por tecterra | out 1, 2025 | Aerofotogrametria, Agricultura de Precisão, Agronegócio, Cadastro Ambiental Rural, Imagens de Satélite, Imóveis Rurais, Jurídico, KOMPSAT, Meio Ambiente, Sensoriamento Remoto, Silvicultura, Sustentabilidade Ambiental
O novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) trouxe mudanças significativas para a gestão ambiental no Brasil. Uma das mais importantes é a definição de 22 de julho de 2008 como data de corte: ela diferencia áreas que já estavam ocupadas antes dessa data, chamadas de áreas rurais consolidadas, daquelas que foram desmatadas depois e que precisam ser totalmente recompostas.
Mas como provar que uma área já estava consolidada antes desse marco legal? A resposta está nas imagens de satélite.
📅 22 de julho de 2008: a data de corte do Novo Código Florestal
Essa data funciona como um divisor de águas. Veja a diferença:
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Antes de 22/07/2008 → áreas desmatadas ou ocupadas podem ser regularizadas como áreas consolidadas, com exigências menores de recomposição em Área de Preservação Permanente (APP ) e Reserva Legal (RL).
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Depois de 22/07/2008 → qualquer desmatamento é considerado infração ambiental, exigindo recomposição integral da vegetação.
Por isso, comprovar a ocupação anterior é tão importante para o produtor rural.
🛰️ Quais imagens de satélite podem ser usadas como prova?
As imagens de satélite e fotos aéreas funcionam como evidências objetivas de como estava o uso do solo no passado. Entre as principais fontes estão:
Imagens públicas ou gratuitas de média resolução
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LANDSAT → desde 1972, indicado para mostrar desmatamentos em grandes áreas.
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CBERS → desde 1999, útil para médias propriedades rurais.
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ASTER → desde 1999, alternativa para análises regionais.
- ALOS (PRISM + AVNIR) → desde 2006, satélite comercial de média resolução espacial com 2,5 metros de resolução espacial.
Imagens comerciais de alta resolução
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Ikonos → desde 1999, primeiro satélite comercial de alta resolução espacial (até 0,8 m).
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QuickBird → desde 2001, imagens ideais para detalhamento de APP's de rios estreitos ou pequenas propriedades.
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KOMPSAT-2 → desde 2006, ficou ativo até 2022 e seu acervo está disponível para comercialização.
Outras fontes relevantes
- Aerofotos de órgãos oficiais → disponibilizadas pelo IBGE, INCRA, secretarias estaduais, prefeituras, etc.
🔎 Como comprovar áreas consolidadas com imagens de satélite?
O processo de uso das imagens na regularização ambiental geralmente segue estas etapas:
- Levantamento das imagens históricas: buscar imagens anteriores a 22/07/2008.
- Coleta de metadados: garantir que a imagem tenha data de aquisição, resolução espacial adequada e fonte fidedigna.
- Sobreposição ao imóvel: delimitar a propriedade no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e identificar APP's e RL's ocupadas antes da data de corte.
- Análise comparativa: confrontar imagens antigas e atuais, mostrando a permanência do uso e consolidação da área.
- Laudo técnico: produzir relatório com mapas, metodologia e conclusões, assinado por profissional habilitado, com emissão de ART.
- Apresentação no PRA: usar o laudo e as imagens como prova no Programa de Regularização Ambiental (PRA), ou em defesa administrativa/judicial.
🌍 Benefícios para o produtor rural
Com a comprovação de que a área já estava consolidada antes de 22/07/2008, o proprietário ou possuidor rural pode:
- Manter atividades agropecuárias em APP's e RL's, desde que respeite os limites legais.
- Reduzir a área obrigatória de recomposição em APP's de margens de rios, conforme o tamanho da propriedade.
- Evitar multas e obrigações excessivas, que fortalecem a sua defesa em casos de fiscalização.
As imagens de satélite são uma ferramenta poderosa para a aplicação justa do novo Código Florestal. Elas permitem comprovar o histórico de uso da terra e garantir que áreas consolidadas antes de 22 de julho de 2008 sejam tratadas de acordo com a lei.
Para produtores rurais e técnicos ambientais, dominar o uso dessas imagens é essencial para a regularização no CAR e no PRA, além de oferecer segurança jurídica e ambiental ao imóvel.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
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por tecterra | ago 13, 2024 | Agricultura de Precisão, Agronegócio, Imagens de Satélite, Meio Ambiente, Monitoramento por Imagens de Satélite, Sensoriamento Remoto, Silvicultura, Sustentabilidade Ambiental
A TecTerra assinou um contrato para oferecer dados da constelação de satélites EarthDaily Constellation (EDA) inseridos na plataforma, dTEC. Ao incorporar a revisita diária de tais satélites sobre a cobertura global, tem-se uma amplitude de assinaturas espectrais em seus produtos e soluções integradas. Desta forma, a TecTerra, em parceria com a EarthDaily Analytics, oferece mais opções de análise espacial baseadas em sensoriamento remoto.
Os desafios que Brasil apresenta
As vastas e diversas paisagens do Brasil, combinadas com condições meteorológicas dinâmicas, representam desafios significativos para imagens de satélite, monitoramento e análise regionais e nacionais. Seja ao mapear e avaliar a floresta amazônica, muitas vezes a coberta de nuvens é densa, para fins de identificação e catalogação de espécies de árvores, ou no monitoramento da silvicultura ilegal, mineração ou outras atividades ilícitas e problemáticas em milhões de quilômetros quadrados, os processos de coleta, processamento e detecção de mudanças (change detection) exigem qualidade de dados consistente, conhecimento especializado e ferramentas de dados avançadas.
Como a constelação EarthDaily atua
Após o lançamento da constelação EarthDaily, o sistema de detecção de mudanças mais avançado do mundo, será capaz de capturar e fornecer ao dTEC da TecTerra um fluxo de dados excepcionalmente poderoso, desenvolvido especificamente para aplicações de Inteligência Artificial (IA). A cobertura global diária multiespectral da EarthDaily, e o segmento terrestre orientado por IA alimentado pela AWS tornam possível monitorar com eficácia regiões exponencialmente maiores e mais complexas do que seria possível com soluções menos poderosas.

Interface do Sistema WEB EarthDaily Analytics
Ao coletar imagens das localidades no mesmo horário e ângulo todos os dias e, em seguida, capturar e fazer referência cruzada em 22 bandas espectrais, o EarthDaily Constellation permitirá que os clientes da TecTerra não apenas vejam o que ocorre quase em tempo real com revisitas de alta frequência, mas utilizar ferramentas de IA.

Quantidade de bandas espectrais do EarthDaily Analytics com outros satélites do mercado
Diferentes composições das 22 bandas espectrais auxiliam para ver muito mais do que o olho humano pode capturar como; degradação da vegetação, identificação da flora selvagem, concentrações de gases invisíveis, variações no calor relacionadas com incêndios invisíveis ou atividade industrial, e numerosos outros fenómenos – mesmo quando há cobertura de nuvens ou névoas.
Veja o texto original na página da EarthDaily.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
E para saber mais informações, aplicações e condições comerciais de imagens de satélite, monitoramento por imagens de satélite, dTEC e do EarthDaily, entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento:
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por tecterra | jun 10, 2024 | Imagens de Satélite, KOMPSAT, Meio Ambiente, Monitoramento por Imagens de Satélite, Planejamento Territorial, Sustentabilidade Ambiental
A TecTerra Geotecnologias juntamente com a Korea Aerospace Research Institute (KARI), por meio da operadora SIIS, divulgam imagens de satélite KOMPSAT 3 e KOMPSAT 3A anteriores e posteriores às enchentes ocorridas na Grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul no ano de 2024. Elas são do dia 31 de maio de 2023 e 15 de maio de 2024, esta posterior aos desastres socioambientais e mostram algumas localidades na Grande Porto Alegre, RS.
As geotecnologias em específico as imagens de alta resolução de diferentes datas podem ser aplicadas em localidades urbanas ou rurais como na avaliação dos danos e impactos ambientais, determinação da extensão dos danos, contagem de moradias afetadas, auxílio na valoração ambiental e de áreas agricultáveis e também na reconstituição da paisagem dos locais que sofreram as enchentes em maio de 2024.
Veja algumas locais da Grande Porto Alegre, RS, através de imagens de satélite dos dias 31 de maio de 2023 e 15 de maio de 2024
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Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, RS
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CEASA em Porto Alegre, RS
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Rodovia Governador Leonel de Moura Brizola (BR-386) no limite entre os municípios de Canoas e Nova Santa Rita, RS
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Rio dos Sinos próximo a ponte ferroviária no limite entre os municípios de Canoas e Nova Santa Rita, RS
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Sobre as imagens de satélite KOMPSAT 3 e KOMPSAT 3A cedidas pela operadora SIIS
As imagens do KOMPSAT 3 possuem 70 centímetros de resolução espacial e são de 31 de maio de 2023. Já KOMPSAT 3A apresenta imagens com 40 centímetros de resolução espacial e foram adquiridas em 15 de maio de 2024, data posterior às enchentes.
A operadora sul-coreana SIIS, vinculada a KARI trabalha com os satélites de Observação da Terra KOMPSAT 2, KOMPSAT 3, KOMPSAT 3A e KOMPSAT 5 (Radar/SAR). A TecTerra Geotecnologias é revenda autorizada dos produtos e tecnologias da SIIS para todo o território brasileiro.

Estes e outros satélites de Observação da Terra permitem registros constantes da superfície terrestre seja com acessos a imagens históricas ou no monitoramentos com a aquisição de novos dados. Isso possibilita rápidas respostas a desastres ambientais e aplicações no gerenciamento de riscos, gestão contínua ou planejamento integrado de unidades espaciais como municípios, bacias hidrográficas ou regiões geográficas.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
E para saber mais informações, aplicações e condições comerciais de imagens de satélite e monitoramento por imagens de satélite entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento:
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por Tecterra Geotecnologias | jun 22, 2020 | Cartografia, Eventos, Geoprocessamento, Imagens de Satélite, Meio Ambiente, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Planejamento Territorial, Processamento Digital de Imagens (PDI), Sensoriamento Remoto, SIG SIG/WEB
No período de isolamento social algumas plataformas, universidades e instituições estão oferecendo materiais de geociências, meio ambiente, geotecnologias, cartografia e SIG. Com o avanço de casos do novo coronavírus no país, vemos cada vez mais a necessidade de ficarmos em casa para evitar contaminação e transmissão do vírus. Com isso, criamos novos hábitos, rotinas, tratativas no dia a dia do trabalho e formas alternativas de manter a saúde física e mental, visto que, atualmente, o universo para muitas pessoas possui somente alguns metros quadrados entre a porta e a varanda.
Buscar conhecimento nesta hora é muito importante para se manter atualizado no mercado, compreender e antever os meandros que a nossa economia vai percorrer, além de ampliar os horizontes culturais (e porque não descobrir uma nova habilidade ou um novo hobby).
A partir disso, muitas instituições de ensino, fundações, empresas privadas, órgãos governamentais e ONGs estão oferecendo uma seleção de e-books, aulas e cursos online nas diversas áreas do conhecimento, gratuitos nessa época tão singular de nossa história. Com isso, fizemos um compilado com links muito interessantes na nossa temática de geociências.
Amazon
A Amazon disponibilizou uma imensa variedade de e-books grátis, inclusive na opção do Kindle Unlimited e com pandemia muito mais títulos se tornaram gratuitos. Abaixo uma lista com livros que tem a temática de Geoprocessamento, SIG, geociências e recursos naturais.
Cidades inteligentes em perspectivas
De: Chiara de Teffé, Sérgio Branco e Victor Vicente
Geoturismo e interpretação ambiental
De: Jasmine Cardozo Moreira
Geografia das telecomunicações
De: Paulo Fernando Jurado da Silva
Revisitando o território fluminense
De: Gláucio José Marafon e Miguel Ângelo Ribeiro
As chuvas e as massas de ar no estado de Mato Grosso do Sul: estudo geográfico com vista à regionalização climática
De: João Afonso Zavattini
Dentre as obras disponíveis para download estão clássicos da literatura brasileira, como: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro. O Cortiço, Macunaíma, Os Sertões e etc. Baixe os livros digitais aqui.
Open Library
A Open Library é uma livraria colaborativa e gratuita , que disponibiliza milhares de e-books gratuitos e possui limite máximo de downloads. Aqui uma seleção com enfoque na área de Geoprocessamento em lista de premiados e-books.
EdUERJ - Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
A Biblioteca da Quarentena é uma iniciativa da EdUERJ que disponibiliza gratuitamente livros em formato digital. Os autores gentilmente abriram mão de seus direitos autorais durante o período da quarentena..
Pesquisa qualitativa em geografia: reflexões teórico-conceituais e aplicadas
Organização: Gláucio José Marafon, Julio Cesar de Lima Ramires, Miguel Ângelo Ribeiro e Vera Lúcia Salazar Pessôa
Plataforma Springer
Apresento também a Plataforma Springer, que oferece acesso gratuito a artigos científicos e livros para pesquisadores nas mais diversas áreas. Abaixo, um livro muito procurado para quem deseja trabalhar com desenvolvimento em ArcGIS.
ArcGIS for Environmental and Water Issues
De: William Bajjali
Aulas Online de instituições de universidades
Você pode também assistir aulas online e fazer cursos com os temas de geoprocessamento, geociências, meio ambiente e sensoriamento remoto em instituições como:
Videoaulas de Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto e Cartografia
Políticas e Práticas de Segurança de Barragens para Entidades Fiscalizadoras
Curso online introdutório sobre mudança climática
- Instituto Brasileiro de Sustentabilidade (INBS)
Curso EAD Gratuito de Introdução ao Licenciamento Ambiental
Cadastro Ambiental Rural (CAR): Fundamentos do CAR e Suas Aplicações
Eventos online ministrados pela TecTerra
A TecTerra Geotecnologias disponibiliza eventos online para atualização profissional em período de Home Office. São cursos, seminários, palestras e workshops online para aprimoramento profissional elaborados pela equipe TecTerra. Veja aqui a relação de eventos.
Texto de: André Luck – Diretor de Negócio da TecTerra Geotecnologias – Unidade São José dos Campos - SP andre.luck@tecterra.com.br
Para saber mais sobre aplicações de geotecnologias entre em contato com a nossa equipe comercial pelos telefones ou WhatsApp’s (31) 9 8272-8729, (11) 9 7576-9123 e (31) 9 9817-5638 ou pelo e-mail contato@tecterra.com.br.
por Tecterra Geotecnologias | abr 7, 2020 | Agricultura de Precisão, Agronegócio, Geoprocessamento, Imagens de Satélite, Meio Ambiente, Monitoramento por Imagens de Satélite, Sensoriamento Remoto, Silvicultura, Sustentabilidade Ambiental
Os produtores rurais e os agentes do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) vão poder usar ferramentas digitais e de sensoriamento remoto para a comunicação e a comprovação das perdas agrícolas, além das análises e julgamento dos pedidos de cobertura.
A Resolução nº 4.796, publicada pelo Banco Central na última quinta-feira (2/4), define a adoção da medida de forma temporária pelo Conselho Monetário Nacional, devido às restrições de mobilidade impostas em razão da Covid-19 que dificultam a comprovação presencial normalmente realizada pelos técnicos do governo.
Aplicações do SATVeg
O Sistema de Análise Temporal da Vegetação (SATVeg), desenvolvido pela Embrapa, poderá ser consultado para verificação das perdas agrícolas do Proagro.
A tecnologia permite a observação de séries temporais de índices de vegetação por meio de imagens de satélite MODIS, oferecendo apoio a atividades de monitoramento agrícola e ambiental em toda a América do Sul.
O sistema auxilia em análises relativas ao uso e cobertura da terra, possibilitando observar a frequência com que as áreas agrícolas do País sofrem alterações. Com ele, pode-se identificar o que é uma cultura anual, pasto ou mata, por exemplo, além de acompanhar o ciclo de uma cultura agrícola e sua intensificação.
Será permitida ainda consulta a informações disponibilizadas no Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária (Sisdagro) do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além de laudos, comunicados ou documentos semelhantes emitidos pelas empresas de assistência técnica e extensão rural regionais (Ematers).
As ferramentas públicas devem ser capazes de aferir, com segurança, as informações necessárias à efetiva mensuração das perdas agrícolas decorrentes de evento adverso, além das informações de produtividade divulgadas pelos órgãos estaduais de assistência técnica e extensão rural, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.
“O SATVeg foi criado para facilitar análises sobre a dinâmica da vegetação e tem o potencial de auxiliar no acompanhamento do desenvolvimento vegetativo das culturas, podendo ser bastante útil para a verificação das informações fornecidas pelo setor produtivo” conta o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Júlio Esquerdo
A ferramenta mostra a variação da vegetação ao longo do tempo; por isso, é excelente para monitorar a produção e, inclusive, acompanhar as perdas agrícolas. Com ela é possível apoiar a identificação de áreas desmatadas, de regeneração e áreas agrícolas, entre outras.
No caso da soja, por exemplo, em um ano no qual haja um comportamento anormal, em que a cultura não se desenvolveu muito em função de estiagens ou veranicos, isso pode ser verificado por meio dos perfis espectro-temporais observados nas curvas dos índices de vegetação das imagens de satélite.
“E pode-se associar essa situação a certas condições como menor produtividade, perda da safra etc.” explica o pesquisador Alexandre Coutinho, também da Embrapa Informática Agropecuária João Antunes, um dos desenvolvedores da tecnologia que integra a equipe da Embrapa Informática Agropecuária , complementa:
“Essa ferramenta tem um potencial de aplicação muito grande no acompanhamento do ciclo fenológico das culturas agrícolas. A adoção do SATVeg pelo Banco Central para comunicação de perdas do Proagro pode acelerar a parceria com a Embrapa no sentido de evoluir a ferramenta mais rapidamente, a partir de novos sensores e plataformas”
Imagens de satélite de alta resolução espacial
Uma das linhas de desenvolvimento é usar imagens com melhor resolução espacial, para monitorar talhões e áreas produtivas menores, mais características das regiões Sul e Sudeste do País. Hoje o sistema usa imagens obtidas pelo sensor MODIS, a bordo dos satélites Terra e Aqua, com resolução espacial de 250 metros, que são ideais para monitorar grandes áreas agrícolas, por exemplo. As tecnologias de monitoramento e de sensoriamento remoto e da área de tecnologia da informação são muito dinâmicas. O desenvolvimento de sensores, o lançamento de novos satélites e as imagens obtidas por vants, os veículos aéreos não tripulados, podem ser aproveitados para aperfeiçoar a ferramenta, na visão dos pesquisadores.
Com relação à produtividade, saber qual a porcentagem de perdas agrícolas depende de modelos matemáticos que façam essa estimativa.
“Para isso, precisamos de uma quantidade enorme de dados para analisar as variações das curvas de produtividade” afirma Coutinho
Uma das frentes de pesquisa para aperfeiçoamento da tecnologia é integrar as perdas agrícolas informadas pelos produtores e as curvas geradas pelo sistema, permitindo monitorar as safras com mais precisão.
“As tecnologias digitais são ferramentas imprescindíveis, especialmente no momento atual, para facilitar a tomada de decisão, tanto pelos gestores públicos como por produtores rurais. A Embrapa tem se preparado cada vez mais para atender a essas demandas e vem investindo em pesquisas na área de tecnologia da informação e comunicação para levar soluções tecnológicas ao setor agropecuário” destaca a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá
Fonte: MundoGeo
Para saber mais sobre aplicações de geotecnologias para perdas de safras, agronegócio e silvicultura, acesse https://tecterra.com.br/agronegocio/, https://tecterra.com.br/silvicultura/ ou entre em contato com a nossa equipe: (11) 9 7576-9123 | (31) 9 9817-5638 ou contato@tecterra.com.br.
por Tecterra Geotecnologias | ago 20, 2019 | Meio Ambiente
As técnicas de mapeamento de perigo foram desenvolvidas durante quatro anos, por pesquisadores em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a metodologia para mapear áreas de perigo geológico já foi aplicada em cinco municípios do estado de Santa Catarina. São eles: Rio do Sul, Guaramirim, Braço do Norte, Herval d’Oeste e Santo Amaro da Imperatriz. Diferentemente das Cartas de Suscetibilidade e da Setorização de Risco Alto e Muito Alto, este método representa um avanço na área de Geologia Aplicada, pois evidencia o grau de atingimento a ser provocado em caso de deslizamentos planares e rotacionais, queda de blocos e fluxo de detritos baseando-se em parâmetros geológicos, geomorfológicos e estatísticos.

Carta de Perigo da área 32 de Guaramirim (SC)
Com isso, autoridades, gestores públicos, profissionais do setor privado, sociedade civil e a comunidade acadêmica contam com um diagnóstico para facilitar a tomada de decisão no gerenciamento do perigo e do risco. Esse produto cartográfico, portanto, pode ser utilizado para: orientar a elaboração dos planos de contingência e a emissão de alertas nas comunidades em risco; auxiliar na gestão territorial e políticas de uso e ocupação do solo; orientar as propostas de expansão urbana dos municípios em locais seguros; e, por fim, nortear a implantação de obras preventivas ou de reabilitação nos locais prioritários a fim de se evitar a formação de novas áreas de risco.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (CEMADEN), em fevereiro de 2019, ocorreu uma precipitação acumulada de 206,2mm/48h, em Guaramirim. “Como consequência, 31 deslizamentos planares atingiram o perímetro urbano do município. Cerca de 89% dos deslizamentos gerados ocorreram nas áreas identificadas nas cartas de perigo”, destaca o coordenador executivo do projeto e pesquisador em Geociências da CPRM, Thiago Dutra.

Trincas em Rio do Sul (SC)
O trabalho dos geocientistas consiste em levantar informações de aspectos morfológicos do relevo, demográficos e temáticos; definir áreas de estudo a partir do plano diretor municipal; e realizar análise de perigo no escritório e no campo.
Mapeamento de perigo
Cerca de 20 pesquisadores atuaram na elaboração do Manual de Mapeamento de Perigo e Risco a Movimentos Gravitacionais de Massa, que foi idealizado no âmbito do acordo de cooperação técnica internacional firmado pelo Brasil com o Japão para Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (Projeto GIDES), no período de 2014 a 2017.
Estudantes de graduação e pós-graduação inclusive já utilizaram este método para desenvolver trabalho de conclusão de curso e dissertação de mestrado. No mês passado, o Departamento de Gestão Territorial promoveu um workshop no Escritório do Rio de Janeiro para debater pesquisas realizadas neste sentido, com o objetivo de continuar aprimorando a metodologia estabelecida no Manual.

Pesquisador em Geociências durante mapeamento em Rio do Sul (SC)
No segundo semestre deste ano, a equipe técnica da CPRM executará etapas de campo em Ilhota (SC) e Ouro Preto (MG). Em 2020, Paraupebas, no Pará, também será mapeado. Além da disponibilização dos relatórios, mapas e dados vetoriais (SIG) no RIgeo (Repositório Institucional de Geociências do Serviço Geológico do Brasil), os produtos estão acessíveis pelo site (www.cprm.gov.br).
“Ao longo do mapeamento das cartas de perigo, a metodologia desenvolvida em cooperação com as instituições japonesas pôde ser aplicada pela primeira vez no Brasil. Na ocasião, foram avaliados os critérios topográficos de identificação, regras de delimitação para definir o atingimento dos processos e as correlações entre as feições de instabilidade presentes no terreno e a qualificação de Perigo. O resultado foi frutífero. Tivemos a oportunidade de correlacionar o mapeamento em um dos municípios com um evento ocorrido em Guaramirim. A experiência adquirida pela equipe permitirá o aprimoramento da próxima versão do manual de Perigo e Risco, prevista para 2020”, acrescenta o geólogo Thiago Dutra.

Movimentos gravitacionais de massa avaliados na metodologia de perigo (CPRM, 2018)
Acesse aqui as cartas de perigo publicadas.
Fonte: Serviço Geológico do Brasil - CPRM