos, entre 1995 e 2008, na fazenda Shet, localizada no Município de Dom Eliseu, nordeste paraense, distante cerca de 450 quilômetros da capital, Belém.

Conservação florestal é bom negócio

O estudo revelou que o enriquecimento de clareiras, que são áreas abertas em floresta, seja por ação humana de desflorestamento, manejo ou mesmo natural por meio de quedas e incêndios florestais, tem grande potencial para incremento da produtividade e a lucratividade. Além disso, o enriquecimento de clareiras aumenta as chances de conservação de florestas degradadas na Amazônia, conforme analisou o pesquisador Gustavo Schwartz, um dos responsáveis pelo trabalho. Ele explicou ainda que o aprendizado das técnicas desenvolvidas na pesquisa pode ser aplicado não apenas em florestas no Estado do Pará, mas em outros estados da Amazônia, assim como nas demais regiões com incidência de floresta tropical.

De acordo com o cientista, o objetivo do estudo foi avaliar a produtividade e a rentabilidade financeira do plantio para o enriquecimento em florestas degradadas. O paricá foi a espécie escolhida por ser nativa da região, apresentar rápido crescimento e ser de interesse da cadeia madeireira, em especial, na indústria de laminados.

Baixo investimento com garantia de lucro e preservação ambiental

As sementes de paricá foram plantadas diretamente no solo, em uma área de lacunas de exploração (clareiras) de uma floresta degradada de 108 hectares (ha) em fevereiro de 1995. A pesquisa usou como comparativo outra área, de 50 ha, na mesma fazenda, na qual não houve qualquer tipo de intervenção, ficando a cargo da regeneração natural.

Início da pesquisa

O empresário Marco Siviero relatou que procurou a Embrapa na década de 1990 por conhecer trabalhos publicados com espécies florestais nativas de rápido crescimento e de valor comercial, tendo como referência, na ocasião, o então pesquisador, hoje aposentado, Jorge Yared, que também participou da pesquisa com paricá.

A parceria resultou na aquisição de cerca de 10 mil sementes, plantadas diretamente no solo. De acordo com o empresário, o investimento no local foi mínimo, com algumas ações de limpeza da área para facilitar o acesso e plantio. Para Siviero, a motivação para a realização do experimento foi o entendimento de que a vocação do grupo empresarial do qual ele faz parte é madeireira e que somente a sustentabilidade da produção poderia garantir a continuidade da atividade, visando o lucro e também a preservação ambiental. “É na floresta que está nosso sustento e as queremos fortes para a manutenção da atividade e do meio ambiente”, afirma.

O empresário contou ainda que por atuar na indústria de laminados, a atividade absorve árvores de menor diâmetro de tronco, o que reduz o tempo de ciclo de cortes para a média de 12 anos, tornando a atividade mais lucrativa e também sustentável. Um exemplo de espécies com menor diâmetro é a embaúba (Cecropia spp.) que, de acordo com o mesmo estudo, também se mostrou bastante lucrativa em florestas degradadas.

Resultados mostram vantagens econômicas e ambientais

O estudo, inicialmente, visava à análise econômica por meio do enriquecimento de clareiras, mas o componente da preservação ambiental também chamou a atenção dos pesquisadores, conforme enfatizou o pesquisador aposentado Jorge Yared. Ele conta que área usada no experimento apresentou uma série e serviços ambientais. “A área que recebeu o plantio registrou a manutenção dos principais serviços ecossistêmicos e ambientais, como estoque de carbono, por meio do crescimento acelerado da floresta, a preservação e até regeneração dos recursos hídricos, menor risco de erosão de solo e de vulnerabilidade a incêndios florestais, além da biodiversidade, envolvendo fauna e flora atreladas à floresta”, diz.

O estudo mostra que, das dez mil sementes plantadas, cerca de três mil transformaram-se em árvores com diâmetro em torno de 25 centímetros após 13 anos, o que resultou em um acúmulo médio de três metros cúbicos (m3) por hectare/ano.

O pesquisador Gustavo Schwartz informou que o volume de madeira calculado para todas as árvores com diâmetro de 25 cm foi de 112,8 m3/ha na área plantada e de 94,7 m3/ha na área não plantada. “Considerando o uso da madeira de paricá para fins de laminação, o lucro, em valores atualizados, foi estimado em R$ 16.862,84/ha na área plantada e de R$ 12.380,86/ha na área não plantada. A diferença de R$ 4.481,98/ha equivale a um lucro 36,20% maior para a área com plantio de paricá em clareiras”, detalhou com base no estudo.

Pesquisa pode abrir novos caminhos para a legislação ambiental

Um estudo inédito pode abrir caminho para gerar ativos financeiros em uma área de 19 milhões de hectares, somente no Estado do Pará, conforme avaliam os autores da pesquisa. Os cientistas explicam que essa área corresponde ao chamado arco do desflorestamento, no qual se incluem florestas sob diversos graus de degradação e que atualmente não despertam o interesse madeireiro e também não podem ser usadas para agricultura nem para pecuária.

Gustavo Schwartz avalia que essa significativa extensão territorial tem um enorme passivo que pode ser revertido em desenvolvimento econômico e também de preservação ambiental e que estudos como o realizado pela Embrapa e o grupo Arboris servem para evidenciar novas possibilidades produtivas na floresta e abrir diálogo com a legislação para a previsão, ainda inexistente, de manejo florestal sustentável em florestas antropizadas (modificadas pela ação humana), em diversos graus de degradação.

Atualmente, segundo a legislação, o manejo florestal depende de aprovação dos planos pelos órgãos de governo. A atividade é regida nacionalmente pela Resolução 406/2009 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e estabelece, entre outros pontos, o corte de 30 m3 por hectare a cada 35 anos. No Pará, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), responsável pela análise e aprovação dos planos de manejo, possui legislação própria, a Instrução normativa 5/2015. Ambos os documentos preveem a possibilidade de adequação de planos de manejo, desde que feitos estudos comprobatórios de viabilidade econômica e impactos ambientais, entre outros.

Os pesquisadores acreditam que o estudo da Embrapa e do grupo Arboris dá subsídio para dialogar com as autoridades e abre caminho para rever a legislação e propor novas possibilidades de planos de manejo para áreas até então sub ou não utilizadas. Como resultado, os especialistas preveem mais ganho financeiro, desenvolvimento social, prestação de serviços ambientais e preservação das florestas nativas. “Com a exploração sustentável dessas florestas já antropizadas, reduz-se a pressão sobre as florestas nativas, abrindo mais uma frente de conservação das florestas primárias da Amazônia”, defende o pesquisador Gustavo Schwartz.

Alguns resultados da pesquisa foram publicados na Revista Internacional Forest Ecology and Managment. O artigo é assinado pelos pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, Ademir Ruschel, Gustavo Schwartz, da Embrapa Amapá, José Pereira e Jorge Yares. Assinam também Marco Siviero e Paulo Pereira, do Grupo Arboris.

Fonte: Sistema Florestal Brasileiro (SFB)

Operadora 21AT lança promoção de imagens de satélite TripleSat

Operadora 21AT lança promoção de imagens de satélite TripleSat

Para comemorar o Ano Novo Chinês a operadora chinesa 21AT lançou uma promoção com condições comerciais especiais para imagens de satélite TripleSat. Os descontos são de 40% para imagens de acervo e 20% para imagens de programação e os pedidos devem ser realizados do dia 31 de Março.

O TripleSat consiste em uma constelação de 3 satélites calibrados geometricamente e radiometricamente e portanto idênticos entre si. Eles adquirem imagens de satélite com 80 centímetros de resolução espacial e coletam informações de várias partes da Terra com grande agilidade. A constelação foi lançada em Julho de 2015 e até o final do ano de 2017 os satélites coletaram imagens de aproximadamente 40% do território brasileiro.

Acervo de imagens de satélite TripleSat

Imagens de satélite TripleSat disponíveis em acervo e adquiridas até o 31 de Dezembro de 2017

Veja abaixo as especificações técnicas básicas do TripleSat
  • Resolução espacial: 80 centímetros (alta resolução)
  • Bandas: R (Vermelho), G (Verde), B (Azul) e IR (infravermelho próximo)
  • Faixa de imageamento: 3 km para imagens de acervo e 5 km para imagens de programação (novas coletas)
  • Estereoscopia: Sim
  • Área mínima de aquisição: 25 Km² (2.500 Hectares) para imagens de acervo e 100 Km² (10.000 Hectares) para imagens de programação
  • Descontos: 20% no preço de tabela para imagens de programação e 40% no preço de tabela para imagens de acervo

 

Acervo de Imagens de satélite TripleSat

Composição colorida e falsa-cor no Rio Ivaí nos municípios de Julio de Castilhos e Boa Vista do Incra - Rio Grande do Sul

 

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TecTerra se torna revenda autorizada das soluções RESTEC

TecTerra se torna revenda autorizada das soluções RESTEC

A TecTerra Geotecnologias se torna revenda autorizada da operadora japonesa RESTEC e comercializará as imagens dos sensores PRISM, PALSAR 2 (Radar/SAR) e dos produtos e soluções AW3D.

A RESTEC (Remote Sensing Technology Center of Japan)  foi criada em Agosto de 1975 pela JAXA (Japan Aerospace Exploration Agency) e fornece dados de Sensoriamento Remoto por imagens de satélite e dados geoespaciais em geral. Os dados que serão comercializados pela TecTerra são o AW3D (dados geoespaciais), PALSAR-2 (sensor RADAR/SAR do satélite ALOS-2) e PRISM (sensor do satélite ALOS).

AW3D

Os produtos e soluções AW3D consistem em uma série de dados geoespaciais gerados a partir de imagens de satélite. A partir disto geram-se simulações em ambiente 2D e 3D, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Modelo Digital de Superfície (MDS), Modelo Digital de Terreno (MDT), planialtimetria de construções e edificações, etc.

Abaixo os produtos e soluções AW3D disponíveis no Brasil
  • AW3D Standard
  • AW3D Enhanced
  • AW3D Building
  • AW3D Telecom
  • AW3D Airport

AW3D

MDT e MDS AW3D

Modelo Digital de Superfície (MDS) e Modelo Digital de Terreno (MDT) AW3D Standard

Os Modelos Digitais de Elevação (MDE) AW3D Standard não precisam de Pontos de Controle (GCP's) para terem alta precisão e acurácia garantidos pela RESTEC e estão disponíveis para praticamente toda a superfície terrestre.

AW3D Standard

Área de cobertura do AW3D Standard

PALSAR-2

O sensor PALSAR-2 (Phased Array type L-band Synthetic Aperture Radar) está a bordo do satélite ALOS-2 (Advanced Land Observing Satellite) com acervo existente desde o segundo semestre de 2014. Ele constitui em um Radar/SAR (banda – L) para diversas aplicações com diferentes especificações técnicas sobretudo na resolução espacial que varia de 1 metro até 100 metros e o tamanho das cenas de 25 km a 490 km.

Palm Islands em Dubai

PRISM

O sensor PRISM (Panchromatic Remote-sensing Instrument for Stereo Mapping) estava a bordo do satélite ALOS (Advanced Land Observing Satellite) sendo lançado em Janeiro de 2006 e teve sua missão descontinuada em Maio de 2011.  Desta maneira ele possui um rico acervo de imagens de satélite e seus dados são indicados para análises históricas e multitemporais. Suas imagens são pancromáticas com 2,5 metros de resolução espacial e com a possibilidade no modo “triplet”, a partir de estereoscopia, de gerar Modelos Digitais de Elevação (MDE).

 

ALOS PRISM

Imagem de satélite ALOS sensor PRISM de 2010. Paragominas - PA

 

Para obter mais informações sobre os diferentes produtos da RESTEC, entre em contato conosco através do e-mail contato@tecterra.com.br ou pelo telefone (31) 2531-6665.

Pesquisadores identificaram ruínas Maias através de tecnologia LiDAR

Pesquisadores identificaram ruínas Maias através de tecnologia LiDAR

Através de tecnologia LiDAR pesquisadores identificaram ruínas de mais de 60 mil casas, palácios, rodovias elevadas e outros recursos arquitetônicos que estavam escondidas há anos embaixo de selvas do norte da Guatemala. A descoberta é considerada um grande avanço na arqueologia maia.

Com a tecnologia revolucionária conhecida como LiDAR (da sigla inglesa “Light Detection And Ranging”), os especialistas removeram digitalmente o dossel das imagens aéreas da agora despovoada paisagem, revelando ruínas de uma civilização pré-colombiana extensa – muito mais complexa e interligada do que a maioria dos pesquisadores da cultura maia supunha.

A tecnologia de mapeamento a laser LiDAR remove digitalmente o dossel da floresta para revelar as ruínas antigas abaixo, mostrando que as cidades maias, como a Tikal, eram muito maiores que as pesquisas por terra sugeriam.

LiDAR Maia Guatemala

Varreduras laser permitem eliminar o dossel arbóreo e identificar estruturas como casas, estradas, fazendas e fortificações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"As imagens do LiDAR deixam claro que toda essa região era um sistema de assentamentos cuja escala e densidade populacional haviam sido subestimadas", explicou Thomas Garrison, arqueólogo do Ithaca College e Explorador National Geographic, especialista em tecnologia digital para pesquisas arqueológicas.

Garrison faz parte de um consórcio de pesquisadores que participam do projeto, liderado pela Fundação PACUNAM (em espanhol), uma organização sem fins lucrativos guatemalteca que promove pesquisas científicas, desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio cultural.

O projeto mapeou mais de 2 mil km² da Reserva da Biosfera Maia na região de Petén, na Guatemala, produzindo o maior conjunto de dados do LiDAR já obtido para pesquisas arqueológicas.

 

Pesquisadores com LiDAR aéreo mapearam 10 partes da Reserva da Biosfera Maia na Guatemala.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os resultados indicam que a América Central apoiou uma civilização avançada que foi, em seu auge – há cerca de 1,2 mil anos – mais comparável às culturas sofisticadas, como a da Grécia Antiga ou a da China, do que às cidades-estados espalhados e pouco povoados, que a pesquisa em terra sugeria.

Além de centenas de estruturas anteriormente desconhecidas, as imagens do LiDAR apontam rodovias elevadas que conectam centros urbanos e pedreiras. Os sistemas complexos de irrigação e terraços apoiaram uma agricultura intensiva, capaz de alimentar massas de trabalhadores que reformularam drasticamente a paisagem.

Os antigos maias nunca usaram a roda ou animais de carga, mas " era uma civilização que literalmente estava movendo montanhas", sugeriu o arqueólogo Marcello Canuto, da Universidade Tulane, que participou do projeto.

"Havia uma presunção ocidental de que civilizações complexas não poderiam florescer nos trópicos", comentou Canuto, que conduz pesquisas arqueológicas em um sítio guatemalteco conhecido como La Corona. "Mas com as novas provas baseadas no LiDAR da América Central e de Angkor Wat [Camboja], agora temos de considerar que sociedades complexas podem, sim, ter se formado nos trópicos e fizeram sua vida lá".

Idéias surpreendentes

"O LiDAR está revolucionando a arqueologia do mesmo modo que o Telescópio Espacial Hubble revolucionou a astronomia", disse Francisco Estrada-Belli, arqueólogo da Universidade de Tulane e Explorador National Geographic. "Precisamos de 100 anos para passar por todos os dados e realmente entender o que estamos vendo".

No entanto, a pesquisa já fomentou ideias surpreendentes sobre padrões de assentamento, conectividade interurbana e militarização nas terras baixas maias. No pico do seu período clássico – cerca de 250-900 d.C. –, a civilização abrangeu uma área do dobro do tamanho da Inglaterra medieval, mas era muito mais densamente povoada.

"A maioria das pessoas estava confortável com estimativas populacionais de cerca de 5 milhões", explicou Estrada-Belli, que dirige um projeto arqueológico multidisciplinar em Holmul, na Guatemala. "Com esses novos dados, é razoável pensar que havia entre 10 a 15 milhões de pessoas, incluindo os que viviam em áreas baixas e pantanosas que muitos de nós pensavam ser inabitáveis"

Praticamente todas as cidades maias estavam ligadas por calçadas em número o suficiente para sugerir que fossem muito traficadas e usadas para comércio e outras formas de interação regional. As rodovias elevadas facilitavam a passagem, mesmo durante as estações chuvosas. Em uma parte do mundo onde geralmente há muita ou muito pouca precipitação, o fluxo de água foi meticulosamente planejado e controlado através de canais, diques e reservatórios.

Entre os achados mais surpreendentes está a ubiquidade de muros defensivos, muralhas, terraços e fortalezas. "A guerra não só estava acontecendo no final da civilização", sugeriu Garrison. "Foi em larga escala e sistemática e durou muitos anos".

A pesquisa também revelou milhares de poços escavados pelos saqueadores modernos. "Muitos dos novos sítios são novos apenas para nós; eles não são novidade para os saqueadores", alertou Marianne Hernandez, presidente da Fundação Pacunam.

A degradação ambiental é outra preocupação. A Guatemala está perdendo mais de 10% de suas florestas por ano e a perda de habitat acelerou por sua fronteira com o México, enquanto os invasores queimam a terra para abrir espaço à agricultura e ao assentamento humano.

"Ao identificar esses sítios e ajudar a entender quem eram essas pessoas antigas, esperamos conscientizar o valor da proteção desses lugares", disse Hernandez.

A iniciativa Pacunam LiDAR

A pesquisa é a primeira fase da Iniciativa Pacunam LiDAR, um projeto de três anos que mapeará mais de 14 mil km² das planícies da Guatemala, parte de um sistema de colonização pré-colombiana que se estendeu para o norte até o Golfo do México.

"A ambição e o impacto do projeto são simplesmente incríveis", elogiou Kathryn Reese-Taylor, arqueóloga da Universidade de Calgary e especialista em cultura maia que não estava associada a essa pesquisa. "Depois de décadas estudando as florestas, nenhum arqueólogo tropeçou nesses sítios. Mais importante ainda, nunca tínhamos a grande imagem que esse conjunto de dados nos dá. Realmente retira o véu e nos ajuda a ver a civilização como os antigos Maias viram."

Fonte: National Geographic

A TecTerra realiza serviços de mapeamento com LiDAR e aerofotogrametria em geral. Entre em contato conosco através do telefone (31) 3071-7080 ou do e-mail contato@tecterra.com.br para mais informações.