por Tecterra Geotecnologias | dez 18, 2018 | Agronegócio, Imagens de Satélite, Monitoramento por Imagens de Satélite, Processamento Digital de Imagens (PDI), Sensoriamento Remoto
Uma cooperação entre a Embrapa e a Força Aérea Brasileira (FAB) vai viabilizar a operação do Carponis-1, satélite brasileiro de alta resolução, capaz de gerar imagens com detalhes de até 70 cm e de dar uma volta ao redor do planeta a cada uma hora e meia. O projeto está a cargo da FAB e a Embrapa será operadora civil do equipamento. A Empresa empregará as imagens espaciais nos estudos da produção de alimentos, fibras e energia no País. De acordo com o tenente Bruno Mattos, da FAB, o satélite brasileiro tem potencial para gerar uma economia de mais de 75% no custo por km² das imagens, em comparação aos valores pagos pelo governo em licitações.
A Embrapa Territorial (SP) utiliza imagens de satélites em seus trabalhos há quase 30 anos. No entanto, a dependência de imagens de alta resolução adquiridas por satélites controlados por outros países impõe limitações, além de custos elevados. Normalmente, trabalha-se com as imagens que estão disponíveis nos catálogos das empresas que as comercializam. Outra possibilidade é encomendar os registros, porém, isso demanda tempo entre a solicitação e a entrega.
A operação de um satélite pelo Brasil possibilitará mais autonomia e rapidez. “Poderemos programar e direcionar o satélite para aquisição de imagens de alvos específicos. Isso evitará a compra de imagens obsoletas e otimizará o tempo de resposta no recebimento dessas imagens”, observa a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães. Ela também é membro do Grupo de Assessoramento da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistema Espaciais (CCISE), colegiado que articula o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).
Projeto Carponis-1
O nome é formado pela junção das palavras gregas “karpos”, que significa fruto; e “ornis”, pássaro. O Carponis-1 faz parte das constelações de satélites do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que integra o Programa Espacial Brasileiro. A iniciativa é gerenciada pela Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), da Força Aérea Brasileira, e está alinhada à Estratégia Nacional de Defesa para o setor espacial. O PESE prevê a implantação de uma constelação de satélites, além da infraestrutura de controle e de operação. O Carponis-1 será o primeiro, com previsão para lançamento em 2022.
Melhor monitoramento de ILPF e aquicultura
O diferencial do Carponis-1 está na alta resolução espacial e temporal. A previsão é que os sensores acoplados ao satélite gerem imagens nítidas abaixo de um metro e com intervalo de três a cinco dias. Hoje, o Brasil opera apenas um sistema espacial, em parceria com a China. Mas a melhor resolução obtida a partir dele é de cinco metros e intervalo de até 26 dias entre os registros.
Para se ter uma ideia do ganho com a escala submétrica, nas imagens com resolução de quatro metros, cada pixel equivale a uma área de 16 m². Já as de um metro de resolução refletem 1 m² por pixel. Com imagens melhores e mais facilmente disponíveis, a Embrapa Territorial espera avançar, por exemplo, no monitoramento das áreas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema produtivo em expansão no País. “É muito difícil com satélites de média resolução conseguir identificá-las. Mesmo com os de alta resolução, esse mapeamento não vai ser uma tarefa simples”, adianta Magalhães.

As imagens mostram uma área de 9 km² em Artur Nogueira, SP, com três resoluções espaciais diferentes. Da esquerda para a direita, a primeira é do Landsat-8, com 30 m; a segunda, do Sentinel-2, com 10 m e a terceira do WorldView-3, com 30 cm de resolução espacial.
Os trabalhos com aquicultura também seriam beneficiados com um satélite brasileiro de alta resolução. Atualmente, a Embrapa está desenvolvendo um sistema de inteligência territorial estratégico para o segmento. O primeiro passo é identificar, em imagens espaciais, a localização dos tanques escavados para criação de animais aquáticos. “Quando você trabalha com imagens de média ou baixa resolução, é difícil ter certeza de que determinado ponto corresponde a um tanque para aquicultura, tendo em vista os diferentes tipos existentes”, conta a chefe-adjunta. A expectativa é que, com material de melhor definição, o trabalho ganhe assertividade.
Intervalos menores de aquisição de imagens de satélite atualizadas
Os pesquisadores também esperam incremento nos estudos pela geração de material com menor intervalo de tempo. O maior ganho é a chance de obtenção de imagens livres de nuvens, um dos principais fatores que comprometem a visibilidade em regiões de alta umidade, como na costa brasileira e região amazônica. Na agricultura, fazer imagens com mais frequência torna-se ainda mais importante, já que as principais fases de desenvolvimento das culturas ocorrem justamente no período de chuvas.
O tempo entre a captura da imagem em território nacional e o seu download pelo usuário deve ser menor do que duas horas, adianta o tenente Bruno Mattos, coordenador do projeto Carponis-1. Se a área de interesse estiver fora do Brasil, esse intervalo aumenta, mas, ainda assim, não deve chegar a 12 horas.
O tipo de sensor embarcado no satélite também é determinante para os trabalhos em agricultura. Além das bandas que geram a fotografia em cores dos terrenos (vermelho, verde e azul - RGB), “é indispensável, no mínimo, uma banda no infravermelho próximo (NIR)”, diz Magalhães. A presença dela é o primeiro passo para utilizar as imagens em agricultura de precisão. Com esse recurso, além da interpretação visual, os técnicos contam com informações espectrais que podem dar indicações sobre a saúde da plantação em uma determinada área, por exemplo. Identificação de deficiências nutricionais e estimativas de produtividade são outras aplicações. “Quanto mais bandas espectrais, mais informações conseguimos sobre um objeto terrestre”, explica.
Histórico do Carponis-1
O primeiro passo para a parceria entre a Embrapa e a FAB na operação do Carponis-1 foi dado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a apresentação do projeto para gestores da pasta. Em agosto, houve a assinatura de um memorando de entendimento entre as instituições. Na época, o chefe da Área de Planejamentos Operacionais do Estado-Maior da Aeronáutica, major-brigadeiro Jefson Borges, explicou que o interesse das Forças Armadas na parceria era devido ao avançado estágio em que a Embrapa se encontra na área de monitoramento por satélite. O secretário-executivo do Mapa, por sua vez, disse que o ministério tem interesse em projetos de inteligência territorial, fundamentais para o desenvolvimento tecnológico e de monitoramento do setor agropecuário nacional.
O chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, lembra o papel das imagens espaciais no monitoramento ambiental do País, que mantém mais de 1.800 unidades de conservação. Para ele, o acompanhamento da ocupação efetiva de áreas do território nacional, por meio de satélites, é fundamental, mas tem representado gastos elevados, em função da necessidade da compra de imagens.
A organização militar espera que a operação de um satélite de alta resolução também traga ganhos para a indústria nacional. “No curto prazo, empresas nacionais serão subcontratadas para proverem produtos e serviços relacionados à implantação do Sistema Carponis-1. No médio e longo prazo, com a demanda nacional por imagens de satélites bem estabelecida, tais empresas serão contratadas diretamente para o desenvolvimento de satélites nacionais, os quais complementarão e substituirão as capacidades do Sistema Carponis-1”, prevê o tenente Bruno Mattos, da FAB.
A comunidade acadêmica também deve ser beneficiada com a facilidade de acesso a imagens espaciais de alta resolução.
Fonte: EMBRAPA
A TecTerra trabalha com os mais variados satélites do mercado e possui soluções de monitoramento por imagens de satélites. Entre em contato conosco através do telefone (31) 3071-7080 ou do e-mail contato@tecterra.com.br para obter mais informações sobre as condições comerciais, aplicações e especificações técnicas dos satélites.
por Tecterra Geotecnologias | nov 22, 2018 | Curvas de Nível, Imagens de Satélite, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Monitoramento por Imagens de Satélite, Sensoriamento Remoto
A operadora japonesa RESTEC lançou uma promoção para aquisição de produtos e soluções geoespaciais AW3D. Ela está oferecendo 15% de desconto para universidades, instituições de ensino e pesquisa. A validade é do dia 15 de novembro de 2018 até o dia 28 de fevereiro de 2019.
A TecTerra é revenda autorizada da operadora RESTEC (Remote Sensing Technology Center of Japan) esta criada em Agosto de 1975 pela JAXA (Japan Aerospace Exploration Agency). Ela fornece dados de Sensoriamento Remoto por imagens de satélite, Modelos de Elevação e dados geoespaciais em geral. Além RESTEC também comercializa imagens do PALSAR-2 (sensor RADAR/SAR do satélite ALOS-2) e PRISM (sensor do satélite ALOS).

O que são os produtos e soluções geoespaciais AW3D
Os produtos e soluções AW3D são fornecidos pela operadora japonesa RESTEC e compõem diversos produtos e soluções, sejam Modelos Digitais de Elevação (MDE), simulações em ambiente 2D e 3D e geração de informações planialtimétricas de construções e edificações gerados a partir de imagens de satélite.

Alguns dos mercados e áreas de aplicação do AW3D são em:
AW3D Enhanced
O AW3D Enhanced consiste em Modelos Digitais de Elevação (MDE) seja o Modelo Digital de Superfície (MDS) ou o Modelo Digital de Terreno (MDT) com 50 centímetros, 1 metro ou 2 metros de resolução espacial. Um aspecto que possibilita a rápida geração dos dados é a possibilidade de gerar os Modelos sem coletar Pontos de Controle (GCP’s) em campo. Os Modelos obtidos tem precisão e acurácia assegurados pela RESTEC.

AW3D Standard
Consiste em Modelos Digitais de Elevação (MDE) seja o Modelo Digital de Superfície (MDS) ou o Modelo Digital de Terreno (MDT) de 5 metros de resolução espacial. Uma característica importante do é a de não ser necessária a coleta de GCP’s para a geração dos Modelos.

AW3D Building
O AW3D Building gera informações planialtimétricas em alta resolução das edificações, construções, inferências e obras de engenharia.

Entre em contato com a equipe comercial da TecTerra através do telefone (31) 2531-6665, do WhatsApp (31) 9 9720-2614 ou pelo email contato@tecterra.com.br para obter mais informações sobre as condições comerciais e para verificarmos a disponibilidade de dados de acervo ou realizar programações para sua área de interesse.
por Tecterra Geotecnologias | nov 12, 2018 | Cartografia, Geoprocessamento, Imagens de Satélite, Meio Ambiente, Sensoriamento Remoto, Sustentabilidade Ambiental
Imagens de satélite mais precisas, com detecção automática das áreas de floresta e a posterior comprovação por técnicos indicam que ainda restam 32 milhões de hectares de Mata Atlântica, ou 28% da cobertura original do bioma. Se fossem unidos em um grande bloco cobririam uma área quase do tamanho do Maranhão, o segundo maior estado do Nordeste (33,2 milhões de hectares).
Esses números equivalem ao dobro do que se imaginava ainda restar da floresta no bioma. O relatório técnico do Atlas da Mata Atlântica 2016-2017 indicava que apenas 12,4% da Mata Atlântica (16,27 milhões de hectares) permaneciam preservados em fragmentos com mais de 3 hectares. Este bioma se estende por 17 estados brasileiros, em uma região que abriga mais de 70% da população do país. É um dos ambientes com maior diversidade do mundo e também um dos mais ameaçados.
Esse novo mapa está disponível na versão online da revista científica Perspectives in Ecology and Conservation, da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação. O estudo utilizou imagens dos satélites RapidEye que possuem resolução de 5 metros e foram detectados fragmentos que antes não eram representados. Porém, esses pequenos fragmentos são insuficientes para explicar a diferença de área de florestas mapeadas. A explicação vem de uma definição melhor dos remanescentes já conhecidos.
Veja o artigo completo em: From hotspot to hopespot: An opportunity for the Brazilian Atlantic Forest
Veja o relatório técnico do Atlas da SOS Mata Atlântica aqui
“A gente detectou que os fragmentos geralmente eram maiores do que estavam sendo desenhados anteriormente”, explica a autoria principal do artigo, a bióloga Camila Rezende, estudante de doutorado em Ecologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A gente descobriu que as bordas do grande fragmento que existe hoje da Mata Atlântica, que é o fragmento da Serra do Mar, são maiores, além dos fragmentos menores que não estavam”.

Imagens de satélites indicam que ainda restam 32 milhões de hectares de Mata Atlântica, ou 28% da cobertura original do bioma. Foto: Mozart Lauxen/Ibama.
A extensão da Mata Atlântica coberta por florestas pode chegar a 35% da área original até 2038, se forem cumpridos o Código Florestal e os compromissos assumidos pelo Brasil no acordo de Paris. Só as áreas de preservação permanente, com matas ciliares, que devem ser recuperaram somam 5,2 milhões de hectares.
Para a pesquisadora, os resultados positivos chegam em um bom momento. Ele acredita que a Mata Atlântica possa ser um exemplo mundial de hotspot, áreas com grande biodiversidade, que se recuperou. Mas Camila ressalta que, para isso, a Lei da Mata Atlântica e o Código Florestal, com a recuperação de reserva legais, precisam ser cumpridos.
O artigo lembra que apesar da perda da maior parte das florestas, remanescentes da Mata Atlântica abrigam mais de 2,4 mil espécies de vertebrados e 20 mil espécies de plantas. O bioma concentra 60% das espécies ameaçadas do Brasil, 380 espécies da fauna e mais de 1,5 mil da flora correndo o risco de extinção.
Fonte: O ECO
Veja em nosso blog mais notícias sobre pesquisas e trabalhos na Mata Atlântica
Desmatamento da Mata Atlântica é o menor registrado desde 1985
O desmatamento da Mata Atlântica entre 2016 e 2017 teve queda de 56,8% em relação ao período anterior (2015-2016). No último ano, foram destruídos 12.562 hectares (ha), ou 125 Km², nos 17 estados do bioma. Entre 2015 e 2016, o desmatamento foi de 29.075 ha.
Rio lança o projeto Olho no Verde para combater desmatamento na Mata Atlântica
Foi lançado o Projeto Olho no Verde que consiste em uma iniciativa entre a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Coppetec), com o objetivo de alcançar a meta de desmatamento ilegal zero na Mata Atlântica até 2018 e conter a destruição do bioma.
por Tecterra Geotecnologias | out 16, 2018 | Curvas de Nível, Geoprocessamento, Imagens de Satélite, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Monitoramento por Imagens de Satélite, Processamento Digital de Imagens (PDI), Sensoriamento Remoto
A DLR, agência espacial alemã, acaba de divulgar um mapa em 3D que mostra a superfície da Terra de uma forma que pouca gente viu.
A representação gráfica que mostra os altos e baixos do terreno foi elaborada a partir de imagens captadas por dois satélites de monitoramento, que traçaram as variações topográficas ao longo de mais de 148 milhões de km².
A agência disponibilizou o mapa gratuitamente para qualquer cientista que queira utilizá-lo.
O mapeamento pode ser acessado aqui.
Suas aplicações são diversas: da previsão do curso da água durante enchentes ao planejamento de grandes projetos de infraestrutura.
Como o mapa foi criado?
Os satélites usados no projeto se chamam TerraSAR-X e TanDEM-X.
Como todos os satélites de monitoramento, eles enviam impulsos de micro-ondas para a superfície do planeta e medem o tempo que leva para esses sinais retornarem ao satélite.
Quanto menor o intervalo, maior a altitude do terreno.

Os satélites orbitam quase lado a lado a cerca de 500 quilômetros da superfície da Terra
O TerraSAR-X e o TanDEM-X orbitam praticamente lado a lado e às vezes se encontram a apenas 200 metros de distância.
O trabalho conjunto requer uma coordenação complexa, mas significa que ambos os satélites têm uma "visão estereoscópica".
Isso quer dizer que eles operam de forma interferométrica - um funciona como um transmissor/receptor e o outro como um segundo receptor.

Tibet, na cordilheira dos Himalaias. As cores do mapa representam as elevações: vermelho (mais alto) e azul (mais baixo)
Quão preciso é o mapa?
A resolução do Modelo Digital de Elevação (MDE) é de 90 metros. Em outras palavras, a superfície da terra foi dividida em quadrados com lados de 90 metros.
Nestes quadrados, a precisão absoluta da dimensão vertical é de um metro, o que torna o DEM um poderoso mecanismo para representar variações de terreno.
Existem modelos com resolução maior para representações em escala regional, mas o novo mapa supera todos os outros mapas globais de acesso gratuito disponíveis.

Deserto do Saara, onde se vê parte da província de Tamanrasset, na região central da Argélia
Quais são os próximos passos da Agência Espacial Alemã?
A agência espacial alemã tem outras versões do mapa com resoluções de 30 e 12 metros, mas por enquanto há restrições comerciais.
Enquanto isso, os satélites TerraSAR-X e TanDEM-X continuam sua missão de mapeamento.
Ter um DEM estático é um grande avanço, mas a superfície da Terra muda constantemente e isso também deve ser capturado.
Os dois satélites são muito antigos. O TerraSAR-X foi lançado em 2007 e o TanDEM-X, em 2010.
A DLR espera que os satélites continuem em operação por vários anos, mas os planos para substituí-los estão avançados.

Os Apalaches, no estado da Pensilvânia, nos EUA
'Vamos penetrar nas florestas'
A futura missão será diferente da atual porque os instrumentos de radar não vão operar na banda X, mas na banda L, faixa de frequência com um comprimento de onda maior.
Isso facilitará diferentes tipos de aplicações.
"Nas florestas, por exemplo, com a banda X só é possível capturar as copas das árvores", explica à BBC Manfred Zink, do Instituto de Micro-ondas e Radares da agência espacial alemã.
"Você não consegue penetrar nessa copa e ver debaixo das folhas. Mas, na banda L, vamos penetrar nas florestas até chegarmos ao solo. E isso nos permitirá ver o volume da vegetação em 3D e realizar uma 'tomografia'."
"Vamos conseguir ver a estrutura vertical completa da floresta, que é fundamental para uma estimativa precisa da biomassa", completa.

Glaciares às margens do Mar de Weddell na península da Antártida
A quantidade exata de carbono armazenado nas florestas do mundo não é conhecida, mas sabemos que é vital para os estudos sobre mudança climática.
Outra aplicação das observações na banda L é calcular melhor as deformações do solo durante um terremoto.
Os cientistas já estimam essas mudanças com satélites de monitoramento que funcionam em outros comprimentos de onda, mas suas observações podem ser difíceis de interpretar quando há muita vegetação.
O novo sistema, que vai se chamar TanDEM-L, tentará superar essas dificuldades.
Fonte: BBC
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por Tecterra Geotecnologias | set 27, 2018 | Imagens de Satélite, Monitoramento por Imagens de Satélite, Processamento Digital de Imagens (PDI), Sensoriamento Remoto
A TecTerra Geotecnologias passa a fornecer os produtos e soluções da Planet. A Planet consiste em uma Plataforma Web que disponibiliza imagens dos satélites SkySat, Imagens Planet e RapidEye.
Por meio dos diferentes tipos de imagens tem-se rápidas respostas em monitoramento para a obtenção de imagens de satélites atualizadas ou até mesmo no acesso ao catálogo de imagens existentes. Isto possibilita que imagens de satélite estejam disponíveis diariamente conforme a área de interesse.
Os serviços que podem ser realizados a partir da Plataforma Planet são:
- expansão urbana e infraestrutura
- mapeamentos de recursos naturais
- invasões de faixas de domínio e propriedades
- queimadas
- desmatamento
- desastres e impactos ambientais
- análises mutltemporais em geral
Imagens Planet
A constelação Planet é composta por 150 satélites que adquirem imagens com 3,125 metros de resolução espacial. As imagens são entregues processadas (ortorretificadas e realçadas) para o usuário.
Abaixo as especificações técnicas do básicas Planet
- Resolução Espacial: 3,125 metros
- Bandas: Vermelho (R), Verde (G), Azul (B) e Infravermelho Próximo
- Revisita: Diária
- Aquisição: Acesso ao banco de imagens e a programação automática da constelação

Belo Oriente - MG
SkySat
A constelação SkySat é formada por 13 satélites capazes de adquirir imagens com 80 centímetros de resolução e vídeos com 1 metro de resolução.
Abaixo as especificações técnicas básicas do SkySat
- Resolução Espacial: 80 centímetros
- Constelação: 13 satélites
- Bandas: Vermelho (R), Verde (G), Azul (B), Infravermelho Próximo e Pancromática.
- Revisita: 2 vezes ao dia
- Altitude: 500 km
- Aquisição: mediante programação

Estádio Nacional de Brasília - DF
A constelação RapidEye é composta por 5 satélites capazes de obter imagens com 5 metros de resolução espacial e está ativa desde o ano de 2008. Ela obtêm 5 milhões de Km² de imagens de satélite diariamente o que gera um grande acervo de imagens e a possibilidade de uma imagem de satélite atualizada com facilidade.
Abaixo as especificações técnicas básicas do RapidEye
- Resolução Espacial: 5 metros
- Bandas: Vermelho (R), Verde (G), Azul (B), Infravermelho Próximo e Infravermelho Limítrofe.
- Revisita: Diária
- Aquisição: Acervo e programação
- Altitude: 630 km

Usina Hidrelétrica de Irapé - MG
Entre em contato conosco através do telefone (31) 2531-6665, do WhatsApp (31) 9 9720-2614 ou pelo e-mail contato@tecterra.com.br para enviarmos uma amostra e verificarmos a disponibilidade de imagens dos diferentes satélites da operadora Planet.
por Tecterra Geotecnologias | jul 16, 2018 | Imagens de Satélite, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Monitoramento por Imagens de Satélite, Processamento Digital de Imagens (PDI), Sensoriamento Remoto
Desde o início da operação do CBERS-4, o Brasil pode contar com imagens de satélite com processamento considerado de “classe mundial”, que podem ser imediatamente utilizadas sem a necessidade de registro com mapas. A geração de imagens ortorretificadas (georreferenciadas e corrigidas para a topografia) colabora para aumentar o uso das imagens do programa de satélites sino-brasileiros CBERS.
Em 2018, a parceria com a China completa 30 anos e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável no Brasil pelo Programa CBERS, aperfeiçoa cada vez mais a qualidade das imagens, que são distribuídas gratuitamente pela internet.
“O INPE está implantando métodos inovadores de correção atmosférica para oferecer ao usuário imagens de refletância da superfície terrestre e não apenas as bandas originais, que incluem o efeito da atmosfera”, informa João Vianei Soares, coordenador do Segmento de Aplicações do Programa CBERS.
As imagens da câmera MUX do CBERS-4, lançado em 2014, são da mesma qualidade das imagens da câmera OLI do Landsat-8, referência mundial no monitoramento da Terra por satélite.
“A câmera MUX do CBERS foi projetada e desenvolvida no Brasil. É comprovadamente um sensor de classe mundial que pode ser usado em conjunto com o que há de melhor na sua classe de resolução e ciclo de revisita. O uso integrado da MUX com a câmera OLI permite capturar o desenvolvimento de culturas agrícolas anuais. Este tipo de aplicação não é possível com satélites de ciclos longos de revisita, como os satélites de alta resolução, que possuem faixa de imageamento muito estreitas”, explica Soares.
Qualidade do CBERS-4 e Landsat-8
Inicialmente testado para a câmera MUX, o algoritmo de correção atmosférica CMPAC (Coupled Moderate Products for Atmospheric Correction) será expandido a outros sensores do satélite sino-brasileiro. O CMPAC foi desenvolvido por Vitor Martins, que concluiu mestrado em Sensoriamento Remoto no INPE e atualmente realiza doutorado nos Estados Unidos, em colaboração com os pesquisadores do Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos (LabISA/INPE).
O novo método se baseia na coincidência entre passagens do CBERS, do MODIS (sensor a bordo dos satélites Terra e Aqua) e VIIRS (S-NPP). O MODIS-Terra, principal sensor utilizado no algoritmo, tem ciclo de revisita de 1 a 2 dias e o intervalo entre suas passagens e a do CBERS é de poucos minutos. Isto permite a aplicação dos produtos de moderada resolução desses sensores na caracterização dos constituintes atmosféricos (ozônio, vapor d´água e aerossóis) que interferem na propagação da radiação. Estes parâmetros alimentam os modelos de correção atmosférica e possibilitam a aplicação nas imagens MUX do satélite CBERS-4.
Para validar o método, foram comparadas imagens de refletância da câmera MUX com as do sensor OLI, a bordo do Landsat-8, considerado a referência de qualidade para análises quantitativas.
Segundo Martins, as análises estatísticas foram realizadas para as bandas espectrais comuns que mostraram um coeficiente de correlação superior a 0,9 com desvios relativos máximos da ordem de 10% para as bandas verde, vermelho e infravermelho (comumente usadas em estudos de vegetação).
Em breve, a metodologia será publicada em periódico científico sob o título “Continental-scale surface reflectance product from CBERS-4 MUX data: Assessment of atmospheric correction method using coincident Landsat observations”.
A Figura 1 mostra um exemplo de monitoramento temporal de área agrícola através do NDVI (Índice de Vegetação Normalizado), obtido na combinação das bandas de refletância do vermelho e infravermelho para uma região agrícola do Mato Grosso, em que passagens do Landsat-8 (OLI) e do CBERS-4 (MUX) são utilizadas de forma complementar por fornecerem a mesma variável quantitativa do alvo observado.

Abaixo, na Figura 2, a comparação de imagens de refletância da MUX e da OLI em 9 de agosto de 2015 e seus respectivos histogramas de distribuição relativa. O resultado comprova a qualidade da MUX para análises quantitativas e mostra, ainda, que a câmera brasileira pode ser usada conjuntamente com o sensor OLI para alvos da superfície terrestre que demandam correção atmosférica na conversão das imagens originais para imagens de refletância.

Fonte: INPE