Existem vários métodos de geração de topografia, cada um com suas vantagens e aplicações específicas. A forma de se realizar levantamentos planialtimétricos foi amplamente aprimorada por métodos de sensoriamento remoto, como imagens de satélite, aerolevantamentos tripulados e drones para a geração de Modelos Digitais de Elevação (MDE), seja Modelo Digital de Terreno (MDT) ou Modelo Digital de Superfície (MDS).
A geração de topografia por dados de imagens de satélite é um método que possibilita levantamos em grandes áreas, em prazos curtos e sem a obrigatoriedade de trabalhos de campo. Tal método substituiu antigas práticas que além de serem mais morosas, são mais dispendiosas do ponto de vista financeiro, além das dificuldades logísticas e necessidade de trabalhos de campos. Para áreas maiores que 1.000 hectares (10km²) as topografias por satélite por multivisão (utiliza de imagens com diversas passagens no mesmo local de interesse), como o Precision3D ou AW3D são amplamente recomendadas, especialmente para aplicações ambientais, hidrológicas, segurança de barragens (DAM BREAK), em localidades com relevos estáticos, mesmo em áreas com vegetação.
AW3D – Topografia por Satélite e o conceito de multivisão
As topografias por satélite não são recomendadas em trabalhos de engenharia que necessitam de precisão centimétrica em projetos, como em edificações e também para relevos dinâmicos que são constantemente movimentados como em cavas de mina. Nesse caso é necessária uma topografia mais precisa ou que haja monitoramento quase em tempo real para se gerar dados com veracidade. Para essas aplicações é recomendável pelo nível de precisão e atualização o voo com LiDAR (Light Detection and Ranging), seja tripulando ou acoplados a Drone.
Para clientes de mineração, um exemplo de aplicações adequadas das metodologias de geração de topografia por satélite é o de Precision3D ou AW3D Enhanced, com 50 cm ou 1 metro de resolução espacial. Existe um amplo acervo da área de muitos empreendimentos minerários o que proporciona aos clientes a rápida obtenção de informações. Já para a área de relevos dinâmicos e movimentados é recomendável periodicamente atualizar os dados da mina, utilizando voos de LIDAR. Posteriormente deve ser realizado trabalho de compatibilização das duas topografias para se gerar uma topografia final.
Topografia por satélite e uma imagem de satélite ótica em área de atividade minerária
Topografias por satélite que utilizam imagens de acervo, não são recomendadas para áreas de relevos dinâmicos e para este caso é recomendável nova coleta ou compatibilização com topografias locais. Vale lembrar que tal metodologia apresenta resolução espacial máxima de 50 cm e parâmetros de precisão e acurácia que atingem o Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) Classe A na escala de trabalho dos MDE’s. Já o LiDAR apresenta resolução espacial máxima de 5 cm com, o que o torna recomendável para aplicações de engenharia de precisão.
Topografia por Satélite e LiDAR na obtenção de um Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC)
Seja com o uso de Topografia por Satélite ou LiDAR é possível de obter um Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC) em diferentes escalas e por conseguinte nível de detalhes. Esses modelos consistem em uma representação digital do relevo que foi ajustada para refletir o comportamento hidrológico da superfície terrestre e calhas de cursos d’água. Os MDEHC são amplamente utilizados em aplicações de modelagem de enchentes, simulação do rompimento hipotético da barragens, gerenciamento de recursos hídricos, planejamento urbano e estudos de impacto ambiental.
MDT MDEHC (Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente) gerado por Topografia por Satélite
A TecTerra tem experiência em realizar a compatibilização de dados de topografia por satélite com topografias locais, seja Drone Ótico, Drone com LiDAR, topografia convencional ou voos tripulados. Em alguns casos o próprio cliente já faz este monitoramento ou têm em posse da topografia das áreas das cavas. Também possuímos experiência em gerar os dados a serem compatibilizados em relevos movimentados, realizar voos de LiDAR ou mesmo trabalhos de campo para gerar topografia para as áreas da cava.
Texto: Lucas Campos – Diretor Comercial da TecTerra Geotecnologias – lucas.campos@tecterra.com.br
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O monitoramento de movimentação de terras para barragens podem ser realizados através do sistema WEB Rheticus ® que a TecTerra representa no Brasil em parceria com a Planetek Italia e a Hexagon Geospatial. Dentre as aplicações desta solução é voltada para o monitoramento de barragens e seu entorno direto, em que se identifica ao longo do tempo o comportamento do solo em termos de deslocamento que possa indicar um risco de ruptura, ou mesmo algum impacto no entorno que venha a potencializar problemas estruturais nas barragens, sejam de resíduos de mineração, abastecimento de água ou outras aplicações.
Com foco principal no reforço da resiliência a desastres baseado na observação da terra, os riscos de subsidência para encostas, edifícios e infraestrutura em geral, incluindo barragens, são determinados a partir da combinação dos mapas de movimentação do solo do produto Rheticus ® com as características geomorfológicas e das construções, derivadas de modelos 3D. Este serviço de risco de subsidência visa fornecer informações valiosas sobre a estabilidade da superfície terrestre.
A extrema necessidade de tais capacidades de monitoramento tornou-se evidente após os desastres ocorridos no Brasil nos últimos anos causados por eventos meteorológicos extremos e ações antrópicas sem controle. Com isso, rompimentos de barragens, deslizamentos de terra, liquefação do solo, causaram estragos, ao ceifar inúmeras vidas e causando destruição generalizada em casas, edifícios, infraestrutura e terras agrícolas. Em resposta, as informações de satélite surgiram como uma ferramenta vital para as autoridades locais e para os esforços contínuos de recuperação.
Com isso, torna-se de fundamental importância o fornecimento às autoridades das ferramentas de ponta para mapeamento de riscos derivadas de dados de observação da Terra. Uma dessas ferramentas é, portanto, esse inovador serviço do Sistema de Monitoramento de Movimentação de Terras Rheticus ®, que permite o rastreamento preciso dos movimentos do solo até o nível milimétrico. Ao analisar meticulosamente os dados adquiridos da missão de radar Copernicus Sentinel-1, as áreas que sofrem deformação do solo podem ser rapidamente identificadas e monitoradas de perto.
O modelo de apresentação desse monitoramento perpassa pela análise histórica de movimentação de terra da área de interesse dos últimos 4 anos para melhor conhecimento da dinâmica dessa movimentação. Por fim, propõe-se realizar, também, o monitoramento futuro com relatórios periódicos indicando a evolução e velocidade da subsidência. Com isso, as autoridades poderão realizar ações preventivas de estabilização de barragens, encostas ou mesmo deslocamento de famílias através de plano habitacionais.
Veja algumas aplicações do Sistema de Monitoramento de Movimentação de Terras – Rheticus ®
A TecTerra realiza o monitoramento de movimentação de terras por meio do Rheticus ® , que utiliza imagens de radar (SAR/InSAR) e processamento automatizado para identificar movimentos milimétricos do terreno. O projeto contempla 25 subestações elevatórias na região metropolitana de São Paulo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). Veja a notícia completa em nosso blog.
O Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) e a Agência Nacional de Investigação e Inovação da Indonésia utilizam o Rheticus ® no monitoramento de informações ambientais, para elevar os esforços de inspecionar edificações e infraestruturas urbanas com foco no reforço da resiliência a desastres neste país. Veja a notícia completa em nosso blog.
O Rheticus ® está está sendo utilizado pela ANAS, a Autoridade Rodoviária Italiana, para detectar e monitorar terrenos instáveis o que ajuda na melhoria da segurança da infraestrutura rodoviária a nível nacional. O Rheticus ® é relevante nesta aplicação uma vez que a Itália está particularmente sujeita a movimentos inesperados do solo, como; deslizamentos de terra, subsidências e terremotos. Veja a notícia completa em nosso blog.
Texto: Christian Vitorino – Diretor de Novos Negócios da TecTerra Geotecnologias – christian.vitorino@tecterra.com.br
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A TecTerra assinou um contrato para oferecer dados da constelação de satélites EarthDaily Constellation (EDA) inseridos na plataforma, dTEC. Ao incorporar a revisita diária de tais satélites sobre a cobertura global, tem-se uma amplitude de assinaturas espectrais em seus produtos e soluções integradas. Desta forma, a TecTerra, em parceria com a EarthDaily Analytics, oferece mais opções de análise espacial baseadas em sensoriamento remoto.
Os desafios que Brasil apresenta
As vastas e diversas paisagens do Brasil, combinadas com condições meteorológicas dinâmicas, representam desafios significativos para imagens de satélite, monitoramento e análise regionais e nacionais. Seja ao mapear e avaliar a floresta amazônica, muitas vezes a coberta de nuvens é densa, para fins de identificação e catalogação de espécies de árvores, ou no monitoramento da silvicultura ilegal, mineração ou outras atividades ilícitas e problemáticas em milhões de quilômetros quadrados, os processos de coleta, processamento e detecção de mudanças (change detection) exigem qualidade de dados consistente, conhecimento especializado e ferramentas de dados avançadas.
Como a constelação EarthDaily atua
Após o lançamento da constelação EarthDaily, o sistema de detecção de mudanças mais avançado do mundo, será capaz de capturar e fornecer ao dTEC da TecTerra um fluxo de dados excepcionalmente poderoso, desenvolvido especificamente para aplicações de Inteligência Artificial (IA). A cobertura global diária multiespectral da EarthDaily, e o segmento terrestre orientado por IA alimentado pela AWS tornam possível monitorar com eficácia regiões exponencialmente maiores e mais complexas do que seria possível com soluções menos poderosas.
Interface do Sistema WEB EarthDaily Analytics
Ao coletar imagens das localidades no mesmo horário e ângulo todos os dias e, em seguida, capturar e fazer referência cruzada em 22 bandas espectrais, o EarthDaily Constellation permitirá que os clientes da TecTerra não apenas vejam o que ocorre quase em tempo real com revisitas de alta frequência, mas utilizar ferramentas de IA.
Quantidade de bandas espectrais do EarthDaily Analytics com outros satélites do mercado
Diferentes composições das 22 bandas espectrais auxiliam para ver muito mais do que o olho humano pode capturar como; degradação da vegetação, identificação da flora selvagem, concentrações de gases invisíveis, variações no calor relacionadas com incêndios invisíveis ou atividade industrial, e numerosos outros fenómenos – mesmo quando há cobertura de nuvens ou névoas.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
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A TecTerra Geotecnologias juntamente com a Korea Aerospace Research Institute (KARI), por meio da operadora SIIS, divulgam imagens de satélite KOMPSAT 3 e KOMPSAT 3Aanteriores e posteriores às enchentes ocorridas na Grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul no ano de 2024. Elas são do dia 31 de maio de 2023 e 15 de maio de 2024, esta posterior aos desastres socioambientais e mostram algumas localidades na Grande Porto Alegre, RS.
As geotecnologias em específico as imagens de alta resolução de diferentes datas podem ser aplicadas em localidades urbanas ou rurais como na avaliação dos danos e impactos ambientais, determinação da extensão dos danos, contagem de moradias afetadas, auxílio na valoração ambiental e de áreas agricultáveis e também na reconstituição da paisagem dos locais que sofreram as enchentes em maio de 2024.
Veja algumas locais da Grande Porto Alegre, RS, através de imagens de satélite dos dias 31 de maio de 2023 e 15 de maio de 2024
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Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, RS
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CEASA em Porto Alegre, RS
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Rodovia Governador Leonel de Moura Brizola (BR-386) no limite entre os municípios de Canoas e Nova Santa Rita, RS
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Rio dos Sinos próximo a ponte ferroviária no limite entre os municípios de Canoas e Nova Santa Rita, RS
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Sobre as imagens de satélite KOMPSAT 3 e KOMPSAT 3A cedidas pela operadora SIIS
As imagens do KOMPSAT 3 possuem 70 centímetros de resolução espacial e são de 31 de maio de 2023. Já KOMPSAT 3A apresenta imagens com 40 centímetros de resolução espacial e foram adquiridas em 15 de maio de 2024, data posterior às enchentes.
A operadora sul-coreana SIIS, vinculada a KARI trabalha com os satélites de Observação da Terra KOMPSAT 2, KOMPSAT 3, KOMPSAT 3A e KOMPSAT 5 (Radar/SAR). A TecTerra Geotecnologias é revenda autorizada dos produtos e tecnologias da SIIS para todo o território brasileiro.
Estes e outros satélites de Observação da Terra permitem registros constantes da superfície terrestre seja com acessos a imagens históricas ou no monitoramentos com a aquisição de novos dados. Isso possibilita rápidas respostas a desastres ambientais e aplicações no gerenciamento de riscos, gestão contínua ou planejamento integrado de unidades espaciais como municípios, bacias hidrográficas ou regiões geográficas.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
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TecTerra Geotecnologias e o Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos, SP, realizam o 2º Fórum de Tecnologia e Inovação para o Setor da Mineração
Este ano a temática abordada no 2º FOTIM será “Governança do ESG em Debate” e de forma interdisciplinar, contará com palestrantes de diversas aplicações do ESG para o setor de mineração como: segurança de barragens, geotecnologias, engenharia geotécnica, gestão de recursos hídricos, tecnologia da informação, dentre outros. Todas as palestras serão ministradas por notórios conferentes e referências no mercado da mineração.
O evento será 100% presencial, as vagas gratuitas e limitadas e por isso faça sua inscrição através do link INSCRIÇÕES PARA O 2º FOTIM .
Para mais informações envie um e-mail para contato@tecterra.com.br ou envie uma mensagem para (31) 9 9720-2614.
Veja abaixo a programação completa do evento:
2º FOTIM – Fórum de Tecnologia e Inovação na Mineração
Tema: Governança do ESG em Debate
Realização: TecTerra Geotecnologias e Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos, SP
Apoio: ProConcept, Instituto Minere e Agropolo Vale
12:00 Credenciamento
13:00 Abertura: Marcos Venícius Gervásio – Presidente do CREA-MG
13:30 Painel 1: Governança e Tecnologia: do planejamento à operação
Carlos Boechat, Diretor de Tecnologia e Engenharia da Vale – VALE. Palestra: Tecnologias Digitais e Transformação na Mineração
Bruno Araújo, Subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais. Palestra: A importância da inovação e ações para o acesso às diversas tecnologias
Gustavo Cruz, CEO do Instituto Minere. Palestra: Organização e gestão da inovação: Como preparar os empreendimentos?
14:30Painel 2 – Monitoramento e IA no contexto do ESG
Christian Vitorino, Diretor de Novos Negócios da TecTerra Geotecnologias. Palestra: Sistemas de Geointeligência e Sensoriamento Remoto
Roberto Rocha, Diretor Comercial da ProConcept. Palestra: Como novas tecnologias de IA e IoT podem impactar a gestão e o meio ambiente, na mineração
Marcus Assis, Sales Manager Brasil da Hexagon Safety. Palestra: Tecnologia Hexagon para gestão de crises
15:30 Coffee Break
16:15Painel 3: Governança e as relações sociais e ambientais
Marcos Mandacaru, CEO da TSX Invest. Palestra: Compartilhamento de Valor Empresa e Sociedade: diversificação econômica para o desenvolvimento das cidades
César Estanislau, Gerente de Novos Negócios na Hidrogeo. Palestra: Desafios dos monitoramentos ambientais e as respostas esperadas pela sociedade
Flávia Toledo, Líder de Meio Ambiente da Belo Lithium. Palestra: Hierarquia da mitigação para manutenção de serviços ecossistêmicos nas áreas de influência de projetos minerários
17:15 Encerramento
Letícia Lima Voigt, Sete Soluções e Tecnologia Ambiental. Palestra: ESG. O futuro que queremos (e precisamos)