por tecterra | out 1, 2025 | Aerofotogrametria, Agricultura de Precisão, Agronegócio, Cadastro Ambiental Rural, Imagens de Satélite, Imóveis Rurais, Jurídico, KOMPSAT, Meio Ambiente, Sensoriamento Remoto, Silvicultura, Sustentabilidade Ambiental
O novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) trouxe mudanças significativas para a gestão ambiental no Brasil. Uma das mais importantes é a definição de 22 de julho de 2008 como data de corte: ela diferencia áreas que já estavam ocupadas antes dessa data, chamadas de áreas rurais consolidadas, daquelas que foram desmatadas depois e que precisam ser totalmente recompostas.
Mas como provar que uma área já estava consolidada antes desse marco legal? A resposta está nas imagens de satélite.
📅 22 de julho de 2008: a data de corte do Novo Código Florestal
Essa data funciona como um divisor de águas. Veja a diferença:
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Antes de 22/07/2008 → áreas desmatadas ou ocupadas podem ser regularizadas como áreas consolidadas, com exigências menores de recomposição em Área de Preservação Permanente (APP ) e Reserva Legal (RL).
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Depois de 22/07/2008 → qualquer desmatamento é considerado infração ambiental, exigindo recomposição integral da vegetação.
Por isso, comprovar a ocupação anterior é tão importante para o produtor rural.
🛰️ Quais imagens de satélite podem ser usadas como prova?
As imagens de satélite e fotos aéreas funcionam como evidências objetivas de como estava o uso do solo no passado. Entre as principais fontes estão:
Imagens públicas ou gratuitas de média resolução
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LANDSAT → desde 1972, indicado para mostrar desmatamentos em grandes áreas.
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CBERS → desde 1999, útil para médias propriedades rurais.
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ASTER → desde 1999, alternativa para análises regionais.
- ALOS (PRISM + AVNIR) → desde 2006, satélite comercial de média resolução espacial com 2,5 metros de resolução espacial.
Imagens comerciais de alta resolução
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Ikonos → desde 1999, primeiro satélite comercial de alta resolução espacial (até 0,8 m).
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QuickBird → desde 2001, imagens ideais para detalhamento de APP's de rios estreitos ou pequenas propriedades.
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KOMPSAT-2 → desde 2006, ficou ativo até 2022 e seu acervo está disponível para comercialização.
Outras fontes relevantes
- Aerofotos de órgãos oficiais → disponibilizadas pelo IBGE, INCRA, secretarias estaduais, prefeituras, etc.
🔎 Como comprovar áreas consolidadas com imagens de satélite?
O processo de uso das imagens na regularização ambiental geralmente segue estas etapas:
- Levantamento das imagens históricas: buscar imagens anteriores a 22/07/2008.
- Coleta de metadados: garantir que a imagem tenha data de aquisição, resolução espacial adequada e fonte fidedigna.
- Sobreposição ao imóvel: delimitar a propriedade no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e identificar APP's e RL's ocupadas antes da data de corte.
- Análise comparativa: confrontar imagens antigas e atuais, mostrando a permanência do uso e consolidação da área.
- Laudo técnico: produzir relatório com mapas, metodologia e conclusões, assinado por profissional habilitado, com emissão de ART.
- Apresentação no PRA: usar o laudo e as imagens como prova no Programa de Regularização Ambiental (PRA), ou em defesa administrativa/judicial.
🌍 Benefícios para o produtor rural
Com a comprovação de que a área já estava consolidada antes de 22/07/2008, o proprietário ou possuidor rural pode:
- Manter atividades agropecuárias em APP's e RL's, desde que respeite os limites legais.
- Reduzir a área obrigatória de recomposição em APP's de margens de rios, conforme o tamanho da propriedade.
- Evitar multas e obrigações excessivas, que fortalecem a sua defesa em casos de fiscalização.
As imagens de satélite são uma ferramenta poderosa para a aplicação justa do novo Código Florestal. Elas permitem comprovar o histórico de uso da terra e garantir que áreas consolidadas antes de 22 de julho de 2008 sejam tratadas de acordo com a lei.
Para produtores rurais e técnicos ambientais, dominar o uso dessas imagens é essencial para a regularização no CAR e no PRA, além de oferecer segurança jurídica e ambiental ao imóvel.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
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por tecterra | jul 2, 2025 | Aerofotogrametria, Agricultura de Precisão, Agronegócio, Mapeamento aéreo com drone ou tripulado, Mineração, Segurança de Barragens
O mapeamento aéreo com drone têm se mostrado uma ferramenta eficaz com aplicações em diversos mercados ao otimizarem o processo produtivo, reduzirem custos operacionais e aumentar a sustentabilidade ambiental. Seus diferenciais de utilização tem sido na agilidade na coleta de dados, evitar a exposição de pessoas em áreas perigosas (taludes instáveis, barragens, áreas contaminadas), permitir vistorias em locais de difícil ou arriscado acesso e em alguns casos sem a necessidade de contato direto, inspeções e trabalhos de campo.
Dentre os principais mercados que atuamos temos o de Segurança de Barragens, Mineração e Agricultura de Precisão e a TecTerra como uma empresa de mapeamento com drone oferece para tais mercados os serviços de:
Segurança de Barragens 🏞️
- Levantamento Topográfico com drone, mapeamento 3D e ortofotos
- Avaliação de deformações por meio de comparações periódicas que permitem detectar movimentações estruturais ou instabilidades
- Suporte à definição de zonas de inundação, zonas de autossalvamento (ZAS), planos de ação de emergência (PAE) e áreas de impacto em caso de rompimento
- Controle de uso do solo como processos erosivos, desmatamentos e ocupação no entorno da barragem e da área de segurança
- Reduz a necessidade de acesso direto a áreas de risco, como taludes instáveis, ombreiras e coroamento da barragem
- Suporte ao cumprimento de condicionantes ambientais e licenciamento ambiental
Mineração ⛏️
- O levantamento topográfico com drone é indicado para minas a céu aberto e áreas de entorno
- Mapeamento aéreo de áreas inacessíveis ou perigosas sem exposição de trabalhadores Minimização da exposição humana em ambientes perigosos
- Medição de pilhas de minério, estéril, bota-foras ou rejeitos
- Controle de estoque de materiais (rompedores, britas, carvão, etc.)
- Comparação periódica para avaliação de produção e perdas
- Apoio à gestão de risco geotécnico, com inspeções regulares
- Facilidade de repetição de voos em intervalos curtos para monitoramentos periódicos
- Comprovação de cumprimento de condicionantes ambientais, licenciamento ambiental e de planos de lavra
Agricultura de Precisão 🌿
- Topografia com drone para análise de declividade, fluxo de água e risco de erosão
- Mapeamento aéreo com drone para identificação de falhas no plantio, doenças e pragas
- Acompanhamento do desenvolvimento vegetativo ao longo do ciclo da cultura
- Drone para mapeamento agrícola na detecção de áreas com excesso ou déficit hídrico
- Contagem automática de plantas ou árvores em pomares, florestas e lavouras
- Levantamento topográfico com drone para planejamento de plantio, irrigação e correção do solo
- Estimativas de produção por área, com base em padrões de crescimento
- Geração de Indicadores Agronômicos Vigor da vegetação (NDVI, GNDVI, SAVI), volume de biomassa, estresse hídrico e nutricional
Os dados obtidos com mapeamento aéreo com drone podem alimentar Sistemas de Informação Geográfica (GIS), de Modelagem da Informação da Construção (BIM) e integrar outros sistemas em diferentes departamentos nas empresas. Sua utilização nestes e em outros mercados oferecem uma série de vantagens significativas em termos de eficiência, segurança, custo e qualidade de informação.
Texto: Lucas Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
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por tecterra | set 1, 2024 | Aerofotogrametria, Mineração, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Segurança de Barragens, Sensoriamento Remoto, Topografia
Existem vários métodos de geração de topografia, cada um com suas vantagens e aplicações específicas. A forma de se realizar levantamentos planialtimétricos foi amplamente aprimorada por métodos de sensoriamento remoto, como imagens de satélite, mapeamento aéreo com drone ou tripulado para a geração de Modelos Digitais de Elevação (MDE), seja Modelo Digital de Terreno (MDT) ou Modelo Digital de Superfície (MDS).
A geração de topografia por dados de imagens de satélite é um método que possibilita levantamos em grandes áreas, em prazos curtos e sem a obrigatoriedade de trabalhos de campo. Tal método substituiu antigas práticas que além de serem mais morosas, são mais dispendiosas do ponto de vista financeiro, além das dificuldades logísticas e necessidade de trabalhos de campos. Para áreas maiores que 1.000 hectares (10km²) as topografias por satélite por multivisão (utiliza de imagens com diversas passagens no mesmo local de interesse), como o Precision3D ou AW3D são amplamente recomendadas, especialmente para aplicações ambientais, hidrológicas, segurança de barragens (DAM BREAK), em localidades com relevos estáticos, mesmo em áreas com vegetação.

AW3D - Topografia por Satélite e o conceito de multivisão
As topografias por satélite não são recomendadas em trabalhos de engenharia que necessitam de precisão centimétrica em projetos, como em edificações e também para relevos dinâmicos que são constantemente movimentados como em cavas de mina. Nesse caso é necessária uma topografia mais precisa ou que haja monitoramento quase em tempo real para se gerar dados com veracidade. Para essas aplicações é recomendável pelo nível de precisão e atualização o voo com LiDAR (Light Detection and Ranging), seja tripulando ou acoplados a Drone.

MDT Lidar em região de mineração
Topografia por Satélite e LiDAR para a Mineração
Para clientes de mineração, um exemplo de aplicações adequadas das metodologias de geração de topografia por satélite é o de Precision3D ou AW3D Enhanced, com 50 cm ou 1 metro de resolução espacial. Existe um amplo acervo da área de muitos empreendimentos minerários o que proporciona aos clientes a rápida obtenção de informações. Já para a área de relevos dinâmicos e movimentados é recomendável periodicamente atualizar os dados da mina, mapeamento aéreo com LIDAR seja tripulado ou topografia com drone. Posteriormente deve ser realizado trabalho de compatibilização das duas topografias para se gerar uma topografia final.

Topografia por satélite e uma imagem de satélite ótica em área de atividade minerária
Topografias por satélite que utilizam imagens de acervo, não são recomendadas para áreas de relevos dinâmicos e para este caso é recomendável nova coleta ou compatibilização com topografias locais. Vale lembrar que tal metodologia apresenta resolução espacial máxima de 50 cm e parâmetros de precisão e acurácia que atingem o Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) Classe A na escala de trabalho dos MDE’s. Já o LiDAR apresenta resolução espacial máxima de 5 cm com, o que o torna recomendável para aplicações de engenharia de precisão.
Topografia por Satélite e LiDAR na obtenção de um Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC)
Seja com o uso de Topografia por Satélite ou LiDAR é possível de obter um Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC) em diferentes escalas e por conseguinte nível de detalhes. Esses modelos consistem em uma representação digital do relevo que foi ajustada para refletir o comportamento hidrológico da superfície terrestre e calhas de cursos d'água. Os MDEHC são amplamente utilizados em aplicações de modelagem de enchentes, simulação do rompimento hipotético da barragens, gerenciamento de recursos hídricos, planejamento urbano e estudos de impacto ambiental.

MDT MDEHC (Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente) gerado por Topografia por Satélite
A TecTerra tem experiência em realizar a compatibilização de dados de topografia por satélite com topografias locais, seja mapeamento aéreo com drone voos tripulados. Em alguns casos o próprio cliente já faz este monitoramento ou têm em posse da topografia das áreas das cavas. Também possuímos experiência em gerar os dados a serem compatibilizados em relevos movimentados, realizar voos de LiDAR ou mesmo trabalhos de campo para gerar topografia para as áreas da cava.
Texto: Lucas Campos – Diretor Comercial da TecTerra Geotecnologias – lucas.campos@tecterra.com.br
E para saber mais informações, aplicações e condições comerciais de Topografia por Satélite ou LiDAR entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento:
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por tecterra | maio 19, 2021 | Aerofotogrametria, Mapeamento aéreo com drone ou tripulado, Mineração, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Segurança de Barragens
Estudos para segurança de barragens são realizados a partir de diferentes informações. A topografia oferece a modelagem do terreno que é essencial para planos de segurança, planos de ação emergencial, dam break e outros. Vamos aqui apresentar diferentes metodologias e soluções em topografia para estudos de barragem.
Topografia e MDEs
A topografia gera Modelos Digitais de Elevação (MDEs) que representam o nível do solo com as tipologias presentes na superfície terrestre. Existem dois tipos de MDEs:
- o Modelo Digital de Terreno (MDT) descreve o nível de terreno e filtra adequadamente somente este, suprimindo informações de obstáculos da superfície.
- o Modelo Digital de Superfície descreve essas informações de obstáculos, como vegetação e edificações, mas NÃO fornece informações do nível de terreno.
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Modelo Digital de Terreno
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Modelo Digital de Superfície
Soluções para geração de MDT
Uma das soluções para geração de MDTs é o LiDAR, que consiste em perfilamento a laser. Este perfilamento gera nuvens de pontos com densidade adequadas para se mapear com precisão centimétrica no nível do terreno. Oferece resolução espacial que pode ser inferior a 10 cm.

MDT LiDAR
Outra solução para geração de MDTs é a topografia por satélite, que consiste em coletar cenas de diferentes ângulos da área e usá-las para criação de MDT. Esta metodologia consiste em utilizar a multivisão e a aplicação de filtros, tornando as imagens de satélite adequadas para geração de Modelo Digital de Terreno (MDT) com resolução espacial de até 50 cm.
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MDT por topografia por satélite / AW3D
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MDT por topografia por satélite / AW3D
A topografia para estudos de barragem
A topografia é uma informação necessária e obrigatória para estudos de segurança de barragens. Ela auxilia no cumprimento de exigências legais previstas no Plano de Segurança de Barragens (PSB), Plano de Ações de Emergência (PAE), além da simulação de rompimento de barragens (Dam Break).
É importante ressaltar que, para aplicações como estudo de Dam Break, é necessária que a informação levantada seja do Terreno, ou seja, fornecida por Modelo Digital de Terreno (MDT). De forma que o Modelo Digital de Superfície somente não atende corretamente as aplicações do Plano de Segurança de Barragens (PSB). Para esta finalidade a topografia também deve gerar Modelos Digitais de Elevação Hidrologicamente Consistentes (MDEHC). É fundamental que haja este entendimento para corretamente decidir qual a metodologia deve ser utilizada para geração da topografia para auxílio ao PSB.
São metodologias de levantamento tecnicamente viáveis para geração de topografia para estudo de barragens:
- topografia convencional,
- LiDAR (Light Detection And Ranging) por aerofotogrametria,
- mapeamento aéreo
- drone para mapeamento,
- topografia por satélite através de pares estereoscópicos ou multivisão (AW3D).
OBS: Todas as metodologias citadas acima geram Modelos Digitais de Terreno (MDTs).
São tecnicamente inadequadas e equivocadas para estudos de segurança de barragens:
- geração de topografia por base de dados gratuitas,
- geração de topografia por dados estereoscópicos coletados por Drones e VANTs.
Bases gratuitas são inadequadas por causa de sua escala insuficiente para detalhar com qualidade e precisão as informações do terreno. Já os Drones e VANTs geram Modelo Digital de Superfície (MDS), e não geram Modelo Digital de Terreno (MDT). Mesmo utilizando-se de recursos de software para suprimir as informações de superfície, como vegetação e edificações, a topografia gerada por Drones e VANTs não informa o terreno de forma consistente, e sim de forma generalizada e falseada. Para saber mais sobre esta problemática, leia: https://tecterra.com.br/topografia-drones-vants/.
Comparativo entre Base Gratuita (SRTM) x Topografia por Satélite (AW3D):
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Topografia por satélite (AW3D)
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Base gratuita (SRTM)
Aplicações da Topografia para estudos de barragem
Com a topografia gerada corretamente e os MDTs gerados a partir das tecnologias de Imagens de Satélite, Aerofotogrametria ou Topografia convencional, é possível realizar análises planialtimétricas de:
- Elevação do nível da barragem
- Altimetria das tipologias
- Monitoramento de estabilidade de taludes com imagens RADAR/SAR
- Levantamento topográfico com drone
- Simulação de barragens em 3D
- Trabalhos de Geotecnia e Engenharia Geotécnica
- Topografia de Barragens
- Topografia com drone
- Simulação de rompimento de barragens (Dam Break)
- Definição de áreas afetadas
Para saber mais sobre as soluções em topografia para segurança de barragens oferecidas pela TecTerra, entre em contato com a nossa equipe comercial através de um dos nossos canais de atendimento: contato@tecterra.com.br | 31 99720-2614 (whatsapp) . E siga a TecTerra nas redes sociais para saber mais sobre Geotecnologias e observação da Terra:
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Texto de: Lucas Campos – Diretor Comercial da TecTerra Geotecnologias – lucas.campos@tecterra.com.br
por tecterra | mar 31, 2021 | Aerofotogrametria, Cartografia, Energia, GeoINCRA, Geoprocessamento, Imagens de Satélite, Jurídico, Mapeamento aéreo com drone ou tripulado, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Processamento Digital de Imagens (PDI), Segurança de Barragens, Sensoriamento Remoto, Topografia
Diversos produtos de geotecnologias obtidos por uma série de metodologias podem atender as diferentes legislações de distintos mercados. Os distintos produtos de sensoriamento remoto, como imagens de satélite, mapeamento aéreo (tripulada ou em alguns casos com drones/vants) e topografia por satélite, têm aplicações na comprovação de áreas consolidadas conforme o Novo Código Florestal (Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012), obtenção de vértices virtuais para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (GeoINCRA), de perícias judiciais, atendimento a Resolução Normativa 1027 da ANEEL e estudos de rompimento de barragens (DAM BREAK).
Imagens de satélite para comprovação de áreas consolidadas conforme o Novo Código Florestal (Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012)
As imagens de satélite podem ser utilizadas na determinação de áreas rurais consolidadas conforme o Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). A referida Lei prevê algumas anistias, regularizações, punições e obrigações legais para empreendimentos existentes antes de 22/07/2008.
As imagens gratuitas da constelação LANDSAT tem baixa resolução espacial e possibilitam análises de grandes áreas (regiões ou municípios) e portanto informações com pouco nível de detalhes. O primeiro satélite LANDSAT foi lançado em 1972 com imagens de 60m de resolução espacial e o mais recente em 2013 (LANDSAT-8) com 15m de resolução. Também processamos imagens do LANDSAT, mas recomendamos o emprego de satélites comerciais, uma vez que a comprovação das áreas consolidadas em muitas situações são em pequenas propriedades rurais, plantios e áreas próximas a corpos d'água.
Abaixo os satélites de alta resolução comercializados pela TecTerra com datas de lançamento anteriores a 22 de junho de 2008:
- IKONOS - Lançado em 24/09/1999
- QuickBird - Lançado em 18/10/2001
- ALOS (PRISM + AVNIR) - Lançado em 23/01/2006
- KOMPSAT-2 - Lançado em 28/07/2006
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KOMPSAT-2 de maio de 2008
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GeoEye-1 de outubro de 2014
Vértices virtuais de Georreferenciamento de Imóveis Rurais (GeoINCRA) com produtos de sensoriamento remoto
Os produtos de sensoriamento remoto por satélites ou voos (aviões ou drones/vants) podem ser utilizados para estabelecer vértices virtuais em locais inacessíveis em trabalhos de Georreferenciamento de Imóveis Rurais (GeoINCRA), conforme a 3ª Edição da Norma Técnica de Georreferenciamento do INCRA. Para tal, deve-se considerar a precisão e acurácia posicional das ortofotos ou imagens de satélite que determinam os vértices dos limites do imóvel rural. Tais elementos se dão por meio de aquisição de Pontos de Controle em campo com receptores de GPS/GNSS de precisão. Tendo isso, são realizados cálculos para enquadrar as imagens de satélite ou ortofotos no Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) e assim verificar se tais valores se enquadram no que determina a 3ª Edição da Norma Técnica do INCRA.
Imagens de satélite para perícias judiciais e administrativas
As imagens de satélite podem compor o conjunto probatório em inquéritos policiais, processos administrativos, ou processos judiciais em órgãos como a Receita Federal, Ministério Público, Tribunais de Contas Estaduais, órgãos ambientais, Tribunais de Justiça, etc. Em muitas situações somente uma imagem anterior a fato objeto do litígio ajuda a comprovar tal materialidade. Em outras, imagens anteriores e mais atualizadas são as empregadas em tais trabalhos. As perícias que elas podem auxiliar são em serviços de fiscalização de construções, monitoramento de obras, desmatamento, ocupação em APP's, danos ambientais, loteamentos irregulares, etc.
Para esse mercado, recomendamos exclusivamente as imagens de satélite, porque na maioria das situações é necessário que pequenas áreas (galpões, residências, talhões, fazendas, etc) sejam visualizadas, o que é viável por meio das de alta resolução. Além disso, seus acervos são facilmente acessados e numerosos, e as de novas coletas (programação) são possíveis quando existe a necessidade de imagens atualizadas. A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), as imagens e seus Metadados formam a documentação da defesa da lide em tais órgãos.
Geotecnologias no atendimento a Resolução Normativa 1.027 da ANEEL
Para o mercado de Energia destaca-se a Resolução Normativa 1.027 da ANEEL de 91 de julho de 2022, que estabelece metodologias de mapeamento dos bens imóveis e das áreas vinculadas à concessão e implementação de empreendimentos de usinas hidrelétricas. Na referida Resolução Normativa são descritas as especificações técnicas de produção dos dados cartográficos planialtimétricos, como; escalas, técnicas, precisão, sensores, resoluções espaciais e também de armazenamento das referidas informações. As metodologias de mapeamento que esta Resolução Normativa permite são as imagens de satélite de arquivo ou nova coleta (programação), imagens de radar, Perfilamento a Laser (LiDAR) e fotografias aéreas.
Modelos Digitais de Terreno (MDT) para estudos de rompimento de barragens (DAM BREAK)
A simulação hipotética de manchas de inundação em estudos de rompimento de barragem (DAM BREAK) necessita de Modelos Digitais de Terreno (MDT). Os aspectos legais se dão conforme a Lei N° 12.334, de 20 de setembro de 2010 (Política Nacional de Segurança de Barragens - PNSB), com alguns dispositivos alterados pela Lei N° 14.066, de 30 de setembro de 2020 e os parâmetros técnicos constantes no Manual de políticas e práticas de segurança de barragens para entidades fiscalizadoras da Agência Nacional de Águas (ANA).
Veja mais sobre esse assunto em nosso blog no texto: Segurança de Barragens: documentos, prazos legais e dados geoespaciais
A legislação é bem clara que, para estabelecer a área potencialmente afetada (a jusante da barragem), deve-se utilizar um Modelo Digital de Terreno (MDT) com a possibilidade do emprego de diferentes metodologias. Neste caso, conforme escrito em outro texto do nosso blog, a metodologia tecnicamente e economicamente mais viável é a de Topografia por Satélite. Mesmo assim, pode-se utilizar dados LiDAR de mapeamento aéreo tripulado ou não tripulado (vants e drones) porque obtém informações no nível do solo (MDT). Os produtos de geotecnologias indicados são as imagens de satélite ou fotos áreas para permitir a análise da ocupação do solo e delimitação das áreas afetadas.
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Imagem de satélite da área a jusante da barragem
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Modelo Digital de Terreno (MDT) por Topografia por Satélite da área a jusante da barragem
Ao unir o rigor das exigências legais com as possibilidades oferecidas pelas geotecnologias, desde imagens de satélite até modelos digitais de terreno , conquistamos não só conformidade normativa, mas também uma base robusta para decisões mais assertivas e projetos mais seguros. Que esse equilíbrio entre lei e inovação inspire quem busca soluções eficazes e responsáveis.
Texto de: Lucas A. Camargos – Diretor Técnico da TecTerra Geotecnologias – lucas.camargos@tecterra.com.br
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por tecterra | ago 12, 2020 | Aerofotogrametria, Imagens de Satélite, Modelos Digitais de Elevação (MDE), Processamento Digital de Imagens (PDI), Sensoriamento Remoto, Topografia
É notável a movimentação causada pela introdução das tecnologias de aerolevantamento não tripuladas (UAV), como drones e vants no mercado de topografia e geotecnologias. Com um leque maior de metodologias surgem novas expectativas e incertezas sobre como utilizar as tecnologias de observação da terra nos serviços de mapeamento.
Todas as metodologias têm vantagens e desvantagens, adequações e inadequações, possibilidades e impossibilidades, ameaças e oportunidades. Os trabalhos com drones e vants, assim como as imagens de satélite e aerolevantamento tripulado são alternativas que devem ser consideradas. Nesse cenário é importante entender como utilizar cada tecnologia de forma adequada e as metodologias podem ser aplicadas conforme demanda de forma exclusiva ou complementar. A metodologia a ser aplicada deve considerar variáveis técnicas, comerciais, financeiras e econômicas de cada projeto. Uma das variáveis para definir a metodologia a ser aplicada é o tamanho, nível de detalhes e a feição da área a ser trabalhada.

Alturas das tecnologias de aquisição de dados de sensoriamento remoto. Fonte: MapScaping @byMapScaping
Levantamentos planialtimétricos
Para o levantamento planimétricos apenas, em projetos pontuais ou com áreas de até 1.000 Ha, drone pode ser tecnologia mais eficiente. Para projetos zonais em áreas maiores, em resolução (GSD) de até 30 cm, os produtos de imagens de satélite ganham em produtividade e custo/benefício. Já para projetos lineares ou em áreas maiores em escala maior que que 1:1.000, o aerolevantamento tripulado é a tecnologia adequada.
Para levantamentos altimétricos, ao considerar a geração Modelos Digitais de Superfície (MDS) e Modelos Digitais de Terreno (MDT), podem ser gerados com maior nível de precisão com aerolevantamento tripulado ou não tripulado (UAV), no último caso desde que equipado com laser, como por exemplo, o LiDAR. Com a aplicação de filtros as imagens de satélite têm produtos que geram MDT a partir de multivisão ou estereoscopia com excelente custo/benefício para grandes áreas e para aplicações que não demandam o nível de detalhamento alcançado pelo laser.
A estereoscopia gerada a partir de drones óticos é recomendada para projetos de alta periodicidade de mapeamento, pontuais e em locais sem obstáculos ou coberturas no terreno como vegetação e edificações. Existem aplicações em que a estereoscopia por drone ótico é a melhor alternativa como, por exemplo, monitoramento de cava de mina, em que a informação altimétrica é dinâmica e que o MDT coincide com MDS, ou também obras em que existe a necessidade de mapear as benfeitorias.
Porém é preciso eliminar a ideia de que é possível fazer qualquer mapeamento por drone. Tecnologias de estereoscopia por drone, são inadequadas para obtenção de Modelo Digital de Terreno e em áreas em que há cobertura no solo como benfeitorias e vegetação, já que geram apenas Modelos Digitais de Superfície. Em alguns projetos se comete o erro metodológico de se utilizar no processamento, técnica que consiste na generalização da informação no objetivo de se atingir o nível do terreno. Na prática é um falseamento da informação na tentativa gerar Modelo Digital de Terreno, o que é inadequado para qualquer aplicação técnica e que tem valor apenas ilustrativo.
Existem diversas opções de topografia por sensoriamento remoto no mercado com distintas variáveis metodológicas que se adequam as necessidades do cliente, orçamento e nível de detalhes das informações que se deseja obter. Assim com orientações técnicas e comerciais adequadas os usuários e clientes podem obter produtos cartográficos de topografia com boa qualidade e adaptados a cada projeto.
Para saber mais sobre aplicações de topografia entre em contato com a nossa equipe comercial pelo telefone (31) 9 9817-5638, WhatsApp (31) 9 8272-8729 ou pelo e-mail contato@tecterra.com.br.
Texto de: Lucas Campos – Diretor Comercial da TecTerra Geotecnologias – lucas.campos@tecterra.com.br