Geoparques aproximam as geociências do turismo

Geoparques aproximam as geociências do turismo

Segundo a UNESCO os geoparques são uma área geográfica de limites bem definidos, onde sítios e paisagens de significado geológico internacional são gerenciados com um conceito que une proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Mesmo não sendo uma unidade de conservação e nem uma área protegida, oferece a possibilidade de associar a proteção do patrimônio geológico com o turismo e o desenvolvimento regional. Em outras palavras, um geoparque é uma área aberta, sem interferência ou restrições nas atividades normais da comunidade, inclusive a mineração.

Os geoparques são capazes de estimular a criação de empresas locais inovadoras, novos empregos e cursos de treinamento de alta qualidade, à medida que novas fontes de receita são geradas através do geoturismo. Além disso, seus objetivos devem incluir a promoção da educação em geociências e a preservação do local para visitas de gerações futuras. Carlos Schobbenhaus, coordenador do Projeto Geoparques da CPRM, reforça o benefício econômico que os geoparques trazem por meio do ecoturismo, “o Brasil tem um enorme potencial geoturístico e condições favoráveis para desenvolver plenamente essa atividade, de maneira a usufruir dos benefícios sociais que ela pode oferecer. Um deles é permitir aos turistas conhecer o patrimônio geológico que compõe esse cenário, levando a comunidade a valorizá-lo e, consequentemente, promover a sua geoconservação de forma sustentável.”

O pesquisador avalia que, dessa forma, os visitantes dos geoparques não vão admirá-los somente pela beleza da paisagem, mas também, vão passar a conhecer a sua origem e seu significado para a evolução geológica do planeta, ou seja, o seu valor científico. “Por exemplo, se o Morro do Pão de Açúcar estivesse incluído em um geoparque, o turista não admiraria somente o cartão postal mais conhecido do Brasil, mas também tomaria conhecimento da importância científica deste  geossítio. Logo, ele saberia que o local representa um granitoide foliado sin-colisional, datado em 560 milhões de anos, uma referência internacional para a aglutinação final da porção oeste do Supercontinente Gondwana, entre outros atributos de valor científico e didático. ” Explica Schobbenhaus.

Projeto Geoparques

Projeto Geoparques - criado pela CPRM em 2006, tem um importante papel para subsidiar a criação de geoparques no Brasil. Seu objetivo é a identificação, levantamento, descrição, inventário, diagnóstico e a divulgação de áreas com potencial para futuros geoparques no território nacional. O Brasil contém testemunhos de praticamente todas as eras geológicas e uma imensa extensão territorial, o que lhe garante um grande potencial para a proposição e o surgimento de novos geoparques.
A CPRM já apresentou propostas de 24 Geoparques de norte a sul do Brasil. Em 2019, outras 3 propostas serão desenvolvidas. A iniciativa representa, no entanto, somente o passo inicial para o futuro geoparque, a posterior criação deve ser gerenciada por autoridades públicas, comunidades locais e interesses privados atuando em conjunto. Diversos projetos de aspirantes a geoparques vêm registrando avanços no caminho da sua efetivação, como por exemplo, Caminhos dos Cânions do Sul - RS/SC, Morro do Chapéu - BA, Seridó - RN, Uberaba - MG, Bodoquena Pantana l- MS, Costões e Lagunas do Rio de Janeiro-RJ e Cachoeiras do Amazonas-AM.

Rede Global de Geoparques

A Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network - GGN) é uma rede internacional assistida pela UNESCO que fornece uma plataforma de cooperação entre os geoparques e reúne órgãos governamentais, não governamentais, cientistas e comunidades de todos os países ao redor do mundo em uma parceria global. Atualmente é formada por 140 geoparques distribuídos em 38 países. O Brasil possui um geoparque integrado na RGG, o Geoparque Araripe.

Box: Geoparque Araripe

Único geoparque do Brasil, em 2015, passou a ser considerado o primeiro Geoparque Global da UNESCO nas Américas. Está localizado na área que compreende seis municípios cearenses: Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri, totalizando 3.796 quilômetros de extensão.

Entre os geossítios que o compõem estão alguns de interesse científico relevante, como o Parque dos Pterossauros, Pedra Cariri e a Floresta Petrificada do Cariri. Outros se destacam por conter, além do interesse geológico, valores históricos e culturais, como a Colina do Horto, Ponte de Pedra, Cachoeira de Missão Velha e o Pontal de Santa Cruz. Há, ainda, os que se destacam pelo alto interesse ecológico, como o Riacho do Meio e o Batateiras.

É reconhecido pela UNESCO como maior detentor de registros fósseis do planeta do Cretáceo Inferior. No Araripe está mais de um terço de todos os registros de pterossauros descritos no mundo, além de achados geológicos e paleontológicos inéditos desde os primeiros anos do século XIX, com registros entre 110 e 70 milhões de anos em bom estado de preservação.

Fonte: CPRM

Estudo revela que o bioma da Amazônia é maior que os limites oficiais

Estudo revela que o bioma da Amazônia é maior que os limites oficiais

Estudo cientifico revela que o bioma da Amazônia é maior que os limites oficiais. Um trabalho publicado na última edição da revistaBiodiversity and Conservation intituladoRedefining the Cerrado–Amazonia transition: implications for conservation” (Redefinindo a transição Cerrado-Amazônia: implicações para a conservação, em português), revela que a Amazônia é maior e está localizada mais ao sul do que indicam os limites oficiais. Segundo o líder dos estudos Ben Hur Marimon Junior, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), a fronteira entre a Amazônia e o Cerrado não está adequadamente posicionada e não é uma simples linha divisória como consta nos mapas oficiais.

Transição Cerrado-Amazônia (TCA)

A Transição Cerrado-Amazônia (TCA) no Brasil é a maior transição savana-floresta do mundo. No entanto, é representada em mapas oficiais do governo brasileiro como uma simples linha que separa os dois biomas. O estudo publicado demonstra que a TCA é de fato ampla, complexa e que sua representação linear tradicional não é adequada para reconhecer e conservar a biodiversidade nesta região. Ben-Hur Marimon diz que não pode precisar ainda de quanto seria este acréscimo no tamanho da Amazônia, mas a sua fronteira com o Cerrado deve ser reconsiderada como uma extensa faixa, com larguras que podem chegar até 250 km. “É preciso reposicionar a Amazônia e o Cerrado nos mapas oficiais para melhor adequar os dois maiores biomas brasileiros às leis e políticas públicas de proteção da biodiversidade”, defende o pesquisador.

Segundo Eduardo Queiroz Marques, da Unemat, existem falhas nos mapas oficiais, que eram baseados na antiga tecnologia de imagens de radar dos anos 1970. “Estas antigas técnicas de mapeamento não permitiam o mesmo nível de detalhamento que temos hoje” que temos hoje”, revela Eraldo Matricardi, especialista em mapeamento por satélite da Universidade de Brasília (UnB). “Uma das consequências da imprecisão dos antigos mapas é que alguns tipos de florestas, que eram comuns no sul da Amazônia, foram confundidos com cerrado denso, um tipo de vegetação menos protegido pela legislação, tanto pelo novo quanto o antigo Código Florestal. Assim, complexidade dos limites das florestas tropicais da savana foi mal compreendida e deturpada pelos mapas atuais, ameaçando seriamente a complexa biota da TCA”, explica Beatriz Marimon, da Unemat.

amazônia mapeamento

A linha entre os biomas do estudo (em azul) não coincide com a do mapeamento oficial do IBGE (em preto).

O estudo leva em conta 30 anos de análises, nas quais os pesquisadores observaram que a TCA sofreu mais desmatamento do que as florestas e savanas em cada bioma individual (Amazônia e Cerrado). Como consequência, as perdas de vegetação atingiram níveis próximos ao colapso em áreas de intensa atividade humana. “Junto com a vegetação perdemos também espécies de animais nesta região única de biodiversidade”, revela Guarino Colli, zoólogo da UnB e coautor do estudo.

Os pesquisadores concluíram que as imprecisões no mapeamento oficial permitiram que o desmatamento atingisse níveis excessivos. “A agropecuária é o grande motor do desenvolvimento do Centro-Oeste brasileiro, mas é preciso garantir a manutenção das florestas nativas para que elas continuem cumprindo o seu papel de regulação climática. Por isso, apontamos para a necessidade urgente da criação de uma zona especial de amortecimento ao sul e sudeste da Amazônia para preservar a vegetação e garantir chuvas regulares para as lavouras e pastagens da região”, alerta Ben Hur Marimon.

Fonte: O ECO

A TecTerra Geotecnologias realiza serviços de mapeamentos para diversos mercados inclusive para a temática ambiental. Entre em contato conosco através do telefone (31) 3071-7080 ou do e-mail contato@tecterra.com.br para mais informações.

TecTerra passa a comercializar imagens dos satélites KazEOSat

TecTerra passa a comercializar imagens dos satélites KazEOSat

A TecTerra Geotecnologias se torna revenda autorizada da operadora do Cazaquistão Kazakhstan Gharysh Sapary (KGS) e comercializará as imagens dos satélites KazEOSat-1 KazEOSat-2.

kazeosat

A operadora Kazakhstan Gharysh Sapary (KGS) foi criada em 2005 pela Agência Espacial da Republica do Cazaquistão e fornece dados de Sensoriamento Remoto por imagens de satélite e informações geoespaciais em geral. As imagens de acervo e programação (novas coletas) que serão comercializadas pela TecTerra Geotecnologias são originárias dos satélites KazEOSat-1 e KazEOSat-2. O primeiro obtém imagens de alta resolução espacial (1 metro) e o segundo de média resolução (6.5 metros).

KazEOSat 1

O satélite KazEOSat-1 gera imagens de 1 metro de resolução espacial nas bandas Vermelho (R), Verde (G), Azul (B) e Infravermelho Próximo (IR). Além das tradicionais imagens em cores naturais ou falsa cor no RGB e IR ele é capaz de obter estereoscopia para a geração de Modelos Digitais de Elevação (MDE) e curvas de nível. Desta maneira ele atende mercados e aplicações que demandem a visualização e análise de dados cartográficos com grande nível de detalhes e precisão.

Veja as especificações técnicas básicas do KazEOSat 1
  • Resolução Espacial: 1 metro
  • Lançamento: Abril de 2014
  • Bandas: Vermelho (R), Verde (G), Azul (B) e Infravermelho Próximo
  • Revisita: De 3 a 5 dias
  • Aquisição: mediante acervo e programação (novas coletas)
kazeosat

Perth na Austrália

KazEOSat-2

O satélite KazEOSat-2 gera imagens com 6,5 metros de resolução espacial nas bandas Vermelho (R), Verde (G), Azul (B), Infravermelho Próximo e Infravermelho Limítrofe. Suas imagens de média resolução espacial e produtos gerados são indicados para projetos em bacias hidrográficas, municípios e regiões. Além das tradicionais bandas do RGB e Infravermelho Próximo ele vem com a banda do Infravermelho Limítrofe o que aumentam as possibilidades de análises sobretudo para os mercados de agricultura de precisão, prospecção mineral, silvicultura e meio ambiente.

Veja as especificações técnicas básicas do KazEOSat-2
  • Resolução Espacial: 6,5 metros
  • Lançamento: Junho de 2014
  • Bandas: Vermelho (R), Verde (G), Azul (B), Infravermelho Próximo e Infravermelho Limítrofe
  • Revisita: De 3 a 5 dias
  • Aquisição: mediante acervo e programação (novas coletas)
kazeosat imagem de satélite

Cultivos agrícolas e Base aérea de Tindal na Austrália

Além de produtos orbitais, como as imagens de satélite em diferentes resoluções espaciais, a Kazakhstan Gharysh Sapary (KGS) trabalha na geração de Modelos Digitais de Elevação (MDE’s), obtenção de curvas de nível, mapeamentos temáticos, monitoramentos e produção de dados de cartografia digital.

Em breve disponibilizaremos mais informações em nosso site sobre os satélites KazEOSat 1 e 2. Para mais informações técnicas, condições comerciais e para obter uma amostra de uma imagem de satélite entre em contato conosco através do e-mail contato@tecterra.com.br, do WhatsApp (31) 9 9720-2614 ou do telefone (31) 2531-6665.

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TecTerra disponibiliza imagens de satélite de Brumadinho

TecTerra disponibiliza imagens de satélite de Brumadinho

A TecTerra Geotecnologias juntamente com a operadora chinesa SpaceWill divulgou imagens do satélite SuperView-1 da área diretamente afetada pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho/MG. As imagens possuem 50 centímetros de resolução espacial e podem auxiliar na avaliação dos danos e impactos ambientais ocorridos após o rompimento da barragem no dia 25 de Janeiro de 2019.

Acessem o link https://we.tl/t-TNIoTAGB1I para baixar a imagem

A imagem foi adquirida no dia 30 de Janeiro de 2019, 5 dias após o desastre e abrange toda a área afetada diretamente pelo evento. Nela vemos a barragem que se rompeu, a várzea do Córrego do Feijão ocupada pela lama, residências, benfeitorias e estruturas de engenharia destruídas.

Brumadinho barragem

Barragem após o rompimento. Imagem SuperView-1 de 30 de janeiro de 2019

 

Brumadinho edificações

Lama após o rompimento da barragem. Imagem SuperView-1 de 30 de janeiro de 2019

Imagens de satélite do Rio Paraopeba

A operadora SpaceWill também disponibilizou imagens de satélite de datas anteriores e posteriores de trechos do Rio Paraopeba a jusante da barragem rompida em Brumadinho. As imagens são de 19 de outubro de 2017 e 29 de janeiro de 2019 (4 dias após o rompimento). Através de imagens pode-se realizar monitoramentos periódicos com o objetivo de visualizar as modificações ocorridas em determinados locais

Brumadinho Rio Paraopeba

Encontro do Córrego do Feijão com o Rio Paraopeba. Imagem SuperView-1 de 30 de janeiro de 2019

Por meio de imagens pretéritas ao evento juntamente com trabalhos de campo é possível avaliar os danos ambientais causados e reconstruir paisagens não mais existentes.

Rio Paraopeba Brumadinho

Rio Paraopeba no limite municipal de São Joaquim de Bicas e Betim. Imagem SuperView-1 de 19 de outubro de 2017

Rio Paraopeba Brumadinho

Rio Paraopeba no limite municipal de São Joaquim de Bicas e Betim. Imagem SuperView-1 de 30 de janeiro de 2019

Trabalhos de campo no Rio Paraopeba

Através de trabalhos de campos é viável que as análises obtidas por meio das imagens de satélite sejam mais fidedignas, detalhadas e validadas. Nesta foto tirada no dia 03 de fevereiro de 2019 visualizamos um trecho do Rio Paraopeba situado a aproximadamente 35km da barragem da Vale em Brumadinho no limite municipal de Betim e São Joaquim de Bicas. Nota-se que a foto foi tirada 9 dias após o rompimento da barragem e 4 dias após a aquisição da imagem SuperView-1.

Rio Paraopeba

Rio Paraopeba no limite municipal de Betim e São Joaquim de Bicas. Foto do dia 03 de fevereiro de 2019. Foto tirada pelo Diretor Técnico da TecTerra Lucas A. Camargos

Mesmo que o Rio Paraopeba naturalmente no período chuvoso tenha uma cor avermelhada devido a presença de processos erosivos em sua bacia, nota-se por meio das fotos e imagens de satélite que houve alteração em sua coloração no sentido de possuir um aspecto mais avermelhado.

A operadora SpaceWill

A operadora chinesa SpaceWill trabalha com os satélites de Observação da Terra SuperView-1, GaoFen-1 (GF-1), GaoFen-2 (GF-2), ZiYuan-3 (ZY-3). A TecTerra Geotecnologias é revenda autorizada dos produtos e tecnologias da SpaceWill para todo o território brasileiro.

Entre em contato com a equipe comercial da TecTerra através do telefone (31) 2531-6665 ou WhatsApp (31) 9 9720-2614 ou pelo e-mail contato@tecterra.com.br para verificarmos a disponibilidade de imagens de satélites da operadora SpaceWill.

Texto: Lucas A. Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br

Órgãos federais atuarão em parceria em segurança de barragens

Órgãos federais atuarão em parceria em segurança de barragens

Articular a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil para agilizar a atuação de órgãos públicos federais em casos de emergências envolvendo barragens ou para prevenir acidentes. Este é o foco do acordo de cooperação técnica assinado pela Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC). Espera-se que a parceria promova maior coordenação e efetividade dos órgãos federais no exercício de suas atribuições em segurança de barragens, visando tanto reduzir os riscos de acidentes como minimizar impactos, por meio da atuação célere e eficaz durante situações de emergência.

Publicada em 24 de dezembro de 2018, a parceria vai até dezembro de 2023 e prevê a definição de protocolos de atuação conjunta no caso de acidentes com barragens, bem como o compartilhamento de conhecimento e informações relacionadas à segurança de barragens brasileiras. Os órgãos também compartilharão recursos e experiências institucionais para realização das atividades do Acordo de Cooperação Técnica nº 31/2018/ANA. Além disso, as cinco instituições executarão um cronograma de atividades comum envolvendo o tema, que pode conter campanhas de campo e simulados conjuntos de situações de emergência.

Capacitação sobre Segurança de Barragens para os órgãos integrantes da parceria.

Outra linha de atuação é na área de capacitação: as instituições apoiarão treinamentos sobre segurança de barragens para Defesas Civis nacional, estaduais e municipais. Também haverá capacitações internas compartilhadas entre os órgãos integrantes da parceria.

Por serem órgãos fiscalizadores de segurança de barragens, a ANA, ANEEL, ANM e IBAMA compartilharão dados respectivamente sobre barragens de usos múltiplos, aproveitamentos hidrelétricos, rejeitos de mineração e rejeitos industriais. Os órgãos também darão subsídios técnicos para apoiar a SEDEC no reconhecimento federal de situação de emergência ou estado de calamidade pública envolvendo segurança de barragens, fundamentando e agilizando a aplicação de recursos no caso de acidentes. Os quatro fiscalizadores federais também apoiarão os órgãos de defesa civil na interlocução os empreendedores, responsáveis pela segurança de barragens.

A atuação durante acidentes também será otimizada por meio de melhor fluxo de informações. Segundo o acordo, a ANA disponibilizará sua Sala de Situação e poderá articular a atuação de salas de situação existentes nos Estados, além do acesso aos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB) aos demais órgãos, o que já era previsto na PNSB. A Agência também poderá atuar conjuntamente com a Sala de Gestão de Crise e com o Centro de Monitoramento e Operações do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) em situações que envolvam a segurança de barragens.

Enquanto a ANM disponibilizará dados do Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGMB), a ANEEL compartilhará as informações do cadastro de empreendimentos hidrelétricos e o IBAMA dará acesso aos dados de barragens do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras (CTF/APP). Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis   poderá acionar equipes que atuam em emergências ambientais em todo o País, para emissões de reconhecimento in loco da situação de barragens, inclusive nas fiscalizadas pela ANA, ANM e ANEEL.

O acordo de cooperação técnica também prevê uma série de atribuições para a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que é responsável por coordenar e realizar ações de proteção e defesa civil em casos de emergências envolvendo segurança de barragens em todo o Brasil. O órgão também proporcionará apoio logístico neste tipo de situação por meio de órgãos de Defesa Civil. À SEDEC também cabe realizar iniciativas de prevenção, mitigação, preparação e resposta, reduzindo o risco de desastres e os danos potenciais associados a barragens.

Cada uma das instituições do Acordo de Cooperação Técnica nº 31/2018 terá representantes no Grupo Gestor da parceria, sendo que a ANA presidirá o grupo nos primeiros 12 meses. O comando do grupo será exercido pela ANEEL, ANM, IBAMA e SEDEC nos próximos anos, em sistema de rodízio. As três primeiras reuniões do Grupo acontecerão no primeiro trimestre deste ano para detalhar as atividades para 2019.

De acordo com a última edição do Relatório de Segurança de Barragens, lançada em novembro de 2018, existem 21.638 barragens de acumulação para usos múltiplos no País, das quais   sendo 110 são sujeitas à fiscalização pela ANA. Existem ainda 790 barragens para contenção de rejeitos industriais, fiscalizadas pela ANM, e 890 barragens para geração de energia hidrelétricas, fiscalizadas pela ANEEL. Conforme a PNSB, Essa fiscalização ocorre sem prejuízo da atuação dos órgãos ambientais e, portanto, o IBAMA atua em qualquer barragem sujeita a seu licenciamento ambiental, e conforme legislação ambiental.

ANA e Política Nacional e Segurança de Barragens

De acordo com a PNSB, é atribuição da ANA promover a articulação entre os órgãos de fiscalização de barragens. A ANA também é responsável por manter cadastro e fiscalizar a segurança das barragens sob sua jurisdição, que são aquelas em reservatórios e rios de gestão federal (interestaduais e transfronteiriços) com a finalidade de usos múltiplos da água e que não tenham a geração hidrelétrica como finalidade principal. Além disso, compete à instituição elaborar anualmente o Relatório de Segurança de Barragens e manter e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens.

Fonte: Agência Nacional das Águas

A TecTerra fornece produtos, soluções e tecnologias para trabalhos de Segurança de Barragens. Entre em contato conosco através do telefone (31) 3071-7080 ou do e-mail contato@tecterra.com.br para obter mais informações.