TecTerra oferece soluções em monitoramento de desastres naturais

TecTerra oferece soluções em monitoramento de desastres naturais

Diante das tragédias ocorridas nos últimos anos, aliadas às mudanças climáticas, a TecTerra Geotecnologias estabeleceu uma parceria com a operadora de satélites Radar/SAR (imagens de radar de abertura sintética) ICEYE para fins de monitoramento de desastres naturais. A operadora finlandesa ICEYE possui uma constelação de mais de 25 satélites em órbita, capaz de realizar imageamento em mais de uma vez por dia, podendo chegar em até 6 aquisições em um único dia.
Com essa alta capacidade de aquisição, a TecTerra desenvolveu uma estratégia de atuação no mercado de sensoriamento remoto em que aplica inteligência artificial e automatizações para a realização de processamentos de imagens para a detecção de mudanças causadas por desastres naturais das mais diferentes naturezas.
Na plataforma smart monitoring, é possível, a partir de um alerta meteorológico, realizar a encomenda de imagens com até 3 horas de antecedência. Para isso, acessa-se o painel de Acionamento de Aquisição de Imagens para o início das operações de monitoramento em tempo quase real (near real time).
desastres naturais

Painel de escolha das imagens

Após essa ação, as imagens ICEYE são adquiridas, mesmo com chuva, nuvens, névoas ou à noite e então disponibilizadas para o sistema da TecTerra em até 3 horas após a aquisição. Com a aplicação de algoritmos altamente especializados em detecção de mudanças e processamento de imagens, é possível realizar a entrega analítica dos impactos causados pelas chuvas, ciclones, queimadas e outros eventos extremos de desastres naturais de forma rápida a tempo de dar mais velocidade às respostas aos socorros.
desastres naturais

Identificação automática de deslizamento de terras

Possibilidades de uso das imagens de radar/SAR ICEYE em casos de desastres naturais

As imagens ICEYE juntamente de inteligência aplicada permitem:

  • cruzar e inserir as informações do ICEYE com outros sistemas
  • geração automática de alertas
  • aumento na velocidade das respostas
  • não é necessária a presença de equipes em campo
O caso do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul 
Entre os municípios de Muçum e General Câmara no estado do Rio Grande do Sul, maior alvo dos últimos eventos extremos, pôde-se mapear as áreas inundadas e pontos de maior impacto das chuvas e do ciclone. As imagens de radar ICEYE foram adquiridas no dia 06/09 às 14h e 36m, mesmo em condições de altíssima nebulosidade. Na figura a seguir, as manchas em azul representam exatamente as áreas atingidas pelas inundações, com possibilidades de se quantificar a extensão territorial e pontuar todas as edificações atingidas pela cheia do Rio Taquari.
desastres naturais

Detecção, mapeamento e quantificação de áreas atingidas por enchentes na região de General Câmara-RS

Ainda foram identificados pontos de interdição de rodovia com ponte caída e outros pontos de inundações ao longo das margens do Rio Taquari entre as cidades supracitadas.
desastres naturais

Identificação de trechos de interdição da rodovia e inundação ao longo do Rio Taquari – RS

O objetivo maior desta tecnologia é entender de forma imediata os impactos das mudanças climáticas sobre a superfície terrestre e basear decisões ao nível gerencial a partir de dados confiáveis e quase em tempo real sobre a extensão e profundidade desses impactos. Com isso, torna-se possível adquirir um aumento significativo da velocidade de reação das equipes de campo e assertividade nas respostas do socorro às vítimas.
E para saber mais informações, aplicações e condições comerciais das soluções de monitoramento preventivo, com mapeamento e identificação de áreas de risco, desastres naturais, monitoramento de invasões e desmatamentos de forma automática da TecTerra, entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento:

E siga a TecTerra nas redes sociais para saber mais sobre Geointeligência, Sensoriamento Remoto, Sistemas de Monitoramento e Observação da Terra:

Instagram: @tecterrageo

Facebook: @tecterrageo

LinkedIn: /tecterra-geotecnologias

Texto: Christian Vitorino  – Diretor de Novos Negócios da TecTerra Geotecnologias – christian.vitorino@tecterra.com.br

TecTerra utiliza tecnologias de change detection em áreas urbanas para o CREA-DF

TecTerra utiliza tecnologias de change detection em áreas urbanas para o CREA-DF

TecTerra utilizará tecnologias de change detection em áreas do Distrito Federal para o CREA-DF. O contrato iniciou-se em julho de 2022 com foco na identificação de construções em áreas urbanas a partir de automações com o emprego de imagens de satélite. As imagens de satélite de alta resolução espacial são obtidas por meio da plataforma SecureWatch da operadora Maxar e de outras operadoras como a 21AT, CG Satellite, SIIS e criação de estrutura de TI no M.App Enterprise da Hexagon Geospatial.

Sobre os procedimentos de change detection

Após a inserção das camadas de informação no M.App Enterprise, no caso as imagens de satélite, cria-se um modelo automático de change detection. Esse modelo é executado para as áreas indicadas, e os resultados são analisados para possíveis correções ou alterações. Isso visa remover ruídos no resultado final e garantir uma análise mais precisa e eficiente das mudanças nessas áreas.

Imagens de satélite de diferentes datas e aplicações de change detection

Todas essas funcionalidades são empregadas para analisar as alterações entre imagens que retratam a mesma área em diferentes momentos. Ao final do processo, são gerados relatórios, shapefiles e arquivos auxiliares das áreas do resultado do modelo em um dashboard que mostra a “diferença” entre a cobertura de ambas as datas das imagens comparadas.

Dashboard com as alterações encontradas

Esse processo automatizado de identificação de mudanças em áreas pode ser útil para diversas aplicações, como gestão ambiental, monitoramento de obras, invasões de áreas de servidão, crescimento e desenvolvimento urbano. A utilização da tecnologia permite uma análise mais precisa e eficiente das mudanças nessas áreas, auxiliando no planejamento, fiscalização e tomada de decisões.

E para saber mais informações, aplicações e condições comerciais dos Sistemas de Monitoramento da TecTerra, entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento:

E siga a TecTerra nas redes sociais para saber mais sobre Geotecnologias, Sensoriamento Remoto, Sistemas de Monitoramento e Observação da Terra:

Instagram: @tecterrageo

Facebook: @tecterrageo

LinkedIn: /tecterra-geotecnologias

Texto: Marcelo Fazolo – Coordenador Técnico da TecTerra Geotecnologias – marcelo.fazolo@tecterra.com.br

TecTerra fornece o sistema de monitoramento de movimentação de terras Rheticus ® para a Sabesp

TecTerra fornece o sistema de monitoramento de movimentação de terras Rheticus ® para a Sabesp

A TecTerra realizará o monitoramento de movimentação de terras por meio do Rheticus ® , que utiliza imagens de radar (SAR/InSAR) e processamento automatizado para identificar movimentos milimétricos do terreno. O projeto contempla 25 subestações elevatórias na região metropolitana de São Paulo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP).

A Sabesp é maior companhia de saneamento básico da América Latina e este contrato iniciou-se em janeiro de 2022 com análise histórica de movimentação dos últimos 4 anos. O projeto terá duração de um ano com atualizações trimestrais em um raio de 1Km das referidas subestações elevatórias.

Objetivos do contrato

A implementação do Rheticus ® na Sabesp visa analisar as condições de estabilidade e possíveis movimentações do terreno para detectar indícios de vazamentos, inclinações estruturais, tendências de recalque, movimentações elásticas, dentre outros fenômenos relacionados às movimentações superficiais de solo e/ou infraestruturas.

Rheticus

Rheticus ® – Monitoramento para a Sabesp em São Paulo, SP

A utilização de técnicas tradicionais (estações totais, rede GPS/GNSS, etc) no monitoramento de áreas com médias e grandes extensões ou remotas requer recursos econômicos e de tempo que pode torná-la inviável. Já o monitoramento por satélite (Radar/SAR) com a crescente disponibilidade de dados abertos possibilita superar essa limitação ao conseguir informações com alta recorrência e precisão.

Veja o webinar que ministramos no canal do MundoGEO sobre algumas aplicações do Rheticus ® e o caso da Sabesp.

Sobre o Rheticus ® – Sistema de monitoramento de movimentação de terras

A plataforma Rheticus ® foi projetada para monitorar a movimentação de terras e subsidência em infraestruturas diversas como redes de água, esgoto, vias, barragens, edificações, etc.

A partir do processamento de imagens de satélite (Radar/SAR) são gerados indicadores, gráficos, diagramas dinâmicos e relatórios pré-definidos que permitem que os usuários-clientes realizem imediatamente operações de avaliação sobre áreas de interesse.

O Rheticus ® foi desenvolvido pela Planetek com base em tecnologias da Hexagon Geospatial líder global para os mercados de sensores, softwares e soluções autônomas e a TecTerra Geotecnologias é distribuidora oficial de suas soluções geoespaciais.

E para saber mais informações, aplicações e condições comerciais do Rheticus ®, entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento:

E siga a TecTerra nas redes sociais para saber mais sobre Geotecnologias, Sensoriamento Remoto, Sistemas de Monitoramento e Observação da Terra:

Instagram: @tecterrageo

Facebook: @tecterrageo

LinkedIn: /tecterra-geotecnologias

Texto: Lucas A. Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br

Rio São Francisco faz ligação estratégica entre regiões e estados do Brasil

Rio São Francisco faz ligação estratégica entre regiões e estados do Brasil

O Rio São Francisco desde a nascente, no alto do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, até encontrar o Oceano Atlântico, na divisa de Alagoas com Sergipe,percorre 2.700 quilômetros levando a água que dá vida ao Semiárido. Ao longo do percurso, ele ainda atravessa os estados da Bahia, Pernambuco e Goiás, perpassando 507 municípios e fazendo a ligação estratégica entre o Sudeste e o Nordeste do país.

Das águas do rio, pescadores e barqueiros tiram o sustento há muitas gerações. Às suas margens, a agricultura e a pecuária se desenvolvem a passos largos. A vegetação e os minérios extraídos do subsolo também impulsionam a economia local. No leito do Velho Chico, estão instaladas as usinas Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso, Itaparica e Xingó, que geram energia elétrica para abastecer todo o Nordeste e parte de Minas Gerais.

Veja mais sobre o rio São Francisco na revista Retratos nº 13 do IBGE

Tantas possibilidades de aproveitamento dos inúmeros recursos naturais característicos da Bacia do São Francisco inegavelmente geram riqueza, mas, na mesma medida esses usos acarretam graves problemas ambientais. Desmatamento, degradação do solo, assoreamento dos leitos dos rios, poluição, escassez hídrica e prejuízos à pesca e à navegação são algumas das consequências do uso descontrolado e pouco sustentável desses recursos.

Adversidades climáticas dificultam sobrevivência do Rio São Francisco

A Bacia do São Francisco tem um dos menores níveis precipitação do país, fato que se agravou e a colocou em situação crítica nos últimos anos. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelam que a distribuição anual das chuvas na Região Nordeste apresentou forte queda entre 1990 e 2017. Com isso, desde meados dos anos 1990 o São Francisco apresenta vazões anuais abaixo da média histórica, o que dificulta a geração de energia elétrica – como em Sobradinho, responsável por 58% da energia consumida na região.

Rio São Francisco

Povoado de Saramém em Sergipe, próximo à foz do Rio São Francisco

Apesar de as barragens erguidas no São Francisco serem bases para a geração de energia limpa (sem emissão de gases poluentes), essas construções alteram o fluxo natural dos rios e a dinâmica da vida aquática. De acordo com Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), além de agravar o assoreamento do leito do curso d’água, também prejudica a navegação. Em relação aos peixes, informações do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental (Cepta) mostram que oito espécies do rio estão ameaçadas de extinção em função do mesmo problema.

Velho Chico vira depósito de resíduos

No entorno do São Francisco, os problemas ambientais também são visíveis. A retirada das matas ciliares, localizadas nas margens do rio, e de trechos da vegetação da Caatinga, do Cerrado e de florestas é uma das ações humanas que mais prejudicam os cursos d’água. De acordo com o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do São Francisco 2016-2025, desenvolvido pelo CBHSF, entre 2002 e 2010, cerca de 47% da área total da bacia sofreu com ações de desmatamento voltadas para a produção de carvão vegetal e a abertura de áreas para a agricultura e a pecuária.

Rio São Francisco foz

Foz do Rio São Francisco. Ao fundo é possível ver as dunas de Piabaçu, em Alagoas

Um dos impactos negativos da retirada da mata é a impermeabilização do solo que, ao ter sua capacidade de infiltração reduzida, prejudica a recarga dos aquíferos subterrâneos. Outra consequência é a ampliação do processo de erosão do solo, cujos sedimentos, muitas vezes contaminados por agrotóxicos, passam a ser conduzidos em larga escala para os rios. O lançamento de esgoto sem tratamento e o despejo de resíduos de garimpos, mineradoras e indústrias em geral (metais pesados) também são fontes de poluição que afligem o rio.

As consequências da degradação do rio são sentidas com mais intensidade no Baixo São Francisco, que fica na divisa dos estados de Sergipe e Alagoas, onde o Velho Chico encontra as águas salgadas do Oceano Atlântico. E é justamente nesse encontro que cada vez mais o São Francisco vem levando desvantagem, pois, com a diminuição da vazão, o rio não tem mais tanta força para conter a entrada da água do mar, o que acarreta mudanças no ecossistema da foz.

Fonte: IBGE

Gestão municipal, meio ambiente e a configuração social de um município

Gestão municipal, meio ambiente e a configuração social de um município

Por Christian Vitorino *

Este artigo também foi publicado no portal do Instituto GeoEduc

Deparamo-nos, hoje, com uma discussão em nível mundial sobre as questões do desenvolvimento sustentável e meio ambiente na gestão municipal. Ratificamos sempre a importância do meio ambiente na qualidade de vida na Terra, enaltecendo a necessidade sempre de conservação e preservação para a perpetuação dos recursos naturais e, assim, podermos desfrutar dos mesmos no longo prazo.

Meio ambiente e gestão municipal

Quando discutimos sobre as mudanças globais e os impactos ambientais, precisamos levar em conta que o homem se relaciona diretamente com o ambiente, desde seu assentamento para atividades sociais até a exploração econômica para sua sobrevivência.

Em estudos históricos sobre a formação de grandes civilizações e sociedades antigas, fica evidenciada a organização social em torno de cursos d’água ou nascentes importantes, ou próxima às saídas para o mar. Mas podemos perceber essa grande influência do meio, mesmo em exemplos simples, de municípios pequenos a grandes.

Chapadas e pontões graníticos – presença ou não de água

Em um trabalho desenvolvido no município de Itaobim (MG), me chamou a atenção a estruturação em termos do meio ambiente geológico e geomorfológico (formas do relevo), que divide o território municipal em duas realidades distintas. O limite geográfico é o Rio Jequitinhonha. Ao norte de Itaobim, temos a sub-bacia hidrográfica do Rio São Roque e, na porção sul, a sub-bacia do Rio São João.

Falo primeiro da sub-bacia do São João. A estrutura geomorfológica é constituída por chapadões rodeados de vertentes íngremes. Esta configuração dá o caráter às chapadas de verdadeiras caixas d’água, onde a água da chuva é retida e armazenada. Essa característica é responsável pela perenização dos córregos e do próprio Rio São João. Ou seja, mesmo em épocas de secas típicas da região, temos água o ano todo.

Ocorre algo diferente no Rio São Roque, cuja sub-bacia possui córregos intermitentes, o que resulta na escassez completa de água na sub-bacia em época de seca. Este fato é explicado pela ausência das chapadas nessa porção e presença de pontões graníticos, similares ao Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. As rochas não retêm água e, por isso, não há armazenamento para o abastecimento da sub-bacia durante todo ano.

Realidades Distintas

Ao sul, com a presença de água, se fizermos uma simples observação de uma imagem de satélite, podemos identificar um uso do solo mais “colorido”, voltado para a agricultura e mesmo indústria. A fruticultura se mostra presente, as propriedades são melhores estruturadas e organizadas e temos até pequenos alambiques e indústrias de polpa. A população presente nessa área tem melhores condições sociais e de desenvolvimento econômico.

Já ao norte, dadas as restrições de acesso aos recursos hídricos, observamos uma limitação financeira bem mais acentuada. As propriedades praticamente não possuem atividade econômica e, quando desenvolvem algo, é para simples sobrevivência. Nesse contexto, as famílias têm abandonado suas casas e suas terras e, se ficam, andam até 15 quilômetros para buscar água no Rio Jequitinhonha numa perspectiva muito mais de sobrevivência.

meio ambiente sensoriamento remoto

Fonte: Análise Ambiental Integrada Aplicada à Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Itaobim-MG, VITORINO, C.J., 2007

Dada essa estrutura geológica e geomorfológica dividida pelo Rio Jequitinhonha, podemos observar duas realidades sociais e econômicas dentro de um mesmo município, de uma mesma região. São regras ditadas pelo meio ambiente, pela geologia, geomorfologia, hidrologia, clima e outros aspectos que conduzem à ocupação humana e, assim, definem os modos de operação da dinâmica territorial, resultando nos quesitos de desenvolvimento econômico e social.

Leia também:  Sustentabilidade e Geo-Organização do espaço para a gestão territorial.

Curso on-line gratuito: Geotecnologias no Planejamento e Gestão Municipal

O Sr. Christian Vitorino elaborou o curso on-line gratuito “Geotecnologias no Planejamento e Gestão Municipal” que está disponível na plataforma do Instituto GeoEduc. O público alvo são; gestores públicos, colaboradores de administrações pública municipais, consultores de meio ambiente, geotecnologias e gestão territorial. O acesso é gratuito com 1 hora de conteúdo e pode ser realizado através do link.

* Christian Vitorino – Sócio e Diretor de Novos Negócios da TecTerra Geotecnologias. Atua no mercado de geotecnologias há mais de 10 anos desenvolvendo negócios relacionados à comercialização de imagens de satélite e soluções em sistemas de informações geográficas.

Como a diversidade de imagens de satélite pode ajudar na gestão territorial

Como a diversidade de imagens de satélite pode ajudar na gestão territorial

Por Christian Vitorino *

Este texto também foi publicado no portal do Instituto GeoEduc

Por dentro do Sensoriamento Remoto

O sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas destinadas à aquisição de informações visuais (imagens) sobre objetos na superfície terrestre, sobre os sistemas ambientais e urbanos, sem que haja contato com eles.

As imagens de satélite, produtos do sensoriamento remoto, são extremamente úteis quando da espacialização dos diversos usos do solo e sua relação com os atributos dos meios físicos e bióticos.

Com a popularização de ferramentas de geovisualização, tal como o Google Earth, as imagens de satélite se tornaram referência quando o usuário busca, desde uma simples visualização de uma determinada área ou região, até mesmo análises mais complexas do território.

É importante salientar que as imagens oriundas de satélites em órbitas necessitam de manipulação para se obter uma melhor visualização e, assim, extrair as informações necessárias para os estudos territoriais. Essas manipulações são realizadas em softwares específicos de Processamento Digital de Imagens (PDI).

Em uma análise das condições de um determinado território, esses sistemas de observação da terra expressam fielmente as características temporais e espaciais das dinâmicas de ocupação do território, resultantes do assentamento do homem.

Aplicações na gestão e planejamento

Para aplicações em processos de gestão e planejamento municipal por exemplo, as imagens de satélite podem ser utilizadas para o diagnóstico do território, evidenciando suas principais características, seus pontos fortes e seus desequilíbrios e, desta forma, conhecer o seu potencial paisagístico e compreender seu funcionamento e evolução de uso do solo.

Uma análise temporal da dinâmica territorial de uma cidade com uso de imagens de satélite e técnicas de processamento digital, seja nos aspectos urbanos, seja nas áreas rurais, dará aos analistas a real dimensão desse funcionamento, auxiliando os planejadores na construção de cenários de impactos sócio ambientais dentro dos processos de gestão municipal.

De onde vem estas imagens?

Há hoje no mercado dezenas de opções de satélite de observação da terra que possam contribuir efetivamente para os processos de planejamento e gestão territorial. Satélites que fornecem imagens desde 30 metros até 30 centímetros de resolução espacial permitem análises em diversas escalas para variadas aplicações.

Há opções gratuitas, tais como a série Landsat, o Sentinel-2, a constelação do CBERS (brasileiro em parceria com a China), o Aster dentre outros que podem ser trabalhados em análises de territórios mais extensos e escalas menores. Nas opções de melhores resoluções, temos os satélites comerciais ativos desde 1999, como o Ikonos – com 1 metro de resolução espacial.

Após este período, dezenas de outros satélites de diversas operadoras mundiais surgiram para “povoar” a órbita terrestre e dar mais possibilidades de aplicações para os gestores públicos e o público em geral. Países como Japão, China, Tailândia, Israel, Cazaquistão, França, Estados Unidos, Peru, Espanha, Coreia do Sul, dentre diversos outros outros, lançaram constelações no decorrer dos últimos 15 anos.

Destacam-se satélites como QuickBird, série Kompsat, Pleiades, SPOT, série WorldView, TripleSat, RapidEye e os chineses GaoFen e SuperView-1 (com lançamentos mais recentes), que compõe a gama de mais de 50 opções de sensores e resoluções no mercado de imagens de satélite. Assim, tem-se toda superfície terrestre imageada diversas vezes, permitindo avaliações históricas e recentes.

Como esta diversidade ajuda na gestão territorial?

Essa diversidade, portanto, possibilita a captação de imagens em diferentes resoluções e em diferentes bandas espectrais e em diversas épocas. Isto permite que, tanto as instituições de pesquisa, quanto os setores privados e governamentais tenham uma maior capacidade de realizar análises e gestão territorial em diversas escalas para diversas aplicações no decorrer do tempo.

Há que se fazer menção, também, em questões relacionadas a custos, uma vez que as regras de mercado, como a concorrência de diversas operadoras de satélite e mesmo a disponibilização gratuita de imagens permitem uma maior facilidade de acesso aos produtos de sensoriamento remoto.

Este fato resulta hoje em milhares de estudos e pesquisas ambientais contribuindo efetivamente para o desenvolvimento de políticas públicas direcionadas ao conhecimento maior da superfície terrestre.

Geotecnologias no Planejamento e Gestão Municipal

O Sr. Christian Vitorino elaborou o curso on-line gratuito “Geotecnologias no Planejamento e Gestão Municipal” que está disponível na plataforma do Instituto GeoEduc. O público alvo são; gestores públicos, colaboradores de administrações pública municipais, consultores de meio ambiente, geotecnologias e gestão territorial. O acesso é gratuito com 1 hora de conteúdo e pode ser realizado através do link.

* Christian Vitorino – Sócio e Diretor de Novos Negócios da TecTerra Geotecnologias. Atua no mercado de geotecnologias há mais de 10 anos desenvolvendo negócios relacionados à comercialização de imagens de satélite e soluções em sistemas de informações geográficas.

 

×